Exposição de obras de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), patente entre 30 de novembro e 14 de dezembro de 1986 no Museu Luís de Camões, em Macau, com a organização do Leal Senado de Macau, em colaboração com o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Coube a este a recolha, embalagem, seguro e embarque das obras de todas as exposições do ciclo.

A exposição mostrou obras cedidas pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea e pela Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, sendo comissariada por Maria de Lourdes Bártholo, diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea.

A importância deste ciclo foi reconhecida pela Secretaria de Estado da Cultura, que, a 29 de outubro de 1986, emitiu um despacho autorizando a saída para Macau de várias obras pertencentes aos museus dependentes do Instituto Português do Património Cultural (Carta de Maria Margarida Marques Matias, 29 out. 1986, Arquivos Gulbenkian, CAM 00111). Integraram igualmente a exposição obras cedidas por vários colecionadores privados.

O ciclo e os catálogos publicados no âmbito das mostra foram contemplados com os prémios de «Melhor Exposição Temporária» e «Melhor Conjunto de Publicações», atribuídos pela I Trienal de Museus «Mouseion», realizada em maio de 1987 no Rio de Janeiro.

Fizeram parte deste ciclo as exposições «Os Naturalistas», «Os Pioneiros do Modernismo», «Almada Negreiros», «Os Anos 40 a 60 na Pintura Portuguesa» e «As Últimas Décadas». Com o termo destas exposições, foi apresentada em Pequim uma exposição-síntese, intitulada «100 Anos de Arte Portuguesa», que integrou 85 trabalhos selecionados pelos comissários responsáveis pelas diversas mostras do ciclo «150 Anos de Arte Portuguesa». Esta exposição-síntese foi apresentada em Pequim durante o mês de abril de 1987 e revestiu-se de um «significado histórico fundamental nas relações dos dois países» (Carta de António Conceição Jr. para José Sommer Ribeiro, 27 mar. 1987, Arquivos Gulbenkian, CAM 00111).

Embora se desconheça a existência de artigos exclusivamente dedicados a esta exposição, a imprensa macaense regista a realização do ciclo «150 Anos de Arte Portuguesa», noticiando-o como «the most comprehensive panorama of European painting Macau has seen opens at the Leal Senado Gallery this afternoon» (Winterton, South China Morning Post, nov. 1986).

Carolina Gouveia Matias, 2017