Fonte de Sintra

N.º Inv.
ADD321
Data
c. 1984 – 1985
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre papel
Medidas
12 x 17,3 cm
Proveniência
Col. Inês Brito
Inscrições

«A D»
[frente, canto inferior direito]

Esta obra, da série Fonte de Sintra, possivelmente de 1984 ou 1985, pertence a Inês de Brito, filha do galerista e colecionador Manuel de Brito e de Maria Arlete Alves da Silva, amigos próximos de António Dacosta.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, bem como uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas» e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984). Neste trabalho sobre papel, o signo que define a série enquadra-se numa estrutura circular, exploração presente em algumas obras da série [ADP195; ADP482].


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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