Do projeto de execução à obra (1963-1969)
O Anteprojeto do Parque Gulbenkian apresentado pelos arquitetos paisagistas António Facco Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles, em Dezembro de 1961, foi aceite pelo conselho de administração da Fundação e teve também a aceitação da restante equipa envolvida no processo.
Em Janeiro de 1962 no Relatório dos Serviços de Projectos e Obras, no qual se definem as ações que integram a primeira empreitada, considera-se parte integrante desse conjunto de atuações, a Reconstrução do Lago, a Drenagem superficial do Parque, a Drenagem geral primária do Parque [i].
A partir de 1962 deu-se início a um conjunto de ações:
1962
Paralelamente a estes trabalhos os arquitetos paisagistas desenvolviam o projeto de execução. António Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles entregaram, de acordo com o que havia sido previsto na cláusula nona do seu contrato, o Projeto de Execução, a 31 de Março de 1963 [iv].
Iniciou-se, então, um primeiro ciclo de construção que decorrerá entre os anos de 1963 e 1965. Esta fase centrou-se, sobretudo, na zona Sul do Jardim. Modelou-se o terreno entre o edifício do Museu, o lago e o roseiral. O mesmo se fez no espaço que se desenvolve entre a Galeria das Exposições Temporárias e o lago. Nivelou-se, ainda a área correspondente ao palco do Anfiteatro ao ar livre. Construiu-se o lago. Desmontou-se, por isso, o antigo lago. Por fim deu-se início à plantação das margens do lago e à sementeira de relva das áreas envolventes.
Neste primeiro período de construção as obras incidiram, sobretudo, sobre o lago e espaços envolventes e corresponderam, de fato, a uma fase de grande actividade construtiva do parque, que se encontra bem documentada em arquivo. Compram-se tanto materiais inertes necessários à construção do lago e das suas margens como um sem número de espécies vegetais (árvores, arbustos e herbáceas, sementes de relvado). Umas são destinadas a plantações e sementeiras definitivas outras são instaladas nos viveiros para posterior utilização.
1963
1964
1965
1966- 1967
1968
1969
[i] 17 de Janeiro de 1962 documento do SPO que define os elementos que constituem a 1ª empreitada
1 – Parque de Estacionamento Completo
2 – Muros de suporte na Sede e Auditório
3 – Muros de suporte no Museu
4 -Escavações Gerais na Sede e Auditório
5 – Escavações gerais no Museu
6 – Escavações da parte sul do Parque
7 – Reconstrução do Lago
8 – Drenagem superficial do Parque
9 – Drenagem geral primária do Parque
10 – Coletores principais de esgotos
Pasta 112, Proc. 95. vol. 1B .
[ii] Populus canescens (3m), 30 Populus nigra, var. italica (5m), 50 Betula celtiberica(2m), 20 Alnus glutinosa (1,5m), 50 Quercus pyrenaica (1,2m), 50 Quercus suber(1,2m), 50 Quercus faginea (1,2m), 100 Viburnum tinus (arbustos vestidos desde baixo 1,2m) e 30 Salix viminalis.
[iii] Instalações próprias – Parque de Santa Gertrudes: Arranjos exteriores no Lago
[iv] Os Arquitectos Paisagistas (…) cumpriram integralmente o art. 9 do seu contrato que fixa para entrega do Projecto definitivo do arranjo do Parque, a data de 31 de Março de 1963
Pasta 137 Processo 95, vol. 22 A1
[v] Programa de Trabalhos no Parque de Sta. Gertrudes – Trimestre de Julho, Agosto e Setembro de 1963
[ix] Lado Nascente
Lado Nascente
Lado Poente
Lado Poente – Acesso
Documentos desta fase