No laboratório liderado por Raquel Oliveira, estudam a influência da arquitetura dos cromossomas, na correcta segregação do genoma durante a divisão celular. Durante este processo, a informação genética que está codificada nas moléculas de ADN, deve ser simetricamente distribuída pelas duas células filhas, assegurando assim a estabilidade genómica. Este processo, depende de duas características fundamentais da organização dos cromossomas:

1. As moléculas de DNA dos dois cromatídeos irmãos, têm de se manter associadas desde do momento da replicação do DNA até à sua segregação, para as duas células filhas (coesão);
2. No início da divisão nuclear, a cromatina tem de ser convertida em estruturas compactas com propriedades físicas (tamanho, flexibilidade, rigidez) bem definidas, os cromossomas mitóticos (compactação).

O laboratório utiliza uma abordagem multidisciplinar que combina manipulação genética da mosca da fruta, Drosophila melanogaster, com inativação controlada de proteínas, técnicas 4D de microscopia in vivo e modelação matemática/biofísica. Esta abordagem permite avaliar como é que os cromossomas mitóticos são formados e como é que a sua morfologia influencia os aspectos mecânicos do seu movimento e o funcionamento dos checkpoints do ciclo celular.

Em paralelo, o grupo de investigação está ainda interessado em perceber como é que diferentes células respondem a alterações nos níveis de condensação e coesão dos cromossomas e qual o impacto destas alterações a nível do organismo. Ao investigar a influência da estrutura dos cromossomas na mecânica da divisão nuclear, pretendem identificar novas causas do aparecimento de aneuploidias que estão na base de várias doenças humanas tais como problemas no desenvolvimento, infertilidade e cancro.

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