Amadeo no Grand Palais

Em 2015 celebra-se o cinquentenário das atividades da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris.
05 mai 2015

Em 2015 celebra-se o cinquentenário das atividades da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris. O programa das comemorações estender-se-á até 2016, culminando na mostra dedicada à obra de Amadeo de Souza-Cardoso, que o Grand Palais vai acolher entre março e julho do próximo ano, nas galerias atualmente ocupadas por uma grande exposição dedicada a Velázquez. Será um acontecimento que certamente marcará a agenda de exposições na capital francesa, proporcionando uma oportunidade inédita de dar a conhecer a um público global o trabalho daquele que é “provavelmente o mais importante artista modernista português”, nas palavras da curadora Helena de Freitas.

As comemorações oficiais dos 50 anos da Fundação em Paris realizam-se no dia 15 de setembro de 2015, com a presença do Conselho de Administração na Delegação em França, cujas instalações ocupam, desde outubro de 2011, o n.º 39 do boulevard de la Tour Maubourg. Nessa ocasião será apresentado um estudo elaborado por Rui Ramos, professor do Instituto de Ciências Sociais, convidado pela Fundação para refletir sobre os seus 50 anos de atividade em Paris. E no mesmo dia, é inaugurada a exposição A Sul de Hoje. La création contemporaine au Portugal, com curadoria de Miguel von Hafe Perez.

Cinquenta anos depois da sua inauguração, a 3 de maio de 1965, a Delegação em França da Fundação Calouste Gulbenkian ocupa um lugar importante na paisagem cultural e artística de Paris. E, num momento difícil para a Europa, tem como objetivo contribuir para o debate de ideias. O ciclo de conferências “Tout se transforme” insere-se neste quadro, com a apresentação no dia 28 de maio da conferência Démocratie et justice sociale au-delà de l’État-nation, com Étienne Balibar e Nancy Fraser, uma iniciativa da Delegação em parceria com o Collège d’études mondiales – Fondation Maison des sciences de l’homme. No dia 25 de junho, será Manuel Castells a marcar presença na Fundação em Paris, com uma conferência dedicada ao tema Des mouvements sociaux en réseaux au changement politique.

Pliure e outras exposições

Entre janeiro e abril deste ano, foram muitos os novos visitantes na Delegação, movidos pelos ecos positivos na imprensa especializada francesa suscitados pela exposição Pliure, sobre os livros e a arte. Comissariada por Paulo Pires do Vale, a segunda parte desta exposição decorre atualmente no Palais des Beaux-Arts, onde ficará até 7 de junho. Trata-se de uma coprodução com a École nationale supérieure des beaux‑arts de Paris (ENSBA), que põe lado a lado artistas como Joseph Beuys, Dürer, Francesca Woodman, Fernanda Fragateiro, Matisse, Georges Méliès e Diogo Pimentão.

Em 2016, a Delegação em Paris realiza ainda, entre janeiro e abril, uma exposição de trabalhos recentes de Julião Sarmento, com curadoria de Ami Barak, e na Cité de l’architecture et du patrimoine, entre abril e julho, será apresentada a exposição Les universalistes. Architecture portugaise 1965-2015, com curadoria do arquiteto Nuno Grande, que assinala “a vocação universalista das últimas gerações de arquitetos portugueses, sempre em diálogo com o mundo”. Na lista de arquitetos presentes nesta exposição constam Álvaro Siza, Eduardo Souto de Moura, Pancho Guedes, os irmãos Aires Mateus, Gonçalo Byrne, Ruy Athouguia e Nuno Teotónio Pereira, entre outros.

 

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