Livros Viagens Imagens
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Átrio Biblioteca de Arte GulbenkianNos livros publicados ao longo do século XIX, as narrativas são acompanhadas de gravuras que enriqueciam as descrições e permitiam aos leitores viajar por paisagens exóticas e pitorescas. Nos relatos de viajantes-artistas destaca-se a qualidade artística do desenho, o realce do exotismo dos lugares visitados e a atenção aos detalhes, e, se em algumas destas obras o texto e a imagem se completam, noutros o texto apenas existe como referência suplementar ao desenho e à gravura, que começam a ser gradualmente substituídos pela imagem fotográfica.
Até meados dos anos de 1970, para além dos guias e de livros com um registo mais diarístico, outras publicações dedicadas às viagens ganham espaço editorial. Livros que reúnem escritores e fotógrafos, edições cuidadas graficamente, com reproduções fotográficas de qualidade que desejam agradar não só a potenciais viajantes e turistas, como também a apreciadores de fotografia e a “viajantes de sofá”. A partir da década de 1980, surgem os livros fotográficos, ou “foto-livros”, que resultam de viagens de fotógrafos realizadas sem desígnio turístico e não cumprindo nenhum requisito de natureza comercial e/ou propagandístico. São livros com imagens de lugares abandonados, populações marginalizadas, ou realidades sociais que ficavam invisíveis, onde os textos perdem relevância e dimensão e são, com frequência, da autoria dos fotógrafos.