Fonte de Sintra

N.º Inv.
ADP267
Data
1987
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre madeira
Medidas
38,5 x 38,5 cm
Proveniência
Col. Fundo de Pintura do Ministério das Finanças, Lisboa
Inscrições

«A. Dacosta»
[frente, margem inferior esquerda]

«A. Dacosta
87»
[verso, canto inferior direito]

A obra Fonte de Sintra, de 1987, faz parte da coleção do Fundo de Pintura do Ministério das Finanças.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas», e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984). Neste caso, carrega-se o escurecimento da paleta que ocorre nas obras de Dacosta a partir da segunda metade da década de 1980, de tal modo que o signo característico da série quase se desvanece, em baixo à esquerda.


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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