Desenterrar memórias da dança

Com Piny, Angela Guerreiro, Desirée Desmarrattes (coletivo InterStruct) e moderação de Cristina Roldão

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Convidadas a fazer investigação para o programa dança não dança, Piny, Angela Guerreiro e Desirée Desmarrattes pesquisaram sobre a presença de corpos negros e narrativas afrodiaspóricas na dança em Portugal, olhando para arquivos existentes e construindo outros. Nesta conversa – que recupera uma expressão anteriormente usada pelo coletivo InterStruct, a de “desenterrar memórias” –, moderada pela socióloga Cristina Roldão, interrogam-se os resultados, os desafios e as vicissitudes da pesquisa.

Esta conversa faz parte de um momento do ciclo dança não dança que inclui também as performances Miquelina e Miguel, de Miguel Pereira, apresentada no mesmo dia, e Idiota, de Marlene Monteiro Freitas, em estreia nacional a 9 e 10 de janeiro. A contraposição entre a ausência de referências ao passado colonial no arquivo sobre a dança em Portugal e a sua presença quotidiana (nos corpos, nos imaginários e nas suas emanações) é paradoxalmente colocada em cena nas propostas de ambos os artistas.

Imagem: Project Z, de Angela Guerreiro © Wolfgang Unger

Angela Guerreiro (1965, Lisboa) é afrodescendente, mãe, coreógrafa e performer, terapeuta de dança e educadora de movimento somático, curadora e investigadora. Produziu o festival anual DanceKiosk - Hamburg (2005-2016) e vários outros projetos dedicados à dança contemporânea. É doutoranda em Pós-Colonialismo e Cidadania Global pela Universidade de Coimbra (2023) e membro da UNA - União Negra das Artes.

Desirée Desmarattes (1992, Alemanha) investiga o legado colonial que permanece em diferentes topografias. Licenciada em Estudos de Arte pela Universidade Duisburg-Essen, concluiu o Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com tese sobre o passado colonial no espaço público do Porto. Trabalhou em galerias de arte contemporânea e fotografia em Essen, Marselha e Istambul.

Piny (1981, Lisboa) é performer, coreógrafa, pesquisadora, professora e facilitadora de práticas mistas e misturadas. Lisboeta de origem angolana, é licenciada em arquitetura com uma pós-graduação em cenografia, e em dança contemporânea pela ESD. Em 1999, começou o estudo de danças do Médio Oriente e Norte de África e, desde 2006, dedica-se também à cultura Hip Hop e Clubbing, através da dança e Djing.

Cristina Roldão (1980, São Domingos de Rana) é socióloga, professora convidada da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal e investigadora no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa. As desigualdades sociais perante a escola são o seu principal domínio de pesquisa, com enfoque nos processos de exclusão e racismo institucional.

dança não dança

Este evento insere-se no ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do programa dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal. Saber mais

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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