Sem título (Fonte de Sintra)

N.º Inv.
ADP131
Data
c. 1980
Materiais e técnicas
Tinta acrílica e colagem de tecido sobre cartão
Medidas
53 x 35 cm
Proveniência
Col. Família Dacosta
Inscrições

Sem inscrições

Aceitando a data de 1980, atribuída na exposição e catálogo António Dacosta “O Trabalho das Nossas Mãos” na Fundação Cupertino de Miranda em 1999, esta obra, pertencente à família Dacosta, estará nas origens da série Fontes de Sintra, justificando a proximidade com a data de Fonte de Sintra I (“Saudades deste Sítio”) [ADP127] de 1980. Nota-se que as linhas de água não apresentam ainda a regularidade simétrica que caracterizará a série.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas», e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984).


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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