Uma Obra do Palácio de Versalhes. Apolo. Guillaume II Coustou (1716 – 1777)

Iniciativa «Uma Obra de Arte em Foco»

Com o intuito de destacar e dar a conhecer novas obras de arte ao público, o Museu Calouste Gulbenkian decidiu implementar uma iniciativa denominada «Uma Obra de Arte em Foco», que, tal como está implícito no título, focava uma peça ou um conjunto de peças que, por razões várias, não foram incluídas na mostra permanente inicial do Museu.
The Calouste Gulbenkian Museum launched the “A Work in Focus” initiative in order to showcase and introduce lesser-known artworks to the public. As the name suggests, the initiative focused on an artwork or a collection of works which, for whatever reason, had not been included in the museum’s original permanent display.

A iniciativa denominada «Uma Obra de Arte em Foco», como o título sugere, põe em destaque uma peça ou um conjunto de peças da Coleção que, por razões de ordem diversa, não foram incluídas na mostra permanente do Museu Calouste Gulbenkian (MCG).

Na sequência de extensa campanha de obras, a reabertura do Museu Calouste Gulbenkian em 2001 surpreendia os visitantes saudando-os no átrio principal do Museu com uma escultura diferente da habitual. Ao invés do Apolo (1790) de Jean-Antoine Houdon (1741-1828), o público deparava-se com uma escultura tematicamente afim, mas executada, cerca de quarenta anos mais cedo, pelo artista francês Guillaume II Coustou (1716-1777).

Esta mudança deveu-se ao facto de o Apolo do acervo do MCG ter sido temporariamente emprestado para figurar numa mostra itinerante dedicada a Houdon e que seria apresentada (de maio de 2003 a maio de 2004) na National Gallery of Art (Washington), no Getty Museum (Los Angeles) e no Palácio de Versalhes. Para compensar «uma tão longa ausência do Apolo de Houdon da casa-mãe», o Palácio de Versalhes cederia um outro Apolo para ocupar o átrio principal do Museu Calouste Gulbenkian (Uma Obra do Palácio de Versalhes. Apolo…, 2003). O intercâmbio constituiria assim uma «ocasião única para um diálogo enriquecedor entre as duas estátuas e outras obras do museu» (Ibid.).

À semelhança do que sucedeu com as restantes mostras organizadas no âmbito da iniciativa «Uma Obra de Arte em Foco», esta obra da coleção do Palácio de Versalhes foi acompanhada pela publicação de um folheto, da autoria da conservadora do MCG, Maria Rosa Figueiredo. O desdobrável – editado em português e inglês – relata as circunstâncias em que ocorreu este intercâmbio, apresentando alguns dados biográficos de Guillaume II Coustou, filho de outro conhecido escultor francês, Guillaume Coustou (1677-1746), bem como uma análise comparativa das duas esculturas, que, embora inspiradas no mesmo tema, expressam «características de estilo muito diversas», de acordo com Rosa Figueiredo (Ibid.).

A mostra visou ainda homenagear a figura emblemática de Madame de Pompadour, responsável pela encomenda do Apolo executado por Coustou e destinado a habitar o Château de Bellevue, onde permaneceu até à Revolução de 1789, tendo conhecido a sua nova morada, em 1872, nos jardins do Palácio de Versalhes.

Joana Atalaia, 2019


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Museu Calouste Gulbenkian), Lisboa / MCG 03427

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém textos para folheto e cópias de artigos sobre o tema da exposição. 2003 – 2003


Exposições Relacionadas

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.