Uma Obra em Foco. O Quadro do Menino do Pião, de Chardin

Iniciativa «Uma Obra de Arte em Foco»

Com o intuito de destacar e dar a conhecer novas obras de arte ao público, o Museu Calouste Gulbenkian decidiu implementar uma iniciativa denominada «Uma Obra de Arte em Foco», que, tal como está implícito no título, focava uma peça ou um conjunto de peças que, por razões de ordem vária, não foram incluídas na mostra permanente do Museu.
The Calouste Gulbenkian Museum launched the “A Work in Focus” initiative in order to showcase and introduce lesser-known artworks to the public. As the name suggests, the initiative focused on an artwork or a collection of works which, for whatever reason, had not been included in the museum’s original permanent exhibition.

A iniciativa denominada «Obra de Arte em Foco», como o título sugere, põe em destaque uma peça ou um conjunto de peças da Coleção que, por razões de ordem diversa, não foram incluídas na mostra permanente do Museu Calouste Gulbenkian (MCG).

Em 1987, a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) cedeu ao Musée du Louvre, em Paris, a obra Fête à Rambouillet, da autoria do pintor Jean-Honoré Fragonard (1732-1806), para figurar na exposição «Fragonard», patente no Grand Palais. Em troca, o Louvre emprestou temporariamente ao Museu Calouste Gulbenkian o seu quadro O Menino do Pião, de Jean-Siméon Chardin (1699-1779), considerado «uma das mais célebres pinturas» pertencentes à coleção daquele museu francês. Seria esta a obra «em foco» no MCG.

Jean-Siméon Chardin, filho do marceneiro Jean Chardin, que trabalhava para o rei Luís XIV, nasceu em Paris, terra natal de muitos artistas da sua geração. No entanto, não chegaram até nós muitas informações sobre o seu percurso artístico, sabendo-se que «começou por dedicar-se à natureza-morta e expôs com tamanho êxito na Place Dauphine em 1728 que foi admitido quatro meses depois na Academia Real de Pintura e Escultura como “pintor de talento de animais e de frutos”» («“O Menino do Pião” está na Gulbenkian», O Século, 29 jan. 1988).

Depois desta fase, mais precisamente a partir de 1733, Chardin preferiu a representação do quotidiano que o rodeava, concentrando-se mais na pintura de crianças e mulheres, como no caso deste Menino do Pião, que apresenta um dos filhos do joalheiro Godefroy e é considerado «uma obra-prima de frescura e inocência» («“O Menino do Pião” está na Gulbenkian», Correio da Manhã, 27 jan. 1988).

Apesar da escassa documentação relativa a esta «Obra em Foco», há informação de que foi publicado um folheto que a acompanhou, provavelmente de formato idêntico ao das mostras congéneres organizadas no âmbito desta iniciativa do MCG.

A obra cedida pelo Louvre foi exposta numa zona individualizada para o efeito, nas Galerias da Exposição Permanente do Museu Calouste Gulbenkian, acompanhada de um texto explicativo e de documentação fotográfica para contextualização histórica e artística do retrato executado pelo pintor francês Jean-Siméon Chardin.

Joana Atalaia, 2019


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Fotografias


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Museu Calouste Gulbenkian), Lisboa / MCG 03133

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém duas fotografias da obra exposta, estimativas de preços para preparação de sala, recortes de imprensa e orçamentos para desdobráveis (dépliants). 1988 – 1988

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Comunicação), Lisboa / COM-S001/011-D00926-FOTO07348

Coleção fotográfica, cor: aspetos (FCG, Lisboa) 1987


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