Porquê falar de escravatura hoje?
Com Daina Berry, Víctor Barros, Candra Flanagan e Cristina Roldão
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Auditório 3 Fundação Calouste GulbenkianO evento decorre em português e inglês com tradução simultânea. Será transmitido em direto e estará disponível nesta página.
O tráfico transatlântico de pessoas escravizadas é frequentemente apontado como um evento histórico remoto e pouco ligado à contemporaneidade. Com uma duração de mais de quatro séculos, a escravatura promovida pelos impérios europeus deixou, contudo, um persistente legado histórico com ramificações complexas a vários níveis, que ainda hoje se fazem sentir.
A Fundação Calouste Gulbenkian e o Slave Wrecks Project organizam duas conversas destinadas a discutir comparativamente este legado nas suas diversas vertentes, e tendo em conta as especificidades históricas de Portugal e dos Estados Unidos da América, e explorar formas mais equitativas e inclusivas de abordar esta história difícil.
As conversas terão a moderação de Raquel Machaqueiro e Inês Fialho Brandão.
Imagem: Sabrina Belouaar, Dada (2018). Foto: Pedro Pina
Oradores
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Candra Flanagan
Diretora no Departamento de Educação do Museu Nacional Smithsonian de História e Cultura Afro-Americanas, em Washington DC. Gere o desenvolvimento da programação e recursos incorporando a experiência Afro-Americana na história, investiga e cria publicações educativas para uso do público geral e educadores, bem como cria estratégias que envolvem o museu no desenvolvimento profissional de educadores. Flanagan tem diversas publicações em revistas académicas da especialidade e tem-se dedicado a criar iniciativas para educadores, apropriadas para alunos até ao 12.º ano.
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Cristina Roldão
Doutorada em sociologia, investigadora do ISCTE-IUL e docente da Escola Superior de Educação de Setúbal. Tem participado no debate público sobre o racismo na escola e sociedade portuguesa. Foi membro da comissão organizadora da 7.ª Conferência Internacional Afroeuropeans (2019) e da coordenação do Roteiro para uma Educação Antirracista da ESE/IPS. É cronista do Público e fez parte dos Grupos de Trabalho sobre o Plano Nacional de Combate ao Racismo e Recolha de Dados Étnico-raciais nos Censos 2021. É coautora do livro: Tribuna Negra: Origens do Movimento Negro em Portugal (1911-1933).
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Daina Berry
Reitora da escola Michael Douglas de Humanidades e Artes da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara. É historiadora, especialista em género e escravatura, assim como história das mulheres negras nos EUA. É autora/editora de seis livros premiados, incluindo A Black Women’s History of the United States (em coautoria com Kali Nicole Gross) sobre a resistência das mulheres negras ao racismo e sexismo sistémicos. Para além do ensino universitário, a Professora Berry é das consultoras mais procuradas para apoio em projetos museológicos, e iniciativas educacionais.
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Inês Fialho Brandão
Coordenadora do setor de Mediação Cultural e Estratégia Digital do Museu Calouste Gulbenkian. A sua investigação incide sobre a mediação de alteridades em museus, concentrando-se nos movimentos migratórios forçados e restituição de bens culturais. É doutorada em História pela Universidade de Maynooth e Mestre em Estudos Islâmicos e Museologia pela Universidade de Nova Iorque. Integra o Conselho Científico do Observatório do Ensino da História na Europa (Conselho da Europa).
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Raquel Machaqueiro
Doutorada em antropologia pela George Washington University, a sua pesquisa abrange tópicos relacionados com desenvolvimento internacional, criação de políticas, direitos humanos, estudos de ciência e tecnologia, e a escravatura transatlântica. Com trabalho de campo no Brasil e Moçambique, faz atualmente parte do Slave Wrecks Project onde desenvolve pesquisa sobre a relação entre o tráfico de escravos e o mundo financeiro português. Dá aulas de Desenvolvimento Internacional, e Direitos Humanos e Ética na George Washington University. É autora do livro The Carbon Calculation.
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Víctor Barros
Historiador, doutorado em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra com uma tese sobre comemorações, usos públicos da história e memória do império nas colónias durante o Estado Novo português (1933-1974), distinguida com o Prémio Internacional de Investigação Histórica Agostinho Neto. Autor do livro Campos de Concentração em Cabo Verde, distinguido com uma Menção Honrosa no Prémio de História Contemporânea Vitor de Sá, em 2008. É investigador contratado no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa.
Programa
Experiências de Vida e Formas de Resistência
Falar de Escravatura enquanto Responsabilidade Ética
Apoio
Parceiros
A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.