Bolsas NOS Alive IGC 2023

As Bolsas NOS ALIVE – IGC, dirigidas a jovens licenciados Portugueses, garantem a integração num dos laboratórios do Instituto Gulbenkian de Ciência, por um período de 12 meses, e parte deste tempo passado numa instituição parceira no estrangeiro. Os candidatos podem escolher um dos dois projetos de investigação disponíveis nas áreas de biodiversidade, ecologia e estudo do microbioma humano.

As candidaturas decorrem até 30 de setembro de 2023 e serão atribuídas 2 bolsas. 

 

Candidaturas

As candidaturas devem ser enviadas, num único documento em pdf, para [email protected] contendo: carta de motivação (max. 1 página), Curriculum Vitae (max. 2 páginas) e duas referências indicando o nome, cargo, email e telefone.

 

Saiba mais detalhes no edital de cada projeto.

Projeto Microbioma Projeto Genómica e Conservação

 

Detalhes dos projetos a concurso

Laboratórios envolvidos: Biologia Evolutiva, liderado pela investigadora Isabel Gordo e e Sinalização Bacteriana, liderado pela investigadora Karina Xavier

O/A candidato/a selecionado/a trabalhará no projeto denominado “Ciência Cidadã em Estudo pioneiro da Dinâmica Microbiana Intestinal em Portugal (MicrobiomaPTComunidade)”. Este estudo tem como objetivo a 1a caracterização da  dinâmica do Microbioma Intestinal humano em Portugal através de um projeto de ciência  cidadã com envolvimento e participação ativa dos cidadãos no processo de investigação científica. Pretende-se caracterizar o microbioma intestinal de indivíduos saudáveis ao longo do tempo para compreender a sua estabilidade natural. Esta caracterização também contribuirá para responder a uma série de questões críticas para uma compreensão profunda deste importante ecossistema de micróbios, tais como: Como se adaptam os microorganismos que colonizam os nossos intestinos? Que factores bióticos ou abióticos modulam a dinâmica da microbiota intestinal? A informação que irá ser recolhida é essencial para definirmos o que é uma alteração significativa da microbiota que possa ser preditiva de doença, ou como se consegue restaurar este ecossistema para um estado que se possa considerar saudável. Será realizado um estudo temporal do Microbioma intestinal de 30 famílias, com a participação voluntária de aproximadamente 120 pessoas com idade superior a 5 anos. Serão recolhidas amostras fecais ao longo de 3 ou 4 meses (1 amostra por mês aproximadamente). Para a caracterização do microbioma dos participantes serão utilizadas técnicas não invasivas de microbiologia e genética, tais como extração e sequenciação de DNA bacteriano para identificar e quantificar os microrganismos presentes em cada amostra. Para caracterizar o ambiente abiótico que os microorganismos colonizam irão utilizar-se técnicas de metabolómica, focadas em metabolitos específicos, e de imunologia, focadas em biomarcadores específicos.

As famílias selecionadas para fazerem parte deste projeto inovador em Portugal,desenvolvido no âmbito do Programa Ciência+Cidadã, serão envolvidas ativamente em todas as fases do processo científico, nomeadamente através de sessões regulares de informação, visitas aos laboratórios e participação em reuniões com os investigadores, participação em ações de sensibilização nas comunidades locais. Todos os participantes receberão um folheto educativo sobre o microbioma intestinal e os desafios científicos atuais relacionados com a modulação da diversidade deste ecossistema, e devem assinar um consentimento informado, seguindo as regras de ética típicas deste tipo de estudos.

A bolsa será desenvolvida no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) em parceria com o Município de Oeiras e terá colaborações com o Instituto de Medicina Molecular (IMM), o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB NOVA) e o Católica Biomedical Research Centre (CBR). O/A candidato/a selecionado/a realizará também uma colaboração no estrangeiro, com duração de pelo menos 1 mês, numa instituição científica de um dos seguintes países onde as coordenadoras do projeto têm colaborações: Espanha, França ou Dinamarca (a decidir no início do projeto).

Laboratórios envolvidos: Laboratório de Genética de Populações e da Conservação, liderado pelo investigador Lounés Chikhi e a Unidade de Biologia Quantitativa e Ciência Digital, liderado por Tiago Paixão

O Laboratório de Genética de Populações e da Conservação, que promove este projeto, está interessado em utilizar dados genómicos para facilitar a conservação de espécies ameaçadas e inferir a história evolutiva recente de espécies de vertebrados ameaçados.

O projeto foca-se no impacto da estrutura de populações, da conectividade e da perda de habitat e fragmentação na diversidade genómica de várias espécies de vertebrados. Mais precisamente, pretende-se identificar as alterações ambientais que influenciaram e que ainda podem estar a influenciar a diversidade genómica das espécies relativamente à sua distribuição. Estas alterações ambientais podem ser antigas ou recentes, e podem resultar de ciclos naturais ou da atividade humana, incluindo alterações climáticas.

Nas últimas décadas, este grupo de investigação tem estado particularmente interessado em espécies em perigo no Bornéu, Africa Ocidental e Madagáscar. O grupo tem analisado o problema sob várias perspetivas: (i) trabalho de campo, (ii) análise genética e genómica, e (iii) simulações computacionais e modelização estatística. Resumidamente, é possível usar as amostras obtidas no campo para estudar a diversidade genómica de vertebrados (elefantes, orangotangos, lémures, roedores e répteis); é também possível recorrer a dados genéticos já publicados de espécies de interesse (humanos, Neandertais, lémures, chimpanzés, etc.). Com base nestes dados, utilizam-se simulações computacionais e inferências estatísticas para perceber se as populações têm assinaturas especifícas de mudanças de habitat: diminuição do tamanho do habitat e das populações, ou diminuição da conectividade entre populações no âmbito de modelos de populações estruturadas. Assim, o projeto poderá envolver uma combinação de trabalho de campo (ou, pelo menos, uma estadia no Danau Girang Field Centre, em Sabah), análise de dados e, possivelmente, modelização, dependendo dos interesses e formação do/a candidato/a selecionado/a.

O/A candidato/a selecionado/a passará de 6 a 9 meses em Portugal, 2 a 3 meses no Bornéu e/ou 2 a 3 meses em Toulouse. Este projeto envolve pelo menos dois investigadores principais do Instituto Gulbenkian de Ciência e um Professor da Universidade de Cardiff que desenvolve o seu trabalho com base em Bornéu. Lounés Chikhi, é lider do grupo de investigação de Genética de Populações e da Conservação. Tiago Paixão é o Coordenador da Unidade de Biologia Quantitativa e Ciência Digital do IGC. Benoit Goossens é Professor na Cardiff University e é o Director do Danau Girang Field Centre (DGFC) no estado de Sabah, Malásia. O investigador divide o seu trabalho entre Kota Kinabalu com o Sabah Wildlife Department e o DGFC.

 

 


Parceiros

   

 

Atualização em 05 setembro 2023

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