Os líderes europeus têm de implementar soluções comuns em toda a Europa para a crise dos refugiados. Só soluções conjuntas poderão reduzir de forma credível e eficaz o sofrimento humano cada vez maior e a turbulência social e política.

A crise dos refugiados representa um sério desafio, tanto para o bem-estar dos refugiados como para as sociedades europeias. Em 2015, mais de 1,5 milhões de migrantes entraram na União Europeia. Da Itália à Polónia e da Grécia à Alemanha, os países enfrentam desafios imensos para responderem aos pedidos de ajuda humanitária, asilo e integração. Os desafios de integração associados em termos de habitação, língua, trabalho e assistência social são já enormes. A incapacidade de os gerir adequadamente implicará graves ameaças para a coesão social e a estabilidade política.

Os países europeus tiveram já tempo suficiente para analisar e avaliar os desafios de longa duração que levaram à crise atual. É chegada a altura de agir – não individualmente e à custa dos outros, mas em conjunto, num espírito de solidariedade europeia. É por isso que em 2016 o ‘Vision Europe’ – uma parceria entre sete grandes think tanks e fundações europeias – vai concentrar os seus esforços no desenvolvimento de soluções práticas para a atual crise dos refugiados e para as suas causas profundas.

Nós, os sete signatários, escrevendo a título individual, consideramos que é urgente uma abordagem europeia comum, para complementar os esforços locais e nacionais.

Atualmente não existe consenso entre os Estados membros sobre a forma de responder à crise, nem sobre os objetivos a atingir ou os métodos a utilizar. Mas agora as divergências quanto à substância têm de ser superadas. Com base nas discussões em curso, propomos uma agenda abrangente a nível da UE, com cinco grandes dimensões.

Mais informações: Vision Europe Summit