Fonte de Sintra IV

N.º Inv.
ADP395
Data
c. 1982
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre tela
Medidas
50,2 x 61 cm
Proveniência
Col. Galeria 111, Lisboa
Inscrições

«A. Dacosta»
[frente, canto inferior direito]

«A. Dacosta
“Fonte de Sintra”»
[verso, quadrante superior direito]

Esta obra pertence a uma das mais marcantes séries do segundo ciclo de produção de António Dacosta, Fontes de Sintra. A série foi apresentada na primeira exposição individual de regresso, em 1983 na Galeria 111, onde esta obra esteve presente, tendo sido incorporada na coleção da galeria.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas», e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984). Neste caso, tal como em mais algumas peças da série destes anos, predomina um pódio em degrau [ADP148; ADP149].


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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