Lounès Chikhi, investigador do IGC, integra o grupo de investigadores, de seis países, que identificou uma nova população de lémures de ratos (Microcebus) que habita no nordeste do Madagáscar.
A investigação foi publicada em dois artigos científicos, na Systematic Biology e no American Journal of Primatology, e estudou os mais pequenos primatas noturnos. O trabalho evidencia as consequências da desflorestação e eliminação do habitat acelerando a extinção de espécies ainda por descrever.
Madagáscar é um local com uma biodiversidade imensa. Nos últimos 20 anos, novas espécies de lêmures foram descobertas, enquanto os habitats florestais desapareceram rapidamente. Vários relatórios da União Internacional para a Conservação da Natureza – IUCN, identificaram os lêmures como um dos grupos de vertebrados mais ameaçados, com 33 das 107 espécies reconhecidas estando criticamente ameaçadas.

Nas últimas décadas, o número de lêmures ratos (gênero: Microcebus) cresceu de duas para mais de 20 espécies. Muitas destas novas espécies descobertas foram descritas com base em poucos marcadores genéticos e alguns cientistas criticaram a “inflação do número de espécies” questionando a existência de quase metade das espécies atuais, mas sem questionar os seus riscos de extinção.
A nova espécie agora identificada é chamada lémure rato de Jonah (Microcebus jonahi) em honra do primatólogo e biólogo da conservação Malagasy Prof. Jonah Ratsimbazafy, e é uma das espécies de primatas do mundo mais pequenas, com um comprimento total da ponta do nariz à cauda de cerca de 26 centímetros e um peso corporal de cerca de 60 gramas. São animais bastante discretos que habitam uma pequena região nas florestas tropicais das planícies do nordeste de Madagáscar.
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