Fonte de Sintra (Fonte contra forma negra)

N.º Inv.
ADP222
Data
c. 1985
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre madeira
Medidas
40 x 32 cm
Proveniência
Col. Miriam Rewald Dacosta
Inscrições

Sem inscrições

Esta obra, de 1985, pertence a Miriam Rewald Dacosta e nela podemos observar uma forma muito repetida na pintura de Dacosta, a Fonte de Sintra.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. Esta série foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas», e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984). Neste caso, podemos também notar o escurecimento da paleta que ocorre nas obras de Dacosta a partir da segunda metade da década de 1980.


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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