Fonte de Sintra

N.º Inv.
ADP268
Data
1987
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre madeira
Medidas
34 x 32 cm
Proveniência
Col. Graça Morais
Inscrições

«A. Dacosta»
[frente, margem inferior à esquerda]

«A. Dacosta 87»
[verso, ao centro]

Fonte de Sintra, de 1987, foi exposta pela primeira vez na exposição coletiva «Um Olhar sobre a Arte Contemporânea Portuguesa» no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, em 1988. No mesmo ano, foi adquirida por Graça Morais na Galeria 111.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas», e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984). Neste caso, nota-se o escurecimento e acastanhamento da paleta que ocorre nas obras de Dacosta a partir da segunda metade da década de 1980, mas recorta-se com clareza o signo característico da série, em baixo à esquerda.


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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