Apresentação do programa dança não dança

Com Ana Bigotte Vieira, Carlos Manuel Oliveira e Ana Dinger

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Dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal é um programa dedicado a diferentes manifestações da dança, procurando situar aquilo a que, nos anos 1990, se chamou a Nova Dança Portuguesa, não sem dar conta do que de “novo” existe numa multiplicidade de ocorrências que atravessam o século XX. Trata-se de “dançar o nervosismo da história”, experimentando, pelas danças, as contradições do tempo em que estas ocorrem, dando a ver possíveis outros tempos.

Com a curadoria de Ana Bigotte Vieira, Ana Dinger, Carlos Manuel Oliveira e João dos Santos Martins, o programa divide-se em três eixos, compreendendo um ciclo de eventos, um livro e uma exposição.

Nesta sessão de apresentação com alguns dos curadores, é dada a conhecer ao público a programação integral do ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do projeto. Organizando-se pela apresentação justaposta, ao vivo, de obras coreográficas de tempos distintos, o programa propõe relações que reconfiguram o que entre elas há de proximidade e distância. A maioria destas obras não se encontra em circulação e a sua apresentação depende de um novo processo de transmissão ou de um trabalho de investigação original baseado em material documental.

A sessão de abertura antecede, no mesmo dia, a apresentação das performances Almada Negreiros, o bailarino, de Luís Guerra e Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois, de Vera Mantero, seguidas de uma conversa com ambos os artistas, Paulina Santos (CNB) e moderação de Alexandre Melo.

Curadores

João dos Santos Martins (1989, Santarém) é artista e o seu trabalho abrange várias formas que permeiam a dança, explorando formatos como a coreografia, a exposição e a edição. Preza, na sua prática, modos de fazer colaborativos e cooperativistas, tendo criado peças como Projecto Continuado (2015) — Prémio SPA Autores — e Companhia (2018), com Ana Rita Teodoro, Clarissa Sacchelli, Daniel Pizamiglio, Filipe Pereira e Sabine Macher, ou Onde Está o Casaco? (2018), com Cyriaque Villemaux e Ana Jotta. Interpretou trabalhos de Eszter Salamon, Xavier le Roy, Moriah Evans, Boris Charmatz e Jérôme Bel, entre outros. Em 2019 fundou o jornal semestral Coreia, dedicado a escritos de artistas.

Ana Bigotte Vieira (1980, Lisboa) é Co-IR do projeto FCT Archiving Theatre e investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea. Publicou Uma Curadoria da Falta. O serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian 1984-1989, a partir da sua investigação de doutoramento (Menção Honrosa Prémio Mário Soares 2016). Entre 2018 e 2023 fez parte da equipa de programação do Teatro do Bairro Alto. Juntamente com João dos Santos Martins iniciou o projeto Para Uma Timeline a Haver: genealogias da Dança como Prática Artística em Portugal de que dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal é a VII edição.   

Carlos Manuel Oliveira (1980, Santarém) trabalha como artista nos campos da coreografia e da performance. Depois de um período de investigação dedicado à crítica da relação entre a coreografia e a dança, bem como aos modos de existência do conhecimento que lhes está associado — foi investigador em universidades da Europa e E.U.A., lecionando em algumas e doutorando-se em 2016 pelo Programa UT Austin | Portugal com a tese “Objectos Coreográficos: Abstracções, Transducções, Expressões” —, dedica-se desde 2017 a produzir, criar e apresentar o seu trabalho artístico e curatorial, sem abandonar os mesmos problemas.

Ana Dinger (1979, Porto) é artista e investigadora, com formação em artes visuais e dança, licenciada em Escultura (FBAUL), pós-graduada em Arte Contemporânea (FCH UCP) e doutoranda em Estudos de Cultura (FCH UCP). Colabora com diversos projetos que implicam trabalho de programação, curadoria, edição e pesquisa, assim como criação e experimentação artísticas, dos quais destaca: AND Lab (desde 2015), Para Uma Timeline a Haver: genealogias da dança como prática artística em Portugal (desde 2019), Es.Col.Az (desde 2021) e Assembleia Ordinária (desde 2021).

dança não dança

Este evento insere-se no ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do programa dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal. Saber mais

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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