A série “Fonte de Sintra” através de uma “estrita simplificação formal”

«A série “Fonte de Sintra” através de uma “estrita simplificação formal” reconduz o gesto do pintar a um esquema sensível que não é ruína nem desolação, mas transubstanciação. O plano da tela recria originariamente um novo destino: não se incensa o desaparecido, mas projecta-se uma nova dimensão para além do visível imediato e datado. Não há regresso em toda esta pintura, dado que a cor e o traço não tentam restituir a “figura definitiva” deste mundo: o referente não foi inteiramente achado, ele não cessa de mudar, daí a pintura de A. Dacosta aludir constantemente ao processo ontogenético dos esboços e das cores. O que fica na tela é sempre LACUNAR, cabe à memória, por sua vez, ser ela também capaz de reinventar o mundo. […]

Há pois uma arquitectura residual mínima subjacente à imaginação das formas pintadas. Existe nesta pintura um minimalismo de natureza geométrica que possibilita o “mais” e o resto. A pintura de Dacosta é exactamente DEPURAÇÃO.»

(OLIVEIRA, 1988, p. 7) 


Bibliografia


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