Fonte de Sintra III

N.º Inv.
ADP468
Data
1980
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre tela
Medidas
55 x 65,4 cm
Proveniência
Coleção privada
Inscrições

«A. Dacosta 80
“Fonte de Sintra”
III»
[verso, margem superior]

Esta é a terceira obra de uma das mais marcantes séries do segundo ciclo de produção de António Dacosta, apresentada na primeira exposição individual de regresso, em 1983 na Galeria 111. Fonte de Sintra III, reproduzida como o n.º 7 no catálogo da exposição, foi adquirida por um colecionador particular à Galeria 111.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas», e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984).


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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