Exposição

Uma Obra em Foco. Quotidianos Familiares. Gravuras de Francesco Bartolozzi (1728 – 1815) na Colecção Calouste Gulbenkian

Iniciativa «Uma Obra de Arte em Foco»

Com o intuito de destacar e dar a conhecer novas obras de arte ao público, o Museu Calouste Gulbenkian decidiu implementar uma iniciativa denominada «Uma Obra de Arte em Foco», que, tal como está implícito no título, focava uma peça ou um conjunto de peças que, por razões várias, não foram incluídas na mostra permanente inicial do Museu.

The Calouste Gulbenkian Museum launched the “A Work in Focus” initiative in order to showcase and introduce lesser-known artworks to the public. As the name suggests, the initiative focused on an artwork or a collection of works which, for whatever reason, had not been included in the museum’s original permanent display.

Aspeto da exposição «Uma Obra em Foco. Quotidianos Familiares. Gravuras de Francesco Bartolozzi (1728-1815) na Colecção Calouste Gulbenkian», Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2004. Arquivos Gulbenkian, ID: 24123 © Catarina Gomes Ferreira

A iniciativa denominada «Uma Obra de Arte em Foco», como o título sugere, põe em destaque uma peça ou um conjunto de peças da Coleção que, por razões de ordem diversa, não foram incluídas na mostra permanente do Museu Calouste Gulbenkian (MCG).

A presente mostra, que assinalou o Dia Internacional dos Museus e as comemorações do 10.º aniversário do Dia Internacional da Família (instituído pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 1989), reuniu uma série de 12 gravuras da autoria do artista italiano Francesco Bartolozzi (1727-1815), pertencentes à Coleção Calouste Gulbenkian.

Nascido em Florença, Bartolozzi ficou conhecido pelas suas gravuras, executadas com a técnica do ponteado (bastante utilizada em Inglaterra em finais do século XVIII e princípios do século XIX), bem como pela «brilhante carreira» desenvolvida em Inglaterra, desde 1764. A partir de 1802, dirigiu, em Lisboa, a convite de D. João VI, a Aula de Gravura da Impressão Régia (Uma Obra em Foco. Quotidianos Familiares. Gravuras de Francesco Bartolozzi [Painel exposição], 2004).

Nesta ocasião, foi apresentada ao público português uma alegoria dos doze meses do ano, através da representação de episódios ligados a quotidianos familiares. Dez das gravuras pertencentes a esta série foram realizadas na íntegra por Francesco Bartolozzi; as restantes ficaram a cargo do seu assistente, William Nelson Gardiner.

Cada gravura é acompanhada por um título que descreve as atividades rurais associadas a cada um desses meses do ano: a Patinagem, relativa a janeiro; as Sementeiras, a fevereiro; a Pesca, a março; até terminar com uma cena familiar à roda da lareira, que fecha o ciclo e representa o mês de dezembro.

Esta exposição, à semelhança das suas congéneres organizadas no âmbito da iniciativa «Uma Obra de Arte em Foco», foi acompanhada pela divulgação de um folheto, editado em português e inglês, da autoria da responsável da mostra, Manuela Fidalgo.

Na inauguração marcaram presença o presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Emílio Rui Vilar, o diretor do MCG, João Castel-Branco, as conservadoras Luísa Sampaio e Manuela Fidalgo, entre outras personalidades.

Joana Atalaia, 2019