Inserida no ciclo «150 Anos de Arte Portuguesa», a exposição «Almada Negreiros» resultou de uma programação cultural com a iniciativa do Leal Senado de Macau, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG).

A exposição de pinturas e desenhos de Almada Negreiros (1893-1970) foi comissariada por José Sommer Ribeiro, diretor do Serviço de Exposições e Museografia da FCG e do Centro de Arte Moderna, e esteve patente ao público no Museu Luís de Camões, de 25 de janeiro a 18 de fevereiro de 1987.

A FCG prestou colaboração ao nível da recolha, embalagem, seguro e embarque das obras, tendo sido também uma das entidades a ceder obras para esta exposição: foram emprestadas 21 obras de desenho e pintura da Coleção Moderna.

O ciclo comemorativo «150 Anos de Arte Portuguesa» e os catálogos editados no âmbito das suas exposições foram galardoados pela I Trienal de Museus «Mouseion», realizada em maio de 1987 no Rio de Janeiro, com os prémios de Melhor Exposição Temporária e Melhor Conjunto de Publicações.

Fizeram parte deste ciclo as exposições «Os Naturalistas», «Columbano Bordalo Pinheiro», «Os Pioneiros do Modernismo», «Os Anos 40 e 60 na Pintura Portuguesa» e «As Últimas Décadas». Após o termo destas exposições, foi apresentada em Pequim uma exposição-síntese, intitulada «100 Anos de Arte Portuguesa».

Do conjunto de obras apresentadas nas diversas exposições do ciclo «150 Anos de Arte Portuguesa», os comissários responsáveis pelas diversas mostras selecionaram um total de 85 trabalhos, que integraram a exposição-síntese «100 Anos de Arte Portuguesa», apresentada em Pequim durante o mês de abril de 1987. Esta última exposição revestiu-se de um «significado histórico fundamental nas relações dos dois países» (Carta de António Conceição Jr. para José Sommer Ribeiro, 27 mar. 1987, Arquivos Gulbenkian, CAM 00111).

Carolina Gouveia Matias, 2017