Novos modelos de cuidados
Cuidados integrados, multidisciplinares e mais especializados, contribuem para a preservação das capacidades e estimulam as competências funcionais das pessoas idosas.
Promoção da saúde, da autonomia e do bem-estar das pessoas mais velhas.
As sociedades contemporâneas, particularmente na Europa, atravessam um período de transição demográfica, marcada pelo gradual envelhecimento da população. Dados do Censos 2021 mostram que as pessoas com 65 ou mais anos representam já quase ¼ da população portuguesa, o que torna Portugal um dos países do mundo com maior tendência de envelhecimento. Os mesmos dados revelam ainda que o índice de envelhecimento é, atualmente, de 182 (número de pessoas idosas para cada 100 jovens); que a população com 65 ou mais anos aumentou 20,6% face ao Censos 2011 e que a faixa etária que mais cresce é a das pessoas com mais de 80 anos.
Esta tendência, que nos tem permitido viver mais anos, tem também um sério impacto nos sistemas sociais e de saúde, cuja capacidade de resposta para um número tão avultado de pessoas, com problemas cada vez mais complexos e em fases avançadas de doença, fica comprometida. A chave para responder à urgência de se criarem condições de envelhecimento digno e saudável, passa por promover a autonomia e a qualidade de vida destas pessoas, garantindo o acesso a cuidados e serviços de qualidade, designadamente cuidados domiciliários.
Estudos e projetos piloto já testados têm evidenciado que a opção por cuidados domiciliários assegura a mesma eficácia, com redução de risco para os doentes e com redução de custos em saúde e de sobrecarga nos hospitais.
Pretendemos combater a desigualdade no acesso a cuidados pelas pessoas idosas e apoiar a capacitação dos profissionais e das organizações sociais prestadoras de cuidados, através de três linhas prioritárias:
Cuidados integrados, multidisciplinares e mais especializados, contribuem para a preservação das capacidades e estimulam as competências funcionais das pessoas idosas.
Formação e capacitação de profissionais e reforço do próprio Setor prestador de Cuidados são prioridade na intervenção da Fundação.
Das recomendações da iniciativa Portugal Mais Velho, promovem-se projetos de formação e capacitação na área da violência contra as pessoas idosas.