Fonte de Sintra

N.º Inv.
ADP721
Data
1987
Materiais e técnicas
Informação não disponível
Medidas
Informação não disponível
Proveniência
Obra não localizada
Inscrições

«A. Dacosta»
[frente, canto inferior direito]

Esta obra, não localizada, foi exposta em 1988 na Galeria 111, na exposição que veio no seguimento das grandes retrospetivas realizadas na Fundação Calouste Gulbenkian e na Casa de Serralves. Esta exposição individual focou-se em obras de menor dimensão e de carácter mais intimista. A imagem que chega até nós hoje é uma reprodução da obra, encontrada no espólio fotográfico da Galeria 111.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas», e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984). A peça manifesta a tendência monocromática acastanhada dominante na produção da segunda metade da década de 1890.


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