O Poder da Palavra IV. Sabedoria Divina: O Caminho dos Sufis

Projeto «O Poder da Palavra»

A quarta edição do projeto de curadoria participativa «O Poder da Palavra» partiu da Galeria do Oriente Islâmico da Coleção do Fundador para explorar o sufismo, a corrente mística e contemplativa do islão. Através da relação de diversos objetos com o texto, a poesia e a espiritualidade sufis, a exposição propôs uma reflexão sobre a dimensão espiritual da arte.

Em 2017, um projeto de investigação dedicado à coleção do Médio Oriente, parte integrante da Coleção do Fundador do Museu Calouste Gulbenkian, foi apresentado por iniciativa de Jessica Hallett sob o nome «O Poder da Palavra».

A par de algumas mudanças que vinham sendo implementadas nos últimos anos por vários museus europeus, a necessidade de desafiar estereótipos e preconceitos concebidos pela visão eurocêntrica da história da arte e de mergulhar num estudo mais profundo das coleções de arte do Oriente Islâmico tornara-se óbvia. Partindo de exemplos de iniciativas como «Multaka: Museum as Meeting Point», no Museum für Islamische Kunst, em Berlim, e na Gallery of the Islamic World, no British Museum, em Londres, assim como da experiência com «Noruz. Festividades na Primavera», «Eid Al-Fitr. O Fim do Jejum» e «O Gosto pela Arte Islâmica (1869-1939)» – exposições patentes no Museu Calouste Gulbenkian entre 2017 e 2019 –, compreendeu-se ser necessário rever as interpretações vigentes da Coleção, introduzindo práticas museológicas consultivas e representativas.

Reconhecer verdadeiramente as obras, vendo-as como um todo, exigia uma predisposição para as olhar de outra perspetiva, analisando cada um dos seus aspetos a partir do diálogo com as obras e de uma relação de proximidade com as culturas de origem.

A partir destes pressupostos, «O Poder da Palavra» desdobrou-se em três edições entre 2019 e 2021. A primeira, «O Poder da Palavra I. Peregrinação / Hajj» (2019-2020), trabalhou a viagem física e espiritual praticada no islão; a segunda mostra, «O Poder da Palavra II. Da Índia à Europa, a viagem das fábulas de Bidpay» (2020), trabalhou a validade dos arquétipos tradicionais presentes num manuscrito do século XIX, cópia iraniana da colectânea de fábulas Panchatantra (Índia, séculos II e III d.C.), que inspirou as famosas fábulas de La Fontaine (1621-1695); e a terceira, «O Poder da Palavra III. Mulheres: Navegando entre a Presença e a Ausência» (2021), dedicou-se a analisar a presença das mulheres na coleção da Galeria do Oriente Islâmico. A cada mostra dedicada a um novo tema, o espólio abria-se a novas perspetivas e olhares, permitindo um aprofundamento do estudo e conhecimento da Coleção.

Perante o reconhecimento e a notória aceitação do projeto, por parte do público e dos pares, Jessica Hallett decidiu convidar Fabrizio Boscaglia para liderar a curadoria daquela que viria a ser a quarta edição de «O Poder da Palavra».

Ao longo das várias edições, a partilha de conhecimento dentro do grupo (que se foi sempre reconfigurando) era imensa, e Fabrizio Boscaglia acompanhava «O Poder da Palavra» desde início, tendo sido colaborador em todos os grupos de trabalho. Como investigador de ciência das religiões da Universidade Lusófona, com pesquisa desenvolvida no âmbito da espiritualidade islâmica e na presença do islão na cultura portuguesa, Boscaglia destacava-se entre os demais, revelando-se o candidato natural para assumir a tarefa e conduzir o grupo na construção de uma edição que propunha dedicar-se ao sufismo – a mística islâmica –, através de uma reflexão sobre a dimensão espiritual da arte e da poesia sufi.

Como nas experiências anteriores, a exposição resultava de um projeto de curadoria participativa desenvolvido ao longo de vários meses com o objetivo de investigar o espólio do Médio Oriente na Galeria do Oriente Islâmico da Coleção do Fundador. Assim, à equipa do Museu Calouste Gulbenkian responsável pela coordenação do projeto, constituída por Jessica Hallett e Diana Pereira, juntaram-se Susana Gomes da Silva, responsável pelo Serviço Educativo no Museu, o curador Fabrizio Boscaglia e onze outros participantes, registando-se ainda o apoio da Fundação Islâmica de Palmela.

Entre os participantes – Baltazar Molina, Elísio Vaz Gala, Margarida Ferra, Marta Guerreiro, Mia Gourvitch, Raquel Feliciano, Renata Fontanillas, Sara Campino, Sara Domingos, Xavier Ovídio, Yasir Daud – encontravam-se pessoas das áreas das artes plásticas e da música, da educação, produtores culturais e académicos. Além disso, todos eram cidadãos lisboetas, criando uma malha representativa da enorme diversidade cultural da cidade, constituída por muçulmanos e não-muçulmanos, sufis, ateus, falantes de turco, persa e árabe.

Depois das edições dedicadas às palavras (inscrições) e às imagens (ilustrações) nos mundos árabe e persa («O Poder da Palavra I» e «O Poder da Palavra II», respetivamente) e do estudo dos objetos através de uma perspetiva feminista («O Poder da Palavra III»), procurou-se recuperar o contacto com a dimensão espiritual e poética da coleção da Galeria do Oriente Islâmico, convidando ao debate sobre a ligação entre as peças de arte e os motivos recorrentes no sufismo. Considerado o núcleo espiritual do islão praticado por muçulmanos de todos os continentes, o sufismo procura o conhecimento de Deus através de uma experiência pessoal, autêntica e direta.

Nesse sentido, o grupo de pessoas que se entregou ao projeto juntou-se para investigar as obras selecionadas, propondo relê-las à luz de um conjunto de ideias, imagens e palavras-chave do sufismo e da espiritualidade universal reunidas ao longo do processo. É importante notar que houve uma preocupação com a literacia religiosa, de modo que todos os participantes, independentemente do seu credo, «compreendessem a espiritualidade sufi e a sua relação com o islão e pudessem transpor esses conceitos para a leitura dos objetos» (Guerreiro, Midas, 2023, p. 12).

À semelhança das edições anteriores, pretendeu-se encontrar uma linguagem comum à dos objetos, falando não sobre eles, mas com e através deles. Olhar e abordar as obras de um ponto de vista dialogante possibilitava retomar, mesmo que parcialmente, o contexto em que foram produzidas, abrindo espaço para questionar o seu significado no presente (Ibid., p. 38).

O processo de trabalho foi ditado por reuniões de grupo e por ações de interpretação e investigação, a partir das quais o projeto ia tomando forma e definição. Entre janeiro e junho de 2022, realizaram-se seis reuniões, que decorreram semanalmente à sexta-feira, na Galeria do Oriente Islâmico, e que reuniram os participantes e as equipas de curadoria e coordenação do projeto.

Ao longo desses encontros, observavam-se as peças, partilhavam-se histórias e poemas, praticava-se meditação sufi (dhikr) ao som do tambor (douf) e discutiam-se possíveis significados e conceitos. O modelo de trabalho adotado procurava relacionar objeto, texto e espiritualidade, desafiando os participantes numa série de exercícios de relação com a poesia sufi, com os objetos e com a criação de conteúdo próprio «que inspirasse um sentido de espiritualidade» (Ibid., p. 12).

Esse processo, assente na reinterpretação e renegociação de todos os possíveis significados, permitia expandir a interpretação curatorial dos objetos e tornar a galeria um lugar de maior partilha, pensamento e aprendizagem.

De acordo com Jessica Hallett e Diana Pereira, a metodologia aplicada seguiu, concretamente, o modelo adotado na edição anterior, «O Poder da Palavra III. Mulheres: Navegando entre a Presença e a Ausência». Através de um processo que potenciava uma conversa de múltiplas vozes em torno de cada obra, os participantes testemunharam o modo como as histórias e práticas pessoais podem enriquecer a investigação assente no objeto, e como uma perspetiva alternativa pode acionar a releitura da narrativa vigente. O modelo, apresentado por Shahd Wadi, resultou numa profunda mudança nas práticas de curadoria e mediação de todos os envolvidos, nomeadamente das equipas do Museu, evidenciando o potencial do projeto não só para a coleção sobre a qual agiu, como para a própria instituição.

Pelo quarto ano consecutivo, a intervenção expositiva ficou definida em dois momentos: uma primeira vitrina onde se iniciava o percurso, seguida de uma longa vitrina horizontal, ladeada por textos de exposição e encimada por outras quatro vitrinas verticais que se associavam a esta. Por trás desta vitrina, para a qual fora construída uma parede de apoio, distribuía-se a última seleção de peças em diálogo direto com a exposição permanente da Galeria do Oriente Islâmico.

A narrativa era constituída por cinco núcleos – «Plenitude», «Sabedoria», «Unidade», «Amor» e «Caminho» –, num total de 27 objetos, incluindo peças de cerâmica, têxteis, pequenos objetos utilitários e exemplares das artes do livro (MCG \ O Poder da Palavra IV, 2022 [Temas]).

«Plenitude» ocupava parte da primeira vitrina e a última parte da longa vitrina, criando maior ligação entre as várias temáticas. Neste núcleo, em que a água tem uma forte presença, pretendeu-se representar o «diálogo vivo e dinâmico» entre as complementaridades do sufismo, através de uma série de recipientes – um jarro, copos, caixas – «cujo conteúdo encontra o seu maior valor quando é doado» (Ibid.).

Nesse jogo entre elementos complementares, participavam o jarro turco de Iznik (c. 1560-1600) no qual se desenham pequenas nuvens de várias cores (Inv. 210), a obra contemporânea da artista portuguesa Sara Domingos, intitulada Ao dar-se água obtém-se a maior recompensa (especialmente feita para a exposição), e as imagens do exemplar de O Jardim da Primavera, de Jami (Inv. LA 169, fols. 29v-30r), que evocam tanto a dimensão comunitária do sufismo como a aspiração individual para a ascese.

De acordo com o primeiro ensinamento do sufismo transmitido pelo profeta Maomé, «Quem conhece a sua alma conhece Deus». Imbuído desse espírito, o núcleo «Sabedoria» dava continuidade ao percurso, ocupando a primeira das quatro partes em que se dividia a segunda vitrina. Distribuindo-se entre a exposição vertical e horizontal, fazia uma introdução ao sufismo (tasawwuf) como o caminho de conhecimento e sabedoria, que simultaneamente esconde e revela o divino através do coração (qalb).

Este núcleo foi enriquecido por representações do poeta persa Husayn Kashifi a segurar um terço islâmico (tasbīḥ), na miniatura indiana Um asceta numa gruta, de 1610-1620 (Inv. M11), e na miniatura persa proveniente de um álbum com o famoso pregador Kamal al-Din Husayn ibn Ali Kashifi, pintada por Riza no século XVII (Inv. M72). O pregador, intelectual, poeta e sufi Husayn Kashifi foi também o tradutor para persa das fábulas Kalīla wa-Dimna, que foram objeto da segunda exposição de «O Poder da Palavra», em 2020.

O painel de azulejos turco, com o famoso azul Iznik, de cerca de 1545, representando ameixoeiras ao luar, sugere outro tipo de sabedoria: aquele que associamos à paciência. Segundo o sufismo, ser capaz de contemplar o presente, esperando pacientemente o verão e a chegada das ameixas, é uma atitude-chave para a realização pessoal e espiritual.

O núcleo «Unidade» propunha-se tratar o desejo de reunião mística, de unidade divina, conseguido através da poesia – uma interpretação mística, e não apenas literal do Alcorão –, do encontro ritual entre a música e a dança, ou da alquimia interior e exterior. Os fólios iniciais de um Alcorão turco da segunda metade do século XVI apresentam dois dos noventa e nove nomes de Deus: al-Samī (Aquele que Ouve) e Al-ʻAlīm (O Omnisciente, Aquele que Tudo Sabe).

A ilustração da obra iraniana Gulistan, ou O Jardim das Flores, de 1536-1537 (Inv. LA 180, fols. 229v-230r), retrata esse encontro ritual entre a música e a dança. Para os sufis, a espiritualidade, tal como a música, tem o poder de envolver o crente de forma holística.

O amor é um tema recorrente na poesia sufi. Simbolicamente representado pelo vinho, išq (o amor) inebria quem envereda pelo caminho espiritual. As peças escolhidas para este núcleo – dois tapetes em seda e veludo vermelho (Inv. T106), uma taça com figuras e poesia (Inv. 135), ou páginas da Antologia do Sultão Iskandar ilustrando a história dos amantes Majnün debruçado sobre o túmulo da Laylä (Inv. LA 161, volume I, fol. 55v-56r), por exemplo – vão ao encontro da cor, luxúria e efeito do vinho. De acordo com o profeta Maomé – habib (O Bem-amado) –, Allāh (Deus) é o amor.

O último núcleo falava de um conceito essencial no sufismo: o «Caminho» (ṭarīqah), que liga a dimensão exterior da vida à sua essência interior. O caminho é um momento de transformação, que conduz o fiel na sua intimidade «às mais elevadas estações de sabedoria e paz (salām)». A rosa e o espelho são metáforas tanto das provações da vida, como do polimento da alma e do reflexo divino que os sufis precisam de exercitar para as ultrapassar.

A poesia foi um instrumento-chave no processo de curadoria e interpretação das peças, capaz de desvendar o que para muitos participantes (ateus) e público não seria familiar. Por essa razão, o grupo decidiu que a mostra devia estender-se ao exterior, usando a poesia e a música como veículos de revelação dessa espiritualidade. A partir das obras escolhidas para a exposição, foram criadas várias peças sonoras que poderiam ser ouvidas tanto na Galeria do Oriente Islâmico como no Jardim, através de códigos QR distribuídos pelo espaço.

No quadro da política de democratização da cultura levada a cabo por várias instituições culturais no país decidiu-se, na senda das edições anteriores, desenvolver conteúdos digitais complementares à exposição, incluindo imagens, textos académicos, poemas e peças sonoras disponibilizadas no website do projeto. Como já havia sido comprovado durante a pandemia de Covid-19, o formato virtual acabaria por fortalecer a exposição física, estabelecendo-se como uma continuação desta.

Estes conteúdos seriam disponibilizados sem termo, com o objetivo de que através deles o público conseguisse não só alargar o seu entendimento do que é a arte do Médio Oriente, como perceber o processo de construção da exposição, aproximando-o daquilo que foi o método de cariz participativo usado na produção do projeto.

A programação complementar desenvolvida no âmbito da exposição foi ampla. A 21 de março, o Museu acolheu um encontro a propósito da coincidência do Dia Internacional da Poesia com o início da primavera e a celebração do Noruz, o ano novo do calendário persa, anualmente celebrado na Fundação Calouste Gulbenkian e distinguido pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade.

O programa, intitulado «Entre Poemas. Vozes Lusas e Sufis», incluiu uma sessão de leitura de poemas de inspiração sufi, na língua original – farsi, árabe ou português –, acompanhada pela música do guitarrista e compositor José Peixoto, que transportou o público para os ambientes que evocam o espírito e o contexto em que estas obras foram produzidas.

O mediador cultural iraniano Omid Bahrami, a atriz portuguesa Teresa Coutinho, a investigadora palestiniana de estudos feministas e curadora da terceira edição de «O Poder da Palavra» Shahd Wadi, e o escritor e poeta português Isaac Jaló leram poemas de Rumi (1207-1273), Ibn Arabi (1165-1240), Rabia (718-801), Khayyam (1048-1131), Fernando Pessoa (1888-1935), Maria Gabriela Llansol (1931-2008) e Sophia de Mello Breyner (1919-2004), entre outros. O evento incluiu ainda uma conversa sobre poesia e sufismo, com Fabrizio Boscaglia.

Para colmatar falhas na acessibilidade dos públicos interessados e residentes fora da cidade de Lisboa, foi criado um curso online sobre o tema (Relatório de monitorização de atividades, 2022, Arquivos Gulbenkian, [cota brevemente disponível]). Concebido e lecionado pelo investigador e curador da exposição, o curso, intitulado «Sufismo. Espiritualidade, Vivências e Arte», decorreu entre 8 e 22 de novembro de 2022. Ao longo de seis sessões, abordou-se o sufismo através das suas manifestações e práticas artísticas, entre as quais a caligrafia, a iluminura, a poesia, a leitura dos mestres espirituais e os testemunhos contemporâneos.

Além das visitas para grupos com Fabrizio Boscaglia, intituladas «O Caminho do Sufi, da Arte à Poesia», registaram-se várias visitas para escolas e outras instituições, orientadas por Raquel Feliciano e Rita Luiz. Nota para a visita acompanhada de conversa com o grupo de trabalho que participou na construção da mostra. O evento, para jovens e adultos com interpretação em língua gestual portuguesa, foi concebido como uma reflexão sobre os contributos, os desafios e as oportunidades que o projeto tem vindo a colecionar para o Museu Calouste Gulbenkian.

No seguimento das edições anteriores, a exposição teve um impacto considerável junto das comunidades envolvidas e do público geral. Entre os meios de comunicação social que trataram o evento, especial destaque para a longa peça no programa de televisão Caminhos (RTP2, 9 abr. 2023), com diversas entrevistas, nomeadamente à coordenadora e curadora Jessica Hallet e a Fabrizio Boscaglia, às gestoras culturais Inês Fialho e Diana Pereira e a várias pessoas que participaram na curadoria da exposição. De idêntica importância são os artigos de Marta Branco Guerreiro na revista digital Midas. Museus e Estudos Interdisciplinares (27 jul. 2023), de Guilherme d’Oliveira Martins no Diário de Notícias (28 mar. 2023) e no jornal quinzenal As Artes entre as Letras (12 abr. 2023), e de Isabel Coutinho no Público (21 mar. 2023).

Madalena Dornellas Galvão, 2023


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

Desconhecido

Inv. 1567

Desconhecido

c.1354-1361 / Inv. 1060

Desconhecido

primeira metade do século XIV / Inv. 2378

Desconhecido

c.1570-85 / Inv. 1653

Desconhecido

Século XIX / Inv. R8

Desconhecido

c.1590-1600 / Inv. 210

Desconhecido

Inv. 1641

Desconhecido

Final do século XII ou início do século XIII / Inv. 892

Desconhecido

Inv. 135

Desconhecido

Inv. M20

Desconhecido

Inv. M27

Desconhecido

Inv. M42

Desconhecido

Final do século XIX ou início do século XX / Inv. R15

Desconhecido

Inv. 1388B

Desconhecido

Inv. 1728

Desconhecido

Século XIV / Inv. 900

Tapete

Desconhecido

Tapete, Inv. T106

Fakir Ali (calígrafo)

1610-1620 / Inv. M11

Divan

Hafiz

Divan, 1500-1501 / Inv. LA190

Três poemas

Hilali

Três poemas, Inv. LA192

Mathnavi-i Mathnavi' A rima das rimas

Jalal al-Din Muhammad ibn Muhammad (Rumi)

Mathnavi-i Mathnavi' A rima das rimas, 1419 / Inv. LA168

Baharistan ( O lugar da primavera) de Jami

Jami

Baharistan ( O lugar da primavera) de Jami, A.H.954. Ano de 1547-1548 / Inv. LA169

Antologia do Sultão Iskandar

Mahmud ibn Ahmad al-Hafiz al Husseini

Antologia do Sultão Iskandar, Inv. LA161

«Gulistan» e «Bustan»

Murshid al-katib al-Shirazi

«Gulistan» e «Bustan», Inv. LA180

Riza

c.1590 / Inv. M72

Bustan

Sa'di

Bustan, 1542 / Inv. LA177


Eventos Paralelos


Publicações


Material Gráfico


Fotografias


Multimédia


Documentação


Periódicos


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