IGC with “la Caixa” Foundation Grant

Miguel Soares, investigador principal do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), é um dos quatro investigadores cujos projetos foram distinguidos, em 2019, pela Fundação “la Caixa” e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em Portugal. Cada investigador vai receber até 1 milhão de euros, por três anos, para desenvolverem os seus projetos nas áreas de doenças infeciosas, regeneração e imunoterapia.
Miguel Soares, recebe 500.000 € para liderar o projeto que conta com a colaboração do Grupo de Investigação de Michael Bauer, do Center for Sepsis Control and Care, na Alemanha. O projeto centra-se na pergunta científica fundamentada por uma necessidade mundial: “Podemos curar a sépsis através da regulação do metabolismo?”. A sépsis é uma resposta desregulada à infeção, a mortalidade associada a esta doença ainda é inaceitavelmente alta e as terapias de tratamento urgem uma mudança completa de abordagem. Estudos “que temos vindo a desenvolver, demonstram que a reprogramação metabólica do hospedeiro é central no estabelecimento da tolerância à sépsis”, explica Miguel que estuda esta problemática há mais de 10 anos em conjunto com investigadores de todo o mundo. “Importa, agora, compreender que genes operam fora do domínio da imunidade para regular o metabolismo do ferro e da glucose no organismo e assim estabelecer a tolerância à sépsis.” Este financiamento vai permitir “avanços significativos na compreensão desta patologia e simultaneamente vai abrir caminho para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas de combate a uma doença infeciosa com impacto mundial” conclui Miguel Soares.
Bruno Silva-Santos, Leonor Saúde e Marc Veldhoen, todos do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, iMM, são os restantes investigadores a quem foram entregues os financiamentos da Fundação “La Caixa”.
A segunda edição do concurso de projetos de investigação em saúde da Fundação “la Caixa” recebeu 632 propostas divididas por cinco áreas temáticas, tendo sido atribuído financiamento a apenas 22 projetos, em toda a Península Ibérica, com uma taxa de sucesso de 3,5%.