Fonte de Sintra

N.º Inv.
ADD555
Data
c. 1986
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre papel
Medidas
7,9 x 7,9 cm
Proveniência
Col. Família Dacosta
Inscrições

Sem inscrições

Esta pintura, da coleção da família Dacosta, foi apresentada na exposição «Pós de Perlim-pim-pim» (2014-2015) na Galeria Ratton Cerâmicas, com curadoria de Ana Viegas e Tiago Monte Pegado (Galeria Ratton Cerâmicas) em colaboração com Pedro Morais.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas», e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984). Esta peça, intimista e de pequenas dimensões, articula o signo característico do jato de água com duas colunas, elemento presente em algumas obras da série [ADP482; ADD554].


Exposições


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