1ª ed.

Teoria do Desenvolvimento Económico

Um estudo sobre lucro empresarial, capital, crédito, juro e ciclo da conjuntura – Joseph Schumpeter

Edição digital

Acesso aberto

A “magnum opus” de Schumpeter é, na opinião de muitos comentadores, a “Teoria do Desenvolvimento Económico”, publicada em 1911. Parte Schumpeter dum modelo estacionário da economia, com propriedade privada, divisão de trabalho e livre concorrência, mas sem qualquer alargamento descontínuo da produção. “Isto significa que o sujeito económico atua conforme dados que obtém por experiência e de uma maneira que também XX é determinada pela experiência e também numa forma tradicional. O circuito dos períodos económicos não contém nada que possa indicar por si próprio a possibilidade de um desenvolvimento. É dominado por determinadas necessidades e, enquanto estas necessidades não mudarem, mantém-se igual a si próprio ( … ) e, na medida em que os elementos que considerámos até agora são as forças motrizes da economia, a sua imagem ficará ano após ano a mesma. Sempre a mesma atividade económica, para obter a máxima satisfação das necessidades possíveis de acordo com as circunstâncias existentes – esta é a descrição desta imagem. Por isso falamos de uma economia inerte, passiva, condicionada pelas circunstâncias, estacionária, estática”24. Não deixa de surgir como uma situação irreal onde faltam principalmente o empresário e o capitalista. Uma economia de mercado com livre concorrência não é imaginável sem formação de capital e, por isso, sem desenvolvimento. Schumpeter na sua obra posterior “Capitalism, Socialism and Democracy” (pág. 136) concede que o capitalismo não é só nunca estacionário como nem nunca o pode ser.

O equilíbrio económico é perturbado constantemente, na realidade, por choques de desenvolvimento na nova época do capitalismo, não por alteração de certos dados sociais (como da população, necessidades), mas, sim, como resultado da alteração dos métodos económicos, aquilo a que Schumpeter chama o ” levar a cabo de novas combinações” que mais tarde passa a chamar ” inovação”. As combinações económicas e técnicas, as combinações que têm em conta as necessidades e os meios existentes, e as combinações com base na ideia dos métodos não coincidem.

 

(Da introdução de Eduardo de Sousa Ferreira)


Ficha técnica

Outras Responsabilidades:

Introd. Eduardo de Sousa Ferreira; trad. de Karin Paul Ferreira, Eduardo de Sousa Ferreira

Coordenação editorial:
Fundação Calouste Gulbenkian
Editado:
Lisboa, 2012
Dimensões:
218 mm x 140 mm
Capa:
Encadernado
Páginas:
598 p.
Título Original:
Theorie der wirtschaftlichen Entwicklu
ISBN:
978-972-31-1461-4
Atualização em 07 dezembro 2023

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