A exposição itinerante «Vieira da Silva. Gravuras», produzida pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), integrou-se, simultaneamente com outros eventos expositivos, numa programação cultural específica da FCG, que visou motivar a descentralização cultural em Portugal, permitindo às populações do interior do país o contacto direto com a obra de artistas portugueses.

Esta exposição foi produzida e organizada pela FCG, em colaboração com a Secretaria de Estado da Informação e Turismo (SEIT), e contou com um conjunto de obras que já tinham anteriormente percorrido alguns dos principais museus franceses. Assim, incorporaram este certame algumas gravuras de Maria Helena Vieira da Silva em litografia, serigrafia e água-forte, datadas do período de 1959 a 1972, bem como uma série de 25 gravuras a buril ilustrativas dos poemas «L’Inclémence Lointaine», da autoria de René Char.

Dada a especificidade itinerante da exposição, apresentada em inúmeras cidades de norte a sul de Portugal, elaborou-se um catálogo-desdobrável, de reduzidas dimensões, de modo a não onerar demasiado o custo final. Este desdobrável incluiu a biografia da pintora, a listagem das gravuras apresentadas e ainda alguns fragmentos de textos produzidos sobre a obra de Vieira da Silva, da autoria de António Pedro, Alberto Lacerda, Ruben A. e Jean Leymarie.

Joana Brito, 2016