Rui Chafes
Fez o curso de escultura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, entre 1984 e 1989. De 1990 a 1992 estudou na Kunstakademie Düsseldorf com Gerhard Merz, onde traduziu de alemão para português os Fragmentos de Novalis, tendo o livro sido editado pela Assírio & Alvim em 1992. Desde meados dos anos 80, o seu trabalho tem sido exposto em Portugal e no estrangeiro. Em 1995 representou Portugal, juntamente com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis, na 46.ª Bienal de Veneza e em 2004 na 26.ª Bienal de São Paulo, com um projeto conjunto com Vera Mantero. Em 2013 foi um dos artistas internacionais convidados para expor no Pavilhão da República de Cuba na 55.ª Bienal de Veneza.
Em Portugal, realizou exposições individuais em importantes instituições, tais como o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu de Serralves (com Pedro Costa), Centro Cultural de Belém, Sintra Museu de Arte Moderna, Palácio Nacional da Pena e Museu Coleção Berardo (com Orla Barry). No estrangeiro, teve exposições individuais em instituições como o S.M.A.K. (Gante, Bélgica), Folkwang Museum (Essen, Alemanha), Esbjerg Kunstmuseum (Dinamarca), Nikolaj Copenhagen Contemporary Art Center (Copenhaga, Dinamarca), Fondazione Volume! (Roma, Itália), Fundação Eva Klabin (Rio de Janeiro, Brasil), Fundación Luis Seoane (A Coruña, Espanha), Hara Museum, com Pedro Costa (Tóquio, Japão) e Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, Brasil) e participou em numerosas exposições coletivas.
O seu trabalho está representado em diversas coleções institucionais portuguesas e internacionais. Muitas esculturas suas estão colocadas em espaços públicos de forma permanente. Em 2004 recebeu o Prémio de Escultura Robert-Jacobsen (atribuído pela Stiftung Würth), na Alemanha e em 2015 o Prémio Pessoa. Tem dedicado uma parte da sua atividade à escrita e também à realização de livros que reúnem o seu trabalho de escultura, quase sempre realizado em ferro pintado de negro, na procura de formas a cuja solidez associa inquietante deriva imaginária.