Exposição organizada no âmbito das comemorações do 20.º aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian (1976), que veio pela primeira vez proporcionar ao público a apresentação da totalidade da coleção de Moedas Gregas do Museu Calouste Gulbenkian.

Esta coleção apresenta-se como um conjunto absolutamente invulgar por diversas razões, como relata o investigador e especialista numismático Mário de Castro Hipólito no texto introdutório do catálogo da exposição: «O seu interesse não reside propriamente no seu número de exemplares, cerca de 1100, cronologicamente situáveis entre os séculos VI e I a.C. O que realmente a singulariza, quer entre as demais colecções privadas quer considerando mesmo reputadas colecções de instituições oficiais, é a natureza do seu próprio conteúdo, dominado por dois aspectos essenciais: qualidade estética das peças, selecionadas segundo critério bem definido, e o estado de conservação das mesmas.» (Colecção Calouste Gulbenkian. Moedas Gregas, 1976)

Mais ainda, importa acentuar que, no seu conjunto, a coleção cobre, praticamente, todas as grandes áreas emissoras da chamada «moeda grega», isto é: «[…] desde a Península Ibérica aos confins dos reinos helenísticos vizinhos do Indo, desde paragens tão nórdicas como Macedónia, Trácia e extremos setentrionais do mar Negro, a paragens meridionais como centros emissores do Norte de África.» (Ibid.)

As peças apresentadas na exposição foram distribuídas em vários núcleos expositivos, segundo um critério geográfico, e no interior de cada um deles a ordenação das moedas fez-se de acordo com o critério cronológico.

Joana Brito, 2017