Pós-Pop. Fora do lugar-comum. Desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, 1965 – 1975

«Pós-Pop» explorou dialéticas entre a Pop Art e expressões artísticas que, surgidas contemporaneamente ou pouco depois, estabelecem com ela relações de índole diversa, seja por afinidade, tensão ou contraste. Centrou-se na década de 1965-1975, lançando-lhe também um olhar sociológico, tendo Portugal e o Reino Unido como principais geografias.
“Post-Pop” explored the connections between Pop Art and forms of artistic expression that emerged simultaneously or soon after, relating to it in different ways, from affinity to tension and contrast. Centred on the decade from 1965–1975 and also offering a sociological perspective of the era, it focused principally on Portugal and the United Kingdom.

Inaugurada a 19 de abril de 2018, e patente até 19 de setembro do mesmo ano, a exposição «Pós-Pop. Fora do lugar-comum. Desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, 1965-1975» trouxe à Galeria Principal da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) uma vasta seleção de obras que, do contexto português ao britânico, e explorando pontes entre eles, permitiu refletir sobre impactos, aproximações e afastamentos da Pop Art, ora em expressões mais contemporâneas do seu advento, ora a partir de propostas geradas ao longo da década seguinte.

A produção contou com o apoio do British Council, que foi também um dos emprestadores internacionais juntamente com o Arts Council. Tanto do lado das obras de arte britânica, como especialmente no que toca às obras de arte portuguesa, muitas outras cedências de emprestadores nacionais (quer particulares, quer institucionais) se juntaram à principal fonte que foi a Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian (MCG).

«Pós-Pop» teve curadoria de Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas, curadoras do Centro de Arte Moderna (CAM). No breve texto que publicam no catálogo – O Risco do Riso – percebe-se rapidamente a importância de pensar esta exposição sob os signos da derivação e até da divergência face às estratégias da Pop Art (Pós-Pop. Fora do lugar-comum. Desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, 1965-1975, 2018, pp. 31-32). De resto, os subtítulos «Fora do lugar-comum» e «Desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, 1965-1975» deixam-nos em alerta desde o início para descobrirmos por toda a iniciativa, da exposição aos numerosos eventos paralelos, propostas em variação e até por vezes em antagonismo perante a Pop, pese embora a premência que esta corrente ocupa em pano de fundo.

Um dos fatores a implicar os desvios anunciados é justamente a opção de, tratando-se de endereçar questionamentos à Pop e seus sucedâneos, focar tão atentamente o contexto histórico-cultural português naquela década tão crucial, entre 1965 e 1975. Falamos de um tempo que assiste a numerosos acontecimentos: desfechos da Guerra Colonial; o antes e o imediatamente depois da Revolução de 25 de Abril de 1974; o dealbar da democracia durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC) – tudo fenómenos que se mediam perante realidades internacionais de águas igualmente agitadas, com a Guerra do Vietname à cabeça, e em que, simultaneamente, países europeus próximos, entre eles o Reino Unido, viam a sua modernidade mergulhada em profundas mudanças económicas e socioculturais que o pós-Segunda Guerra Mundial trouxera. É abordando este complexo histórico que «Pós-Pop» desenvolve a parte mais sociológica do seu escopo.

Se em todas estas premissas «Pós-Pop» apostava em situar-se «fora do lugar-comum», podemos também dizer que, a par da conjuntura da época, muitas obras dos anos 60 e 70 de artistas de origem portuguesa, tendo ou não estado no estrangeiro, são particularmente metamórficas e híbridas. Nos diálogos que estabelecem com as chamadas neovanguardas internacionais, muitos desses percursos reinventam processos e abrem caminhos mais desvinculados estilisticamente. Assim, a chamada de atenção por parte de «Pós-Pop» para o que foge à norma terá desde logo ecos intrínsecos na obra deste período de vários artistas nacionais.

Balizada cronologicamente entre 1965 e 1975, «Pós-Pop» mostraria arte preocupada com tópicos políticos, bem como arte que, rejeitando tais envolvimentos, era, no entanto, artisticamente política, como de resto o será todo o gesto artístico livre que opere algo de substancial nos sujeitos que da arte participem. Neste particular, a tónica recaiu novamente sobre o contexto português e uma sociedade em que as expressões de liberdade artística facilmente eram consideradas disruptores políticos no quotidiano.

Ora, conforme «Pós-Pop» atestou, é justamente do quotidiano – e daquilo que nele é trivialmente excecional – que muito se alimentam não apenas as expressões Pop mas também outras propostas que em torno dela orbitaram. Era na diferença entre quotidianos que nestes anos mais se jogava o binómio Portugal/Reino Unido, eleito como geografia (e psicogeografia) da exposição, e novamente entendido como clivagem entre um país ditatorial, moralista e em guerra (e compreensivelmente eufórico após Abril de 1974), e outro onde reinavam modas, novidades e uma desenfreada sociedade de consumo. A exposição vincaria uma vez mais como a experiência de artistas portugueses por terras britânicas, e especialmente pela capital Londres, vários deles com bolsas Gulbenkian, foi fundamental para percursos individuais e para as réplicas que através deles se foram sentindo no meio artístico nacional.

De resto, este projeto expositivo também permitiu voltar a constatar, em segundo plano, como relações culturais entre Portugal e o Reino Unido têm sido bastante alimentadas em atividades da FCG desde a sua fundação em 1956 (até devido ao espectro britânico da biografia do fundador). No período do qual a exposição se ocupa, os diálogos com o espaço artístico britânico, concomitantemente às bolsas Gulbenkian, ficam igualmente patentes na importante coleção de arte britânica que, em articulação com o British Council, a Fundação começou a constituir na passagem para década de 1960. Trata-se de um acervo que conta com muitas peças enquadráveis na cronologia e nas correntes artísticas da exposição «Pós-Pop», que dele voltou a fazer leituras, desta feita passíveis de o relacionar, entre todas as outras questões levantadas, com o intercâmbio artístico Portugal-Reino Unido e com os efeitos que o contexto britânico terá exercido em autores portugueses.

As curadoras da exposição já se tinham ocupado do núcleo de arte britânica da coleção do CAM em iniciativas anteriores (veja-se, por exemplo, a exposição «Abstracção e Figura Humana na Colecção de Arte Britânica do CAM», de 2010). Em «Pós-Pop» foram reencontrar no núcleo, além de obras de autores cimeiros da Pop britânica, trabalhos surgidos na mesma altura que, embora podendo partilhar contextos, lugares, gerações, e quiçá sentimentos perante o seu tempo, enveredaram por vias ora em variação, ora em manifesto desvio, ora até em antítese com a Pop Art. Assistimos, por exemplo, a obras de pendor abstracionista que decididamente não ocuparão as fileiras da Pop, mas que também não poderão ser diretamente submetidas aos gestaltismos da Op Art. A constatação destes trilhos na coleção do CAM foi reiterada pela presença dos mesmos autores noutros acervos dos quais provieram empréstimos, como o Arts Council, British Council, Museu Coleção Berardo, entre outros. Falamos de artistas como Richard Smith (1931-2016), Jeremy Moon (1934-1973), Michael Perton (1935-1996) ou Bernard Cohen (1933), este último muito importante para dar corpo (inclusive teórico e discursivo) a um distanciamento mais militante face à Pop (Ibid., p. 31), tendo-lhe sido dedicada uma página web específica no contexto do microsite dedicado a «Pós-Pop». No dizer da curadora Ana Vasconcelos, Cohen foi mesmo um dos «avatares» desta proposta expositiva, juntamente com os portugueses Ruy Leitão (1949-1976) e Teresa Magalhães (1944) («A Gulbenkian vai abrir as portas na Noite dos Museus» [vídeo], 17 mai. 2018).

Marcante nesta iniciativa, o trabalho em torno de Leitão e Magalhães foi muito aprofundado, resultando em algo que, numa breve resenha da exposição, Raquel Henriques da Silva classifica até como «o traço mais original desta curadoria: a proposição de duas mostras individuais dentro da exposição colectiva, dedicadas a dois artistas de escasso destaque, segundo as visões canónicas já evocadas» (Revista Umbigo, #65, nov. 2018, p. 74). Efetivamente, obras de Leitão e de Magalhães foram povoando a exposição, quase como que formando duas pequenas antológicas, mas que se infiltravam em várias ramificações de «Pós-Pop».

Filho da pintora Menez (1926-1995), artista igualmente representada nesta ocasião, Leitão, cuja singular obra ficou infelizmente concentrada numa vida demasiado breve, é um dos muitos casos que estabelecem elos vivenciais com Londres. Começa por estudar na então chamada Central School of Arts and Design, em 1966, e logo depois no Chelsea College of Arts, de 1967 a 1970, onde foi aluno de Patrick Caulfield (1936-2005). Deste seu professor, de quem se diz ter considerado Leitão um dos seus alunos mais brilhantes, expôs-se a pintura The Hermit, justamente de 1967, uma obra da coleção do British Council (de notar que não foi exposto o óleo View of the Bay, de 1964, pertencente à coleção do CAM, apesar de terem sido expostas obras que, como ela, têm uma datação que por pouco cai fora do intervalo cronológico 1965-1975). Refere uma página do microsite dedicado a «Pós-Pop» que, embora considerados referências da Pop britânica, tanto Caulfield como Allen Jones (1937) alegadamente recusaram tal etiqueta. E talvez entre as obras de Caulfield e Leitão encontremos uma partilha de abordagens que, apesar de comungarem de predicados da Pop, se revestem também de um distanciamento fino, capaz de engendrar, subtilmente, algo que algumas interpretações historiográficas talvez vejam como contraponto crítico a muito daquilo que marcou a Pop Art canónica.

Tal como Leitão, vários outros artistas de «Pós-Pop» têm laços biográficos significativos com o Reino Unido, seja por passagens mais temporárias (muitas vezes académicas), seja por vínculos mais permanentes. Nesse grupo contam-se percursos como os de Paula Rego (1935-2022), Menez, Rolando Sá Nogueira (1921-2002), João Cutileiro (1934-2021), João Vieira (1934-2009) (chegando a lecionar no Maidstone College of Art), Ana Hatherly (1929-2015), Fernando Calhau (1948-2022), Eduardo Batarda (1943) ou Alfredo Queirós Ribeiro (1939-1974) – artista este que, depois de uma passagem por Londres, lecionaria no Liverpool Polytechnic antes de constituir o Grupo ACRE em 1974, ano da sua morte. A estes autores poder-se-iam juntar outros não contemplados em «Pós-Pop», embora talvez enquadráveis em algumas das perspetivas do projeto e profusamente representados na coleção do CAM. Lembremos, por exemplo, Bartolomeu Cid dos Santos, artista que, tal como Paula Rego, de quem era amigo, se tornaria professor de referência na Slade School of Fine Art, no seu caso no campo da gravura, e muito importante por exemplo para Fernando Calhau durante a sua frequência daquela instituição em 1974/75. São todos casos de artistas que usufruíram a dada altura de bolsas Gulbenkian no Reino Unido, de âmbitos diversos.

Naturalmente que, no contexto de «Pós-Pop», as bolsas Gulbenkian poderão ser tidas como um elemento de análise crucial do eixo cultural Portugal-Reino Unido. Não sendo apenas académicas, mas respondendo a solicitações de várias naturezas, é sabido como, em geral, as bolsas Gulbenkian no estrangeiro conduziram a entrosamentos de artistas de origem portuguesa com vários contextos internacionais, promovendo uma forte consciencialização de conceitos, práticas e processos das chamadas neovanguardas. Tal deu-se a partir de vários destinos, sendo que os dois principais terão sido Londres e Paris, cidade esta que testemunhava, no período em apreço, o Nouveau Réalisme (tendência que a historiografia muitas vezes relaciona criticamente com a Pop anglo-saxónica). Na capital francesa, e próximo desse universo artístico, esteve o grupo KWY e o sucessivo percurso individual de artistas que o integraram. Diversas obras suas constaram em «Pós-Pop», nomeadamente de Lourdes Castro (1930-2022), João Vieira, René Bertholo (1935-2005) ou José Escada (1940-1980). Os intercâmbios de artistas portugueses no estrangeiro foram abordados mais demoradamente no texto «Ideias e práticas artísticas no contexto da Pós-Pop», de Sandra Vieira Jürgens, publicado no catálogo desta exposição (Pós-Pop. Fora do lugar-comum, 2018, pp. 49-70). Na mesma edição, Adelaide Duarte complementa o, digamos, retrato do meio artístico da época, desta feita a partir do tecido mercantil e galerístico nacional em «"A pintura já não se vende, a pintura está salva!" [expressão de Ernesto de Sousa (1921-1988)] O mercado da arte em afirmação na segunda metade da década de 1960» (Ibid., 173-174). Para nos ambientarmos com o tempo e o modo de considerações que, em plena cronologia de «Pós-Pop», comentavam o tecido galerístico e mercantil, poderemos juntar a esta análise da autora um episódio de 1974, pertencente à série televisiva da RTP Perspectiva, apresentada pelo artista, professor e crítico de arte João Manuel Rocha de Sousa («Situação do mercado artístico», RTP Arquivos, 8 nov. 1974), que junta à sua própria síntese do tema depoimentos do crítico de arte Rui Mário Gonçalves, do galerista José Galveias, dos artistas Carlos Amado (1936-2010) (enquanto professor da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa) e Joaquim Lima Carvalho (1940) (representado em «Pós-Pop» enquanto membro do interventivo Grupo ACRE, trio constituído por Menéres e Queirós Ribeiro, tão ativo neste ano de 1974). Noutro episódio da mesma série, Rocha de Sousa discorre sobre a segunda exposição individual de Ruy Leitão, na Galeria 111, também de 1974, de cujos trabalhos são captadas imagens («Ruy Leitão», RTP Arquivos, 22 nov. 1974), e, noutra ocasião do mesmo ano, a série debruça-se sobre os processos de Manuel Baptista, outro artista expositor em «Pós-Pop», mostrando imagens do próprio a trabalhar («Manuel Ba[p]tista», RTP Arquivos, 28 ago. 1974). Os mais sinópticos episódios sobre a comunicação de massas («Cartazes: um espectáculo que nos conta todos os dias», RTP Arquivos, 30 mai. 1975) e tendências figurativas emergentes nas arte visuais («Novas formas de realismo», RTP Arquivos, 6 jun. 1974) são outras abordagens deste programa alinhadas com a época e com os tópicos de referência da exposição «Pós-Pop», entre vários outros vídeos disponíveis nos Arquivos RTP que sobre eles permitem leituras situadas no contexto português da época.

Foi maioritariamente a partir de Portugal que trabalhou nestes anos Teresa Magalhães, não obstante a sua fugaz mas relevante visita a Londres nesta altura, em 1969. De resto, e tal como outros percursos contemplados em «Pós-Pop», ter desenvolvido o seu trabalho em Lisboa incrementa a pertinência do seu inconformismo artístico. Artista de quem foi exposto um número muito significativo de peças, várias delas inéditas, Magalhães encabeça a evidenciação por parte de «Pós-Pop» da relevância das obras de artistas mulheres nestes anos tão fulcrais para debates em torno das questões de género. Trata-se de um vetor desde cedo sublinhado no contexto desta iniciativa, inclusivamente na apresentação de Penélope Curtis para o catálogo, em que a então diretora do Museu Gulbenkian refere que «a exposição assume sem reservas o destaque dado à obra de Teresa Magalhães, que, à semelhança de outras artistas do sexo feminino, como Fátima Vaz ou Maria José Aguiar, tem sido em grande medida ignorada» (Pós-Pop. Fora do lugar-comum, 2018, p. 19). Com efeito, os percursos de Magalhães e especialmente de Vaz (1946-1992), Aguiar (1948) ou Luísa Correia Pereira (1945-2009) têm sido provavelmente os menos estudados no cômputo das artistas mulheres representadas nesta exposição. Este conjunto integrou também obras de Clara Menéres (1943-2018), igualmente em destaque e infelizmente falecida alguns dias depois da inauguração, bem como das já referidas Menez, Lourdes Castro, Paula Rego e Ana Hatherly, e ainda Ana Vieira (1940-2016) e Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) (constituindo, mesmo assim, apenas dez em 52 artistas da mostra).

Obviamente que, além de questões respeitantes às históricas assimetrias de representatividade no meio artístico, o feminino foi especificamente tematizado em múltiplas frentes da exposição. Por diversos rumos, «Pós-Pop» abordaria papéis, estatutos e perspetivas sociais de género nesta década de 1965-1975, ora em Portugal, ora no confronto com outras realidades. São, desde logo, problemáticas centrais em diversas obras expostas e às quais se dedicaram outros momentos desta iniciativa, tais como, entre os mais específicos, o texto de Emília Ferreira «Do eterno feminino ao efémero feminismo», publicado no catálogo de exposição (Pós-Pop. Fora do lugar-comum, 2018, pp. 135-136) e, da mesma autora, a conferência «Quem tem medo do feminismo?».

Os grilhões da condição feminina seriam gritantes no moralismo mais ancilosado de um Portugal de «brandos costumes» – expressão que dá título ao célebre filme de Alberto Seixas Santos (1936-2016) (com um mordaz poster de Batarda contemplado na mostra), produção cinematográfica lembrada por Patrícia Rosas como um dos gatilhos para este projeto («Pós-Pop. Fora do lugar-comum. Depoimento de Patrícia Rosas» [vídeo], 2018, Arquivos Gulbenkian, ID: 80239]). Como refere Magalhães, havia que «explodir» nesse país tão «cinzento» (Santos, Diário de Notícias, 20 abr. 2018) e onde tantas mulheres impulsionaram essa luta, como é lembrado no catálogo de exposição a propósito da pintura Baigneuses (1971), de Nikias Skapinakis (1931-2020), da série Para o Estudo da Melancolia em Portugal (1971-74) (Pós-Pop. Fora do lugar-comum, 2018, pp. 128-129). Os atritos à emancipação feminina prendiam-se também, evidentemente, com sexualidade, a forma como era encarada pela sociedade e o modo como isso afetava a esfera íntima. A chamada «libertação sexual» foi um dos estandartes da apelidada «contracultura» dos anos 60 e 70 e a exposição acabou por dedicar-lhe bastante espaço, desde logo através de obras nas quais a sexualidade ou o erotismo são fulcrais. Havia inclusivamente uma sala em que esse vetor era focado mais detalhadamente, a segunda das três black boxes que integraram «Pós-Pop» (A construção de um espaço: as caixas negras, 2018), sendo que, explicita a curadora Patrícia Rosas, «a primeira caixa [de título Yé-Yé] é dedicada à moda e à música; a segunda [Aquarius] ao corpo erotizado e ao novo cinema; e a última [Agit Prop] prende-se com a questão política nacional» (Rosas, Newsletter FCG, n.º 197, abr. 2018, p. 13). Tal como as demais «caixas negras» da exposição, Aquarius (assim chamada em alusão à era cósmica homónima, símbolo da contracultura dos anos 60) tinha o seu nome em néon na entrada e apresentava as paredes revestidas com reproduções de materiais da época. Integravam-no depois revistas, cartazes, vídeos, além de diversas obras de arte. Entre estas constavam peças de Cutileiro e de Menéres com a particularidade de estarem instaladas dentro de vitrinas fechadas, com uma portinhola que o público podia abrir. No caso de Cutileiro, eram três esculturas de pendor erótico mostrando figuras femininas, ao passo que de Menéres se expunha Relicário (1969), uma obra composta por um falo em resina e respetivo estojo. Advertências quanto ao conteúdo destas peças acompanhavam o seu encerramento nas vitrinas, em cujas portinholas, juntamente com a legenda técnica das peças, constava sinalética dizendo «Abrir/Open» (provavelmente uma resolução posterior à inauguração, uma vez que os registos fotográficos deste dia mostram a inscrição «>16 anos/years old»). Sobre esta estratégia de apresentação, lê-se online que «as pequenas caixas onde foram instaladas três esculturas inéditas de João Cutileiro e o Relicário de Clara Menéres, feito em 1969, mas só exposto pela primeira [vez] em 1977, reproduzem os mecanismos censórios da época, frequentemente voyeuristas, que incidiam sobretudo na repressão de temas relacionados com o erotismo e a sexualidade. Este grande tabu estimulava a criação artística e literária de sinal contrário e são inúmeras as obras que abordam com humor e provocação os interditos vigentes» («A construção de um espaço: as caixas negras», 2018). Ainda sobre estas vitrinas, José Cabrita Saraiva, num artigo para o Sol e citando uma das curadoras, refere-as como «armários cujas portas podem ser fechadas para não ferir “os mais novos e as pessoas mais sensíveis”, explica Ana Vasconcelos. “Mas acho que tudo o que se esconde se revela ainda mais”» (Rosas, Newsletter FCG, n.º 197, abr. 2018, p. 13).

Houve quem criticasse negativamente um aparente pudor desta solução, as implicações daí resultantes para o dispositivo museológico e o tipo de fruição que propunha para as peças. Na imprensa, Bárbara Reis expressa-o num artigo de opinião para o jornal Público, intitulado «Cuidado, a Gulbenkian está a expor um falo» (18 mai. 2018). Um ponto tocado por Reis é a eventual incongruência entre esta opção museológica e institucional e o momento de libertação com que se contextualizava histórica e culturalmente o núcleo em causa. No mesmo jornal, o assunto foi ainda aflorado por José Marmeleira, desta feita numa antevisão da antológica de Robert Mapplethorpe no Museu de Arte Contemporânea de Serralves. As vitrines veladas de «Pós-Pop» eram usadas nesse artigo para exemplificar eventuais indícios de «uma tentação das instituições culturais: a de confundir a sua missão educativa com o controlo autoritário e condescendente do olhar e da experiência das obras» (Marmeleira, Público. Ípsilon, 14 set. 2018, p. 7). Adiantava-se que tal não se verificaria na individual portuense do fotógrafo norte-americano, sobre a qual João Ribas, então diretor do Museu de Serralves e curador da mostra, ressalvava, citado no mesmo artigo, que não haveria «censura, obras tapadas, salas especiais ou qualquer tipo de restrição a visitantes de acordo com a faixa etária» (Ibid.). Conforme amplamente noticiado alguns dias depois, a polémica estalou quando a administração da Fundação de Serralves interveio em sentido inverso ao do diretor do museu, que apresentaria a sua demissão pouco tempo depois da inauguração.

Também na imprensa internacional foram notadas as vitrines com portinhola do núcleo Aquarius. Na revista Frieze, Ara H. Merijan, após caracterizar a exposição como «manic and overstuffed» e de desmerecer relações que considerara demasiado remotas entre algumas obras e a orla alargada da Pop, acaba a sua breve resenha precisamente com um comentário sobre a apresentação de Relicário, dizendo que «evoking, perhaps, the work’s eponymous liturgical aspects, the caution against potentially offending viewers undermines the piece’s protest against the clockwork of patriarchy» (Frieze, n.º 199, nov./dez. 2018, p. 173).

É justamente no interior da caixa negra Aquarius, tratando das obras de Menéres nela constantes, que Patrícia Rosas leva a cabo uma das várias «Visitas virtuais em direto» transmitidas no Facebook da FCG a 18 de maio de 2018, Dia Internacional dos Museus do ICOM («Dia e Noite dos Museus. Grande festa dos museus», 2018). Tratou-se da «Visita #5», com a obra Relicário a ser especialmente focada por Rosas. A outra curadora da exposição, Ana Vasconcelos, faria a «Visita #6», com a qual se fechou esta iniciativa nas redes sociais, e que decorreu numa das entradas da exposição – aquela que se encontra do lado do Museu Gulbenkian –, junto do título «Pós-Pop» em reclame néon e da silhueta de um moderno casal representado de costas, da autoria de Teresa Magalhães (S/Título, 1971) (Inv. 09P1608), obra e artista em foco nesta «visita em direto». Refira-se ainda «Visita #3», em que Rita Albergaria comenta o design expositivo, vinculando-o à pesquisa de práticas museológicas da época a que «Pós-Pop» se reporta. Dessa pesquisa resultam, por exemplo, os painéis de exposição que não tocam nem no chão nem no teto e que, segundo a arquiteta, se pretendiam favoráveis a uma procura por fluidez inerente a este projeto. A relação interior/exterior, entre Galeria e Jardim, foi outro ponto de especial atenção, particularmente na apresentação de escultura. As já referidas caixas negras foram igualmente abordadas por Albergaria, que sublinhou o facto de surgirem «de costas voltadas para o visitante», apelando a uma busca pela «explosão visual» que lá dentro acontecia. Novamente com a participação de Albergaria, a via de investigação pela história da museologia e dos seus dispositivos seria acentuada meses mais tarde com a exposição «Art on Display. Formas de Expor», patente na mesma Galeria Principal da Sede da FCG e Jardim Gulbenkian, focada sobre equipamentos e soluções de design expositivo marcantes da arquitetura de exposições e museologia do século XX.

Dos eventos relacionados com «Pós-Pop» na agenda da FCG para o Dia e Noite dos Museus 2018, destaque ainda para a «Tertúlia Pop – Anabela Mota Ribeiro conversa com Manuel Costa Cabral, Eduardo Batarda, Manuel Baptista, Teresa Magalhães e Sérgio Pombo», ou as três visitas temáticas à exposição, uma pelo designer de moda Filipe Faísca, outra pelo cineasta João Canijo e outra pela escritora Maria Teresa Horta, entre outros eventos no âmbito desta e demais exposições e outras iniciativas, às quais se somou a extensão de horário dos dois polos museológicos da Fundação até à meia-noite de 18 para 19 de maio.

Bastante dinamizada, a programação do Dia e Noite dos Museus foi apenas parte de uma programação paralela muito prolífera no âmbito desta exposição («Programação complementar», FCG, 2018). Mencione-se, desde logo, o ciclo de encontros que trouxe a debate tópicos relacionados com a exposição e no qual, ao já referido «Encontro com o feminismo – Quem tem medo do feminismo?», por Emília Ferreira, somaram-se o «Encontro com a política – Portugueses no Reino Unido (c. 1960-c. 1975) – Experiências de expatriação, exílio e oposição», por Pedro Aires Oliveira; o «Encontro com a Banda Desenhada», em que João Paiva Boléo, António Jorge Gonçalves e Jorge Silva percorreram meandros desta arte que tanto permeabilizou a Pop Art e a sua orla; o «Encontro com o cineclubismo – Memórias de uma resistência», com Miguel Cardoso e Henrique Espírito Santo; «Encontro com a Música: Epopeia Pop», por Luís Trindade, autor também contribuinte para o catálogo de exposição (Pós-Pop. Fora do lugar-comum, 2018, pp. 119-122); o «Encontro com o jazz – Novas tendências do jazz, 1965-1975», por Rui Neves, programador do Serviço de Música da FCG, comunicação que foi seguida de um concerto de Rodrigo Amado, Pedro Sousa e Gabriel Ferrandini. Esta componente mais musical do ciclo de encontros no âmbito de «Pós-Pop» integrou a programação do Jardim de Verão Gulbenkian 2018 (Jardim de Verão Gulbenkian [programa], 2018, Arquivos Gulbenkian, ID: 75726). Alguns destes encontros terão sido transmitidos online, e o vídeo referente à conferência em torno da música pop ainda se encontra no Facebook da FCG. Lá também consta um vídeo do colóquio «Pop e Pós-Pop: A ligação britânica», por Alex Seago – então diretor da School of Communication, Arts and Social Sciences, da Richmond University em Londres, e um dos autores que escreveram para o catálogo da exposição. Destaque também para a interpretação da peça vocal Stimmung, de Karlheinz Stockhausen, a cargo de solistas do Coro Gulbenkian, também integrada na programação paralela de «Pós-Pop». Trata-se de uma obra criada em 1968 – ano em diversos aspetos marcante para o contexto histórico de «Pós-Pop» –, em parte inspirada na experiência do compositor alemão no México, mais especificamente nas ruínas maias e aztecas, repleta de erotismo, e que entronca nos fascínios multiculturais tão prementes no final dos anos 60 (para uma descrição da peça musical, consulte-se, por exemplo, a página web que lhe é dedicada no blogue Stockhausen: Sounds in Space).

Juntamente com as muitas visitas orientadas à exposição, entre elas a habitual visita com as curadoras, sublinhem-se também as visitas com audiodescrição, a de dia 6 de maio integrada na iniciativa Arte Acessível do programa educativo Descobrir, e as duas de 19 de maio integradas na programação alargada do Dia e Noite dos Museus (Newsletter FCG, n.º 198, pp. 14-15). Estas visitas com audiodescrição tiveram parceria do British Council, tendo sido frisadas pela embaixadora do Reino Unido em Portugal, Kirsty Hayes, no breve artigo «A arte e o desenvolvimento económico», para O Jornal Económico (18 de maio de 2018).

«Pós-Pop» foi um projeto muito prolífero no que toca à divulgação através dos media da FCG, destacando-se os materiais audiovisuais, vários deles promovidos online no website e redes sociais. Neste domínio, merecem destaque, além dos vídeos da equipa técnica da FCG já referidos, os testemunhos de Teresa Magalhães, Manuel Baptista (1936), João Cutileiro e José de Guimarães (1939). No caso de Guimarães, o seu depoimento passa, entre outros assuntos, pela sua pertinente exposição no Museu de Luanda, em 1968, aquando do seu destacamento em Angola. Trata-se de um dos artistas que tiveram vivência militar direta durante a Guerra Colonial, chamando particularmente à colação esse traço fundamental da época e que foi endereçado por diversas vias nesta exposição, com especial protagonismo para a escultura Jaz morto e arrefece o menino de sua mãe (1973), de Clara Menéres.

Do ponto de vista da divulgação, apetece mesmo dizer que este projeto como que fez jus a dinamismos publicitários que não teriam sido possíveis sem alguns adventos da época abordada. Sintonizou-se – por vezes até com um certo revivalismo – com esse legado da comunicação de massas que, tendo sido por vezes celebrado à primeira vista, foi também abordado criticamente por muita arte pop e outras expressões que a circundam historicamente. Exemplo dessa sintonização de «Pós-Pop» com traços da época em causa foram os materiais que promoveram a campanha de extensão de horário às sextas-feiras, das 18 às 22 horas, fruto de uma parceria com o jornal Público e começando no mês de junho de 2018, com a oferta de uma segunda entrada na compra de um bilhete («Pós-Pop. Fora do lugar-comum» [anúncio], 2018, Arquivos Gulbenkian, ID: 70061). Apropriadamente, a iniciativa surge na divulgação com nomes em jeito de slogan publicitário ou pregão de agitprop – tais como, «À sexta, a arte é a dobrar» ou «Aproveita a Pós-Pop pós-laboral» –, merecendo um cartaz de divulgação específico, onde é também frisado o facto de a entrada ser gratuita para pessoas portadoras de cartão de estudante. Também a iniciativa do Dia e Noite dos Museus mereceu semelhante abordagem publicitária («Pós-Pop. Fora do lugar-comum» [cartaz], 2018, Arquivos Gulbenkian, ID: 88581 e ID: 88582).

Segundo um sumário interno de encerramento da exposição, foram registados 56 445 visitantes, contabilizando 25 009 de origem nacional e 31 049 de origem estrangeira. A circunstância de cerca de metade do período da exposição ter coincidido com os meses de verão e férias escolares não terá sido alheia à distribuição da afluência de público (Relatório Final de Exposição Temporária, 2018, Arquivos Gulbenkian, ID: 133265).

Projeto de relevo na programação da FCG para 2018, «Pós-Pop» foi uma iniciativa bastante «transfronteiriça», indo desde atividades que tangem a esfera do entretenimento (nunca renegada) até um atento levantamento crítico de um período artístico e social em constante releitura. Lançou interrogações a expressões que costumam ser enquadradas quer na orla da Pop Art, quer em contraste com ela, desde logo por via de diálogos entre geografias culturais que, ao mesmo tempo que se aproximam do universo anglo-saxónico, também permitem extravasar hegemonias, levando a entendimentos mais recortados. Nem sempre bem avaliada pela crítica – que por vezes parece ter querido ver em «Pós-Pop» quase uma mostra de arte pop, coisa que evidentemente o projeto não quis ser –, falamos de um projeto que, entre os seus vários atributos, contribuiu para essa ideia de que a Pop Art, recorrendo aqui à frase inicial de Penelope Curtis na abertura do catálogo, «na última década tem sido cada vez mais considerada fora do habitual paradigma anglo-saxónico» – paradigma esse que constituirá, ele próprio, um lugar-comum a repensar.

Daniel Peres, 2022

Opening on 19 April 2018 and on show until 19 September the same year, the exhibition “Pós-Pop. Fora do lugar-comum. Desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, 1965–1975” (Post-Pop. Beyond the Commonplace. Pop Detours in Portugal and England, 1965 – 1975) filled the Main Gallery of the Calouste Gulbenkian Foundation (FCG) Main Building with a vast array of works from Portugal and Britain, exploring bridges between them as a means of reflecting on the impact of pop art, those it inspired and those that distanced themselves from it, both at the time and in the decade that followed.

The exhibition was produced with the support of the British Council, which was also one of the major international lenders, along with the Arts Council. Other British artworks, as well as a large number of Portuguese pieces, were loaned from Portuguese sources (both individuals and institutions). These joined a large number of works from the Calouste Gulbenkian Museum (MCG) Modern Collection (now renamed the Modern Art Centre Collection, returning to its original name).

“Post-Pop” was curated by Ana Vasconcelos and Patrícia Rosas, curators of the MCG –Modern Collection, now known by its original name, the Modern Art Centre (CAM). Their short essay for the catalogue — O Risco do Riso — rapidly asserts that we must view this exhibition in terms of deviation and even departure from the strategies harnessed by Pop Art (Pós-Pop…, pp. 31–32). Moreover, the subtitles “Fora do lugar-comum” (Beyond the Commonplace) and “Desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, 1965–1975” (Pop Detours in Portugal and England, 1965 – 1975”) immediately alert us to the fact that the whole project, from the exhibition to the numerous parallel events, would introduce us to work distinct from - and sometimes even agonistic to - pop art, despite the dominance of the movement in the background.

One of the underlying reasons for this departure is, quite simply, the choice to consider pop art and its successors from the historical and cultural perspective of Portugal in the pivotal 1965 to 1975 decade. This era bore witness to the end of the Portuguese Colonial War; the immediate aftermath of the Revolution of 25 April 1974 and the dawn of democracy through the so-called Processo Revolucionário em Curso (PREC – Ongoing Revolutionary Process). All of this was set against an equally turbulent international backdrop at a time when the Vietnam War dominated the headlines. At the same time, the post-World War Two period saw nearby European countries, including the United Kingdom, plunged into profound economic and sociocultural transformation. The more sociological facet of “Post-Pop” tackles this complex history.

While all of these “Post-Pop” offerings situated themselves “Beyond the commonplace”, events in Portugal at the time endowed much 60s and 70s work by Portuguese artists – whether or not they had spent time abroad - with a particularly metamorphic and hybrid character. In their dialogue with the so-called international vanguards, many of them reinvent processes and explore less well-trodden stylistic paths. Therefore, the focus on breaking with convention in “Post-Pop” intrinsically resonates with the output of many Portuguese artists at the time.

Looking at the 1965–1975 timeframe, “Post-Pop” would showcase art that engaged with political issues, as well as art which, despite rejecting such engagement, was artistically political, like any free artistic gesture that holds meaning for those participating in art. With this in mind, the exhibition again focused on the Portuguese context and a society in which expressions of artistic freedom could easily be construed as political disruption of the everyday status quo.

Yet, as we see in “Post-Pop”, this very everyday — and its trivially exceptional minutiae provided much of the inspiration for both pop art and other forms of artistic expression within its sphere of influence. The contrasts between daily life in the two countries that form the geography (and psychogeography) of the exhibition, Portugal and the United Kingdom, were all the more pronounced in this era, one being a moralistic dictatorship embroiled in war (and understandably euphoric after the April 1974 revolution), the other ruled by fashion, novelty and rampant consumerism. The exhibition stressed how the experience of Portuguese artists in Britain, and especially London, often thanks to Gulbenkian scholarships, was fundamental to their individual careers and their impact on the art world in their home country.

On a secondary level, this exhibition was also an opportunity to explore how cultural ties between Portugal and the United Kingdom have been nurtured by the actions of the FCG since its foundation in 1956 (partly in the spirit of its founder’s British connections). In addition to Gulbenkian scholarships, links to the British art world during the period covered by the exhibition are also reflected in the major collection of British art that the Foundation began to amass from the 1960s onwards, in cooperation with the British Council. The exhibition sheds new light on this collection, which features many pieces that fall within the chronological and artistic scope of “Post-Pop”, focusing on issues such as artistic exchange between Portugal and the United Kingdom and how British surroundings influenced Portuguese artists.

The exhibition’s curators had already drawn on the CAM British Art Collection for previous projects (for instance the exhibition Abstracção e Figura Humana na Colecção de Arte Britânica do CAM - Abstraction and the Human Figure at CAM's British Art Collection, in 2010). As well as work by some of the leading names in British Pop Art, “Post-Pop” rediscovered works produced during the same period which, despite their shared context, place, generation and, perhaps, feeling of belonging to their era, explored different paths, ranging from distancing from Pop Art to clear departure, or even opposition. For instance, we see abstract works which, though they certainly cannot be defined as pop art, are not bound by the gesturalism of Op Art either. Trends observed in the CAM collection were explored in greater depth thanks to the presence of the same artists in the collections that loaned work for the exhibition, including the Arts Council, British Council and Museu Coleção Berardo. These artists include Richard Smith (1931–2016), Jeremy Moon (1934–1973), Michael Perton (1935–1996) and Bernard Cohen (1933), the latter one of the most vocal critics of Pop Art, even in theoretical and discursive terms (Pós-Pop…, p. 31). He has his own dedicated page on the Post-Pop microsite.  In the words of curator Ana Vasconcelos, Cohen was one of the “avatars” of this exhibition, along with Portuguese artists Ruy Leitão (1949–1976) and Teresa Magalhães (1944) (Video, Público newspaper website).

One of the defining features of this exhibition was its in-depth study of Leitão and Magalhães. In her brief review, Raquel Henriques da Silva even calls it “...the most original curatorial choice: the presence of two solo shows within the group exhibition, dedicated to two relatively low-profile artists from the canonical perspectives referred to above...” (Umbigo Magazine, #65, p. 74). Indeed, works by Leitão and Magalhães filled the exhibition, almost forming two small retrospectives, though scattered throughout the different areas of “Post-Pop”.

Son of the painter Menez (1926–1995), also featured in the exhibition, Leitão, whose unique career was sadly cut short by an untimely death, is one of many artists who spent time living in London. He first attended what was then the Central School of Arts and Design, in 1966, and later Chelsea College of Art, from 1967 to 1970, where he studied under Patrick Caulfield (1936–2005). The exhibition features a painting entitled The Hermit, produced in 1967 by his teacher, who is said to have considered Leitão one of his most brilliant students. The piece belongs to the British Council collection (note that the oil painting, View of the Bay, dating from 1964 and part of the CAM collection, was not featured, despite the inclusion of other works that fall slightly outside the 1965–1975 timeframe. A page on the dedicated “Post-Pop” microsite explains that though considered major names in British Pop-Art, both Caulfield and Allen Jones (1937) apparently rejected the label. Parallels can perhaps be drawn between the approaches of Caulfield and Leitão who, while harnessing aspects of Pop Art, also maintained a slight distance from the movement, in what certain historiographers view as a subtly critical counterpoint to much of what defined the Pop Art canon.

Like Leitão, several other artists featured in “Post-Pop” have significant personal connections to the United Kingdom, having spent time there (often as students), or settled more permanently. This group includes figures such as Paula Rego (1935–2022), Menez, Rolando Sá Nogueira (1921–2002), João Cutileiro (1934–2021), João Vieira (1934–2009) (who became a lecturer at Maidstone College of Arts), Ana Hatherly (1929–2015), Fernando Calhau (1948–2022), Eduardo Batarda (1943) and Alfredo Queirós Ribeiro (1939–1974) – (an artist who, after a spell in London, went on to lecture at Liverpool Polytechnic before founding the ACRE Group in 1974, the year of his death). To these names, we could add others who are not featured in “Post-Pop”, despite perhaps falling within the scope of the project and featuring prominently in the CAM collection. These include Bartolomeu Cid dos Santos, an artist who, like his friend Paula Rego, would go on to become a renowned lecturer at Slade School of Fine Art, in his case specialising in printmaking, and who made a profound impression on Fernando Calhau during his time at the institution in 1974/75. All of these artists benefitted from Gulbenkian scholarships in the United Kingdom at some point in their careers, though the circumstances of these varied.

Naturally, when studying cultural ties between Portugal and the United Kingdom, “Post-Pop” placed a focus on Gulbenkian scholarships. Gulbenkian scholarships are not purely academic, being awarded in response to extremely varied applications, and have famously enabled Portuguese artists to immerse themselves in different international milieus, gaining an understanding of avant-garde concepts and practices. They have seen artists travel to many destinations, most notably London and Paris. During the period in question, the latter witnessed the emergence of Nouveau Réalisme (a movement art historians often call a French counterpoint to the pop art of the anglosphere). In the French capital, and at the centre of this world, was the KWY group and the work of the individual artists who belonged to it. Many works by these artists appear in “Post-Pop”, notably Lourdes Castro (1930–2022), João Vieira, René Bertholo (1935–2005) and José Escada (1940–1980). Dialogue between Portuguese and foreign artists was explored in greater detail in the essay Ideias e práticas artísticas no contexto da Pós-Pop by Sandra Vieira Jürgens, which appeared in the exhibition catalogue (Pós-Pop…, pp.49–70). In the same volume, Adelaide Duarte adds to this portrait of the art scene during the era, this time focusing on the Portuguese art market and galleries, in “A pintura já não se vende, a pintura está salva!” [“Painting is not for sale, painting is saved” - an expression borrowed from Ernesto de Sousa (1921–1988)] O mercado da arte em afirmação na segunda metade da década de 1960” (Pós-Pop..., 173-4). To further immerse ourselves in the era and the hot topics among art dealers and gallerists during the “Post-Pop” period, we can supplement this writer’s analysis with a 1974 episode of the RTP television series Perspectiva, presented by artist, professor and art critic João Manuel Rocha de Sousa (1938–2021) (RTP archive website, “Situação do Mercado Artístico”). The episode combines the host’s overview of the subject with contributions by art critic Rui Mário Gonçalves (1934–2014), gallerist José Galveias, artists Carlos Amado (1936–2010) (a lecturer at Escola Superior de Belas Artes in Lisbon at the time) and Joaquim Lima Carvalho (1940) (featured in “Post-Pop” as a member of the prominent ACRE Group, a trio that also included Menéres and Queirós Ribeiro and was very active in 1974). In another episode of the same series, Rocha de Sousa discusses Ruy Leitão’s second solo show, which also took place in 1974 at Galleria 111 in Lisbon, showing images of his work (id., “Ruy Leitão”). Meanwhile, on another occasion the same year, the series dedicated an episode to the processes of Manuel Baptista, another figure featured in “Post-Pop”, portraying the artist at work (id., “Manuel Ba[p]tista”). The vast RTP archive of films related to the subject of the exhibition “Post-Pop” also includes episodes on the broader themes of mass media (id., “Cartazes: Um Espectáculo Que Nos Conta Todos Os Dias”) and emerging figurative trends in the visual arts (id., “Novas Formas de Realismo”), which can help us situate the exhibition in the Portuguese context of the time.

Teresa Magalhães mainly worked from Portugal during this period, despite a fleeting yet influential spell in London in 1969. Like other artists featured in “Post-Pop”, the fact she produced her work in Lisbon heightens the significance of her artistic non-conformity. The exhibition contained a large number of works by the artist, many of which were shown for the first time, placing Magalhães at the forefront of efforts by “Post-Pop” to highlight the importance of women artists at a pivotal moment in the debate around gender issues. This was one of the major themes of the project from the outset. In her introduction to the catalogue, Penélope Curtis, then director of the Gulbenkian Museum, even states that “The exhibition is unashamedly committed to its focus on the work of Teresa Magalhães, who, like other female artists such as Fátima Vaz and Maria José Aguiar, has been largely overlooked.” (Pós-Pop..., p. 19). Indeed, along with Vaz, Aguiar and Luísa Correia Pereira, the output of Magalhães has probably been studied the least of any of the female artists featured in the exhibition. This group also included Clara Menéres (1943–2018), who sadly died two days after the exhibition’s opening, the aforementioned Menez, Lourdes Castro, Paula Rego and Ana Hatherly, as well as Ana Vieira (1940–2016) and Maria Helena Vieira da Silva (1908–1992), though just 10 of the 52 artists on display were female.

Aside from the obvious issue of uneven representation in the art world, the feminine was also a running theme in several areas of the exhibition. “Post-Pop” reflected on gender roles, legislation and social views in the decade from 1965 to 1975, both within Portugal and in its contact with different realities. Such questions were central to many of the works on display and formed the basis of related events and publications, among the most explicit being Emília Ferreira’s essay Do eterno feminino ao efémero feminismo, which appeared in the exhibition catalogue (Pós-Pop..., pp. 135–6) and the lecture Quem tem medo do feminismo? by the same scholar.

The shackles of the feminine condition would have been particularly heavy in Portugal, a stubbornly moralistic country of “brandos costumes” or “mild manners” — an expression that gave the famous Alberto Seixas Santos (1936–2016) film its title. The irreverent poster for this film, designed by Batarda, appears in the exhibition and Patrícia Rosas cites the production as one of the major inspirations for the project (Post-Pop video documentary). As Magalhães underlines, this “grey” country was in need of an “explosion” (website of the newspaper Diário de Notícias) and many women were at the forefront of this struggle, as we are reminded by exhibition catalogue’s discussion of the painting Baigneuses (1971) by Nikias Skapinakis (1931–2020), part of the 1971-74 Para o Estudo da Melancolia em Portugal series (Pós-Pop…, 128–9). Evidently, the battle for female emancipation went hand in hand with sexuality, social views on the subject and how they affected the personal sphere. So-called “sexual liberation” was famously one of the hallmarks of 1960s and 70s “counterculture” and the exhibition dedicated considerable space to the theme, notably through works that dealt explicitly with the subjects of sexuality or eroticism. There was even a room focusing on this theme in greater detail, the second of the three black boxes located within “Post-Pop”. As curator Patrícia Rosas explains, “the first box [entitled Yé-Yé] is dedicated to fashion and music; the second [Aquarius] to the eroticised body and new cinema; and the last [Agit Prop] to Portuguese politics.” (ROSAS, FCG Newsletter n.º 197, p. 13). Like the other “black boxes” in the exhibition, Aquarius (a reference to the astrological age of the same name, a symbol of 1960s counterculture) had its name in neon at the entrance, while its walls were covered with copies of materials from the era. It also contained magazines, posters and videos, as well as various artworks. Among these were pieces by Cutileiro and de Menéres, which were exhibited in sealed cases, with a hatch that the viewer could open. In the case of Cutileiro, the works displayed were three erotic sculptures depicting female forms, while Relicário (1969) by Menéres consisted of a resin phallus displayed in a cabinet. Content warnings about the pieces appeared on the cases of both exhibits, the hatches of which featured the words “Abrir/Open” alongside technical details of the pieces (probably a solution devised after the opening, as photographic records from opening day show signage saying “>16 anos/years old”). On the subject of this presentation strategy, Gulbenkain online states that “holding three never-before-exhibited sculptures by João Cutileiro and ‘Relicário’ [Reliquary] by Clara Menéres, produced in 1969 but only exhibited for the first time in 1977, the three small boxes reproduce the often voyeuristic censorial mechanisms of the time, which focused mainly on the repression of themes relating to eroticism and sexuality. This great taboo stimulated a counter-current of artistic and literary creation, with numerous works examining the restrictions of those times with humour and provocativeness.” (FCG website). José Cabrita Saraiva also refers to these cases in an article for Sol and, citing one of the curators, refers to them as “cupboards whose doors can be shut so as not to harm ‘younger and more sensitive people’, explains Ana Vasconcelos. ‘But I believe that what is concealed reveals much more’.” (Sol newspaper, 21 April 2018, p. 41).

Some criticised the apparent prudishness of this solution, its musicological implications and the ability of visitors to engage with the exhibits. In the press, Bárbara Reis voiced these concerns in an opinion piece for newspaper Público (REIS, “Cuidado, a Gulbenkian está a expor um falo”, 18 May 2018). One of the points touched upon by Reis is the potential disconnect between this museological decision by the institution and the liberation of the period that provides the historical and cultural backdrop to the works in question. In the same paper, Marmeleira also referred to the issue, this time in a preview of the Robert Mapplethorpe retrospective at the Museu de Arte Contemporânea de Serralves. The veiled cases of “Post-Pop” were used in this article to exemplify “a temptation on the part of cultural institutions: that of confusing their educational purpose with condescending, authoritarian control of the gaze and our experience of the works.” (Público. Ípsilon, 14 September 2018). He stressed that this was not the case for this US photographer’s solo show in Porto. João Ribas, then director of Museu de Serralves and curator of the exhibition, was quoted in the same article insisting that there would be no “censorship, concealed works, special rooms or any form of restriction on visitors according to age group” (Idem). As widely reported in the days that followed, the controversy blew up when the board of Fundação de Serralves stepped in to overrule the Museum’s director, who resigned a few days after the opening of the exhibition. The international press also commented on the cabinets in the Aquarius area with their hatches. In the magazine frieze, Ara H. Merijan, having described the exhibition as “manic and overstuffed” and questioned the links between some of the works and the pop art movement, claiming these to be too tenuous, ended her short review with a comment on the presentation of Relicário, saying that “Evoking, perhaps, the work’s eponymous liturgical aspects, the caution against potentially offending viewers undermines the piece’s protest against the clockwork of patriarchy.” (frieze, n.º 199, p. 173).

It was from inside the Aquarius black box that Patrícia Rosas delivered a “Live Virtual Tour” on the Menéres artwork within, which was broadcast on the FCG Facebook page on 18 May 2018, ICOM International Museum Day (FCG Agenda for the Day and Night of Museums 2018). This was “Tour #5” of the series and saw Rosas focus on Relicário. The exhibition’s other curator, Ana Vasconcelos, delivered “Tour #6”, the closing event of the social media series, from one of the entrances to the exhibition — that on the Gulbenkian Museum side —, next to a neon sign of the title “Post-Pop” and the silhouette of a fashionable couple viewed from behind, by Teresa Magalhães (Untitled, 1971), this piece and artist being the subject of the “live tour”.  Finally, we must also mention “Tour #3”, in which Rita Albergaria discussed the exhibition’s design, relating it to research into museological practices during the era covered by “Post-Pop”. For instance, this research inspired the choice to use panels that do not touch the floor or ceiling, which, according to the architect, were intended to enhance the inherent fluidity of the project. The relationship between indoors and outdoors, Gallery and Garden, was another key consideration, especially when exhibiting sculptures. Albergaria also mentioned the black boxes referred to above, stressing that they had “their backs turned to the visitor”, inviting us to uncover the “visual explosion” taking place inside. A few months later, Albergaria would again contribute to an exhibition on the history and techniques of museology, “Art on Display. Formas de Expor” (Art on Display. Ways to Exhibit). Occupying the Main Gallery of the FCG Main Building and Gulbenkian Garden, it examined exhibition design, equipment and solutions, with a focus on influential 20th century examples of exhibition architecture and museology.

Other highlights of the FCG “Post-Pop” programming for the Day and Night of the Museums 2018, which saw the Foundation’s two museums open until midnight on 18/19 May, included Tertúlia Pop – Anabela Mota Ribeiro in conversation with Manuel Costa Cabral, Eduardo Batarda, Manuel Baptista, Teresa Magalhães and Sérgio Pombo, and three Themed Exhibition Tours, one by fashion designer Filipe Faísca, another by filmmaker João Canijo and a third by writer Maria Teresa Horta.

The events to mark the Day and Night of the museums were just part of a packed calendar of events accompanying the exhibition (“Complementary Programming”, FCG website). This included the Encounters Season of debates on topics related to the exhibition. In addition to Encontro com o Feminismo – Quem tem medo do feminismo? by Emília Ferreira, mentioned above, these included Encontro com a política – Portugueses no Reino Unido (c. 1960–c. 1975) – Experiências de expatriação, exílio e oposição by Pedro Aires Oliveira; Encontro com a Banda Desenhada, in which João Paiva Boléo, António Jorge Gonçalves and Jorge Silva explored the art of the comic book and how it permeated Pop Art, blurring its boundaries; Encontro com o Cineclubismo – Memórias de uma resistência with Miguel Cardoso and Henrique Espírito Santo; Encontro com a Música: Epopeia Pop by Luís Trindade, an author who also contributed to the exhibition catalogue (Pós-Pop…, pp. 119–22); Encontro com o Jazz – Novas tendências do jazz, 1965–1975 by Rui Neves, head of programming at the FCG Music Department, a talk followed by a concert by Rodrigo Amado, Pedro Sousa and Gabriel Ferrandini. This musical element of the “Post-Pop” Encounters Cycle also formed part of the 2018 Gulbenkian Summer Garden programme (2018 Gulbenkian Summer Garden Programme). Certain Encounters were broadcast online and the video of the talk on pop music is still available on the FCG Facebook page. There, you can also find a video of the symposium Pós-Pop: A ligação britânica, by Alex Seago — then director of the School of Communication, Arts and Social Sciences of Richmond University in London, who also contributed to the exhibition catalogue. Another highlight of the “Post-Pop” calendar was a performance of the Karlheinz Stockhausen vocal piece Stimmung by soloists from the Gulbenkian Choir. This piece was composed in 1968 — a decisive year in the history of the “post-pop” period for several reasons — and inspired in part by the German composer’s experiences in Mexico, more specifically Mayan and Aztec ruins, steeped in eroticism. As such, it reflects the fascination with different cultures that came to the fore in the late 1960s (for a description of the piece, visit the dedicated page on the Stockhausen: Sounds in Space blog).

Alongside several guided exhibition tours, including the customary tour with the curators, there were also audio-described tours. The one that took place on 6 May was part of the Descobrir Education Programme’s Accessible Art initiative and the two held on 19 May were part of the wider Day and Night of the Museums programme (FCG Newsletter, n.º 198, pp. 14-5). These audio-described tours were delivered in partnership with the British Council and received the endorsement of the British Ambassador to Portugal, Kirsty Hayes, in her short article “A arte e o desenvolvimento económico” for Jornal Económico (18 May 2018).

“Post-Pop” received extensive coverage through FCG media channels, with a focus on audio-visual material, much of which was posted online on the website and social media. In addition to videos by the FCG technical team, referred to above, we cannot fail to mention the contributions of Teresa Magalhães, Manuel Baptista (1936), João Cutileiro and José de Guimarães (1939). In his video, Guimarães discusses a range of topics, including his major exhibition at Museu de Luanda, in 1968, while serving in Angola. He is among the artists who directly experienced the Portuguese Colonial War and interrogated this defining event of the era, also addressed by other pieces in the exhibition, notably the sculpture Jaz Morto e Arrefece o Menino de Sua Mãe (1973), by Clara Menéres.

In terms of publicity, we could go so far as to say that this project harnessed advertising techniques that would not exist were it not for the innovations of the era in question. Sometimes revivalist in tone, it drew on a mass media legacy which, though at first glance apparently celebrated, was also critiqued by much pop art and other art produced at the time. An example of how “Post-Pop” harnessed motifs from era is seen in the materials promoting the extension of opening hours on Friday evenings from 18:00 to 22:00, a partnership with the newspaper Público that began in the month of June 2018 with a two-for-one ticket offer (Graphic Materials, Id: 70061). Fittingly, the initiative surged in popularity by using advertising slogans and agitprop-style taglines — such as “Double art on Friday” and “Enjoy Post-Pop Post-Work” — and had its own flyers, which also advertised free entrance for students. The Day and Night of the Museums initiative also adopted a similar marketing strategy (Graphic Materials, Id: 88581 and Id: 88582).

According to an in-house report at the time of the exhibition’s closure, it received 56,445 visitors, 25,009 of them Portuguese and 31,049 of other nationalities. The fact that almost half of the exhibition’s run coincided with the school summer holidays naturally impacted visitor flows (Final Temporary Exhibition Report, Id: 133265).

A high-profile event in the FCG calendar for 2018, “Post-Pop” was an initiative that crossed boundaries, from unashamedly entertainment-orientated activities to critical examination of a period of art and social history open to constant reinterpretation. It interrogated movements usually considered either to be on the fringes of Pop Art or departures from it, fostering dialogue between cultural geographies which, despite links to the English-speaking world, also go beyond the hegemony, giving rise to more diverse understandings. It was not always well received by the critics — who at times seemingly wanted “Post-Pop” to be a pop art exhibition, something it clearly never set out to be. This is a project whose strengths included its contribution to the idea that pop art, in the words of Penélope Curtis in her introduction to the catalogue, “has, in the last decade, increasingly been considered outside the normal Anglo-Saxon paradigm” — a paradigm which is, in itself, a “commonplace” ripe for re-evaluation.


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

Parachutist No. 2

Allen Jones (1937-)

Parachutist No. 2, Inv. PE201

Auto - Retrato

Ana Hatherly (1929-2015)

Auto - Retrato, Inv. DP1716

Auto-retrato

Ana Hatherly (1929-2015)

Auto-retrato, Inv. DP1462

Chimneys of London with flying kites and a columm of smoke

Ana Hatherly (1929-2015)

Chimneys of London with flying kites and a columm of smoke, Inv. DP1463

Fortitude

Ana Hatherly (1929-2015)

Fortitude, Inv. DP1995

Kites in Hampstead Heath

Ana Hatherly (1929-2015)

Kites in Hampstead Heath, Inv. DP1460

Os mistérios da mente

Ana Hatherly (1929-2015)

Os mistérios da mente, Inv. DP1466

Portrait of Someone I Saw - 71 (à la Matisse)

Ana Hatherly (1929-2015)

Portrait of Someone I Saw - 71 (à la Matisse), Inv. DP1994

Retrato de George Orwell

Ana Hatherly (1929-2015)

Retrato de George Orwell, Inv. DP1444

Título desconhecido

Ana Hatherly (1929-2015)

Título desconhecido, Inv. DP1493

Título desconhecido

Ana Hatherly (1929-2015)

Título desconhecido, Inv. DP1461

Título desconhecido

Ana Hatherly (1929-2015)

Título desconhecido, Inv. DP1464

S/ Título (Londres)

António Sena da Silva (1926-2001)

S/ Título (Londres), início anos de 1970 / Inv. 16FP595

S/ Título (Londres, pormenor de fotografia em frente a cartaz do filme "Último Tango em Paris")

António Sena da Silva (1926-2001)

S/ Título (Londres, pormenor de fotografia em frente a cartaz do filme "Último Tango em Paris"), Inv. 16FP611/A

Ao Exp. Abs. 1 [Baja California (Corte e Costura)]

Eduardo Batarda (1943- )

Ao Exp. Abs. 1 [Baja California (Corte e Costura)], Outubro de 1974 / Inv. 98DP1728

Ao Exp. Abs. 2 [Se é boa a Mulher do Neves (É favor não fazer festas)]

Eduardo Batarda (1943- )

Ao Exp. Abs. 2 [Se é boa a Mulher do Neves (É favor não fazer festas)], Outubro de 1974 / Inv. 98DP1729

I Like Art ou a Perspectiva do Costume com Água no Bico

Eduardo Batarda (1943- )

I Like Art ou a Perspectiva do Costume com Água no Bico, 1967/68 / Inv. 81P697

No chão que nem uma seta

Eduardo Batarda (1943- )

No chão que nem uma seta, 1975 / Inv. DP1340

O Vitória de Marracuene

Eduardo Batarda (1943- )

O Vitória de Marracuene, Dezembro de 1973 / Inv. 98DP1726

She takes chances (...ce soir, 7 heures)

Eduardo Batarda (1943- )

She takes chances (...ce soir, 7 heures), Dezembro de 1973 / Inv. 98DP1727

A Página do Fim

Fátima Vaz (1946-1992)

A Página do Fim, 1970 / Inv. 83P802

O Cogumelo Desfalecido

Fátima Vaz (1946-1992)

O Cogumelo Desfalecido, 1973 / Inv. 83P803

S/Título #775 (AFTER HAMILTON)

Fernando Calhau (1948-2002)

S/Título #775 (AFTER HAMILTON), 1973 / Inv. 04DP2330

25 de Abril 74

Hein Semke (1899-1995)

25 de Abril 74, 1974/75 / Inv. 13GP2646

Manifestação

Hein Semke (1899-1995)

Manifestação, 1974/75 / Inv. 13GP2662

O comício

Hein Semke (1899-1995)

O comício, 1974/75 / Inv. 13GP2665

Mr. and Mrs. Patrick Caulfield

Howard Hodgkin (1932-2017)

Mr. and Mrs. Patrick Caulfield, 1969/1970 / Inv. PE223

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1127

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1128

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1129

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1137

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1135

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1136

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1130

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1131

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1132

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1133

S/ Título

João Abel Manta (1928-)

S/ Título, 1972 / Inv. 83DP1134

Elo (Assemblage)

João Vieira (1934-2009)

Elo (Assemblage), 1971 / Inv. 80P613

S/Título

Joaquim Bravo (1935-1990)

S/Título, (1972) / Inv. 00DP1786

Londres

Jorge Guerra (1936-)

Londres, 1970 / Inv. FP2

Cordilheira

Jorge Martins (1940-)

Cordilheira, 1970 / Inv. 83P515

S/ Título

José Rodrigues (1936-2016)

S/ Título, c. 1968 / Inv. 83E1026

Sombra Projectada de Christa Maar

Lourdes Castro (1930-2022)

Sombra Projectada de Christa Maar, Inv. 83P567

Duas formas entrelaçadas

Luísa Correia Pereira (1945-2009)

Duas formas entrelaçadas, 1970 / Inv. 04P1271

Relevo-colagem

Manuel Baptista (1936-)

Relevo-colagem, 1973 / Inv. P414

Estruturas

Manuel Casimiro (1941-)

Estruturas, 1972 / Inv. 16P1821

A Poesia está na Rua

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

A Poesia está na Rua, Inv. PE110

Sem Título

Maria José Aguiar (1948- )

Sem Título, 1974 / Inv. 75P713

Cambridge January 1969

Mark Lancaster (1938-)

Cambridge January 1969, Inv. PE188

S/Título

Menez (1926-1995)

S/Título, 1969 / Inv. 83P189

S/título

Menez (1926-1995)

S/título, 1969 / Inv. 71P190

Manifesto (For a Lost Cause)

Paula Rego (Lisboa, Portugal, 1935 – Londres, Inglaterra, 2022)

Manifesto (For a Lost Cause), Inv. 66P280

S/Título

René Bertholo (1935-2005)

S/Título, 1968 / Inv. 10P1628

People

Richard Hamilton (1922-2011)

People, Inv. 98GE594

Swingeing London 67

Richard Hamilton (1922-2011)

Swingeing London 67, Inv. 98GE595

Package

Richard Smith (1931-2016)

Package, Inv. PE148

The Lonely Surfer

Richard Smith (1931-2016)

The Lonely Surfer, Inv. PE147

Erotropo (3)

Rolando Sá Nogueira (1921-2002)

Erotropo (3), 1970 / Inv. 71P454

Shunga

Rolando Sá Nogueira (1921-2002)

Shunga, 1969 / Inv. 83P522

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1966-1970 / Inv. DP1920

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, Inv. DP1915

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1966-1970 / Inv. DP1901

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1966-1970 / Inv. DP1961

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, 1966 / Inv. DP1963

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, 1966 / Inv. DP1964

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1966-1970 / Inv. DP1919

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, Inv. DP1940

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1968 / Inv. DP1939

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1967 / Inv. DP1938

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1966-1970 / Inv. DP1979

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1966-1970 / Inv. DP1903

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1966-1970 / Inv. DP1977

S/Título

Ruy Leitão (1949-1976)

S/Título, c. 1966-1970 / Inv. DP1969

Sem título

Ruy Leitão (1949-1976)

Sem título, c.1970 / Inv. 17P1842

S/ Título  (Joelhos)

Sérgio Pombo (1947-2022)

S/ Título (Joelhos), 1973 / Inv. 82E1143

S/ Título (Barriga)

Sérgio Pombo (1947-2022)

S/ Título (Barriga), 1973 / Inv. 82E1145

S/ Título (Cara)

Sérgio Pombo (1947-2022)

S/ Título (Cara), 1973 / Inv. 82E1144

S/ Título (Figura feminina na praia)

Sérgio Pombo (1947-2022)

S/ Título (Figura feminina na praia), 1974 / Inv. 82E1146

S/ Título [Pés]

Sérgio Pombo (1947-2022)

S/ Título [Pés], 1973 / Inv. 82E1141

S/Título

Teresa Magalhães (1944-2023)

S/Título, 1971 / Inv. 09P1608

Cézanne Fragments 1 & 2

Tom Phillips (1937-)

Cézanne Fragments 1 & 2, 1970-1971 / Inv. PE171

Conluio

Virgílio A. Domingues (1932-)

Conluio, 1975 / Inv. 75E937


Eventos Paralelos

Visita(s) guiada(s)

À Conversa com as Curadoras Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas

21 abr 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Edifício Sede – Galeria Principal / Galeria Exposições Temporárias (piso 0)
Lisboa, Portugal
Programa cultural

Programa Gulbenkian Dia e Noite dos Museus 2018

18 mai 2018 – 19 mai 2018
Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa, Portugal
Visita(s) guiada(s)

Pós-Pop. Fora do Lugar-Comum

18 mai 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Edifício Sede – Galeria Principal / Galeria Exposições Temporárias (piso 0)
Lisboa, Portugal
Mesa-redonda / Debate / Conversa

Tertúlia Pop

18 mai 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Museu Calouste Gulbenkian – Hall
Lisboa, Portugal
Conferência / Palestra

Pop e Pós-Pop. A ligação britânica. Conferência de Alex Seago

23 mai 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Edifício Sede – Auditório 3
Lisboa, Portugal
Ciclo de conferências

Pós-Pop. Fora do Lugar-Comum

12 mai 2018 – 21 jul 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Edifício Sede – Zona de Congressos
Lisboa, Portugal
26 mai 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Biblioteca de Arte
Lisboa, Portugal
30 jun 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Museu Calouste Gulbenkian – Sala do Setor Educativo
Lisboa, Portugal
7 jul 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Edifício Sede – Auditório 3
Lisboa, Portugal
Concerto

Sousa — Pinheiro — Ferrandini

21 jul 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Edifício Sede – Zona de Congressos
Lisboa, Portugal
Concerto

Stimmung de Stockhausen. Solistas do Coro Gulbenkian

30 jun 2018 – 1 jul 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Edifício Sede – Grande Auditório
Lisboa, Portugal

Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Conversa  "Novas Tendências do Jazz, 1965 – 1975". Rui Neves
Dia Internacional dos Museus 2018. Visitas Temáticas à Exposição «Pós-Pop. Fora do Lugar-Comum»
Conversa  "Novas Tendências do Jazz, 1965 – 1975". Rui Neves
Dia Internacional dos Museus 2018. Filipe Faísca
Conversa  "Novas Tendências do Jazz, 1965 – 1975". Rui Neves
Dia Internacional dos Museus 2018. Filipe Faísca
Conversa  "Novas Tendências do Jazz, 1965 – 1975". Rui Neves
Dia Internacional dos Museus 2018. Visita-Guiada com João Canijo
Conversa  "Novas Tendências do Jazz, 1965 – 1975". Rui Neves
Dia Internacional dos Museus 2018. Visita-Guiada com João Canijo
Ciclo de Encontros «Encontro com a Banda Desenhada». João Paiva Boléo, António Jorge Gonçalves e Jorge Silva
Dia Internacional dos Museus 2018. Visita-Guiada com João Canijo
Ciclo de Encontros «Encontro com a Banda Desenhada». João Paiva Boléo, António Jorge Gonçalves e Jorge Silva
Dia Internacional dos Museus 2018. Visita-Guiada com Vera Barreto (à esq.)
Dia Internacional dos Museus 2018
Dia Internacional dos Museus 2018. Filipe Faísca
Dia Internacional dos Museus 2018. Filipe Faísca (à esq.)
Dia Internacional dos Museus 2018. Filipe Faísca
Dia Internacional dos Museus 2018. Filipe Faísca
Dia Internacional dos Museus 2018
Dia Internacional dos Museus 2018. Visita-Guiada com João Canijo
Dia Internacional dos Museus 2018. Visita-Guiada com Patrícia Rosas (ao centro) e Vera Barreto (à dir.)
Ana Vasconcelos
Rita Fabiana (ao fundo; à esq.) e Ana Vasconcelos
Ana Vasconcelos
Teresa Magalhães (à esq.), Ana Vasconcelos (à dir.)
Ana Vasconcelos (à esq.), Manuel Baptista (ao centro), Penelope Curtis (à dir.)
Ana Vasconcelos (à esq.), Penelope Curtis (ao centro)
Manuel Baptista (à esq.); Teresa Magalhães (ao centro), José de Guimarães (à dir.)
José de Guimarães
Ana Vasconcelos (à esq.), José de Guimarães (ao centro)
Teresa Magalhães; Patrícia Rosas; Ana Vasconcelos; Penelope Curtis, respectivamente. José de Guimarães (ao fundo, à dir.)
José de Guimarães
José de Guimarães
José de Guimarães (ao centro)
Ana Vasconcelos (à esq.); Penelope Curtis (ao centro)
Rui Xavier (ao centro)
Ana Vasconcelos (ao centro)
João Cutileiro (à esq.)
João Cutileiro (à esq.) e Teresa Patrício Gouveia (ao centro)
Patrícia Rosas (à esq.)
Carlos Nogueira (à esq.)
José de Guimarães (à esq., centro)
Luís Jerónimo (centro, de perfil)

Multimédia


Documentação


Periódicos

Sol

Lisboa, 24 abr 2018


Páginas Web


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Museu Calouste Gulbenkian), Lisboa / MCG 04822

Pasta com documentação referente à programação das atividades da FCG para os anos de 2017 a 2019. Contém correspondência interna e externa. 2016 – 2017

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa

Conjunto de documentos referentes à exposição. Contém materiais gráficos, caderno de exposição, entre outros. 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 55353

Coleção fotográfica, cor: aspetos de sala (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 67128

Coleção fotográfica, cor: aspetos de sala (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 55643

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 91816

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 54538

Coleção fotográfica, cor: montagem (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 71481

Coleção fotográfica, cor: evento associado – Encontro com a Banda Desenhada [conferência/conversa] (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 79310

Coleção fotográfica, cor: evento associado – Dia Internacional dos Museus 2018. Visitas Temáticas à Exposição «Pós-Pop. Fora do lugar-comum» (FCG, Lisboa) 2018


Exposições Relacionadas

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