Miguel Branco
Estudou pintura na FBAUL; é professor do Ar.Co, Centro de Arte e Comunicação Visual, onde é corresponsável pelo Departamento de Desenho e Pintura desde 1994. Vive e trabalha em Lisboa.
Das suas exposições individuais mais recentes destacam-se: 2015: Luz, Galeria Pedro Cera, Lisboa; The Silence of Animals, Schloss Ambras-Kunsthistorisches Museum, Innsbruck; Sombra, Fundação Carmona e Costa, Lisboa; Sala do Veado, Museu de História Natural e da Ciência, Lisboa; 2014: Terra, Galeria João Esteves de Oliveira, Lisboa; 2013: Ar, Galeria Belo-Galsterer, Lisboa. Participou em três importantes exposições internacionais de arte portuguesa: «Portugal Agora, Portuguese Contemporary Art», Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean, Luxemburgo, 2007; «Situation Zero, Recent Portuguese Visual Arts», Yerba Buena Center for the Arts, São Francisco, EUA, 2001; «Tríptico, Europália 91 – Portugal», Museum Van Hedendaagse Kunst, Gante, Bélgica,1991.
Está representado nas coleções Ar.Co; Caixa Geral de Depósitos; CAM – Fundação Calouste Gulbenkian; Coleção do Parlamento Europeu; Fundação Carmona e Costa; Fundação EDP; Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento; Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean, Luxemburgo; Museu de Arte Contemporânea, Funchal; Museu de Arte Moderna, Fundação de Serralves.
O trabalho de Miguel Branco tem-se centrado ao longo de três décadas na utilização de modelos provenientes da História da Arte. Essa utilização, que em grande parte escolhe tradições consideradas menores como a peinture animaliére, a natureza morta, o objeto de uso comum ou o uso de escalas reduzidíssimas, surge sempre através de dispositivos de natureza disfuncional. Os elementos históricos são esvaziados, deslocados do seu contexto original e reutilizados como peças de uma nova dramaturgia. As figuras e os objetos de Miguel Branco são como personagens imóveis que, evocando o teatro de Beckett, encenam o próprio vazio.