Vieira da Silva dans les Collections Portugaises

Europália 91. Festival Internacional de Cultura e Artes

Exposição de pintura de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), integrada na XI Bienal Europália 1991: Festival Internacional de Cultura e Artes, dedicada a Portugal e realizada em Bruxelas, Bélgica. Englobou várias áreas artísticas como música, dança, teatro, cinema e exposições de artes visuais e historiográficas.
Exhibition of paintings by Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) forming part of the 11th Biennale Europalia 1991: International Festival of Arts and Culture, dedicated to Portugal and held in Brussels, Belgium. The show encompassed several artistic areas such as music, dance, theatre, cinema and visual and historiographic exhibitions.

Exposição de pintura de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), integrada na XI Bienal Europália – Festival Internacional de Cultura e Artes 1991, dedicada a Portugal e realizada em Bruxelas. Abrangeu diversos âmbitos artísticos: música, dança, teatro, cinema e exposições de artes visuais e historiográficas.

À semelhança de edições anteriores, este festival, organizado pelo Comissariado Belga e, desta feita, pelo Comissariado Português para a Europália 91, tinha como finalidade dar uma visão global e culturalmente abrangente da cultura do país convidado, acabando por ser «publicamente reconhecido como a maior e mais vasta mostra da cultura portuguesa realizada no estrangeiro» (Carta de Emílio Rui Vilar para José Sommer Ribeiro, 9 abr. 1992, Arquivos Gulbenkian, CAM 00253).

Rui Vilar foi o comissário-geral nomeado para dirigir esta representação internacional. Simonetta Luz Afonso, a quem coube a direção das exposições, redigiu um dossiê sobre a matéria, no qual destacou os objetivos fundamentais da iniciativa e a forma de os levar a efeito. A diretora pretendia uma abordagem das manifestações artísticas mais abrangente e mais enquadrada do que aquela que fora empreendida na década de 50 em Londres, a cargo do prof. Reynaldo dos Santos (Exposição «Portuguese Art 800-1800», realizada na Royal Academy of Arts, Londres, 1955-1956). Ainda neste documento, foram apresentados os títulos genéricos das exposições a realizar e os comissários responsáveis.

Nas palavras de Simonetta Luz Afonso, eis algumas das direções a seguir: «Não será demais sublinhar que o público do nosso tempo que visita Museus ou Exposições está habituado à facilidade de "leitura" que a televisão ou o cinema permitem, pelo que é preciso saber atraí-lo para depois o poder fazer envolver no projecto. […] Considera-se, pois, que deverá ser esta a via correcta para o êxito da participação portuguesa na EUROPÁLIA, o que não significa, de forma alguma, que a qualidade científica da realização seja descurada, antes pelo contrário, o mérito desta realização residirá também na tentativa de encontrar uma forma de comunicação pela arte a todos acessível, permitindo descobrir pontos de interesse e de referência cultural.» (Projeto. Dossiê Exposições, 1991, p. 2, Arquivos Gulbenkian, CAM 00253)

Ainda no ano de 1989, a então secretária de Estado da Cultura, Teresa Patrício Gouveia, solicitou a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) na realização de duas exposições de arte contemporânea para integrarem a extensa programação da Europália 91. O Centro de Arte Moderna (CAM) da FCG, na pessoa do seu diretor, José Sommer Ribeiro, aceitou e tomou a seu cargo a organização das duas exposições: uma dedicada ao pintor Amadeo de Souza-Cardoso e outra dedicada à obra de Maria Helena Vieira da Silva.

O comissariado da exposição de Vieira da Silva foi assumido pelo diretor do CAM, coadjuvado pelo crítico de arte e secretário de Vieira da Silva, Guy Weelen, contando ainda com a colaboração da conservadora do CAM, Maria José Moniz Pereira. A planificação e produção da exposição foi bastante simplificada. Num ofício do CAM para o presidente da FCG, José Sommer Ribeiro dava conta de que o projeto não envolveria grandes dificuldades, «uma vez que estas exposições já foram organizadas e apresentadas pelo Centro de Arte Moderna». A investigação, a localização das obras, os valores de seguros e outras questões logísticas estariam já salvaguardados (Apontamento do Centro de Arte Moderna, 21 set. 1990, Arquivos Gulbenkian, CAM 00253).

Também um conjunto significativo das obras apresentadas (cerca de 30) acabou por vir diretamente de uma exposição de Vieira da Silva realizada meses antes na Fundación Juan March, em Madrid, cuja organização havia sido promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, o que agilizou igualmente os trabalhos de produção da exposição.

A base da planificação desta exposição acabou por ser a mostra realizada quatro anos antes em São Paulo (1987), a partir de obras de Vieira da Silva pertencentes a coleções portuguesas, também organizada pelo CAM (cf. Vieira da Silva nas Colecções Portuguesas, 1987). A proposta dos comissários para esta exposição centrava-se em reunir um conjunto alargado de obras da pintora que permitisse ilustrar o seu percurso artístico durante cerca de cinquenta anos de atividade. A artista, nascida em Portugal, cedo partiu para Paris e aí tomou contacto com as novas correntes artísticas e com artistas destacados da arte do século XX, como Fernand Léger, Roger Bissière ou Torres García. O número de obras, de colecionadores envolvidos e os períodos artísticos considerados acabaram por distinguir esta exposição da anteriormente realizada em São Paulo.

O espaço disponibilizado para a exposição também não implicou quaisquer obstáculos. O Musée d'Art Moderne de Bruxelas apresentava «excelentes condições de segurança, climatização e iluminação» (Apontamento do Centro de Arte Moderna, 21 set. 1990, Arquivos Gulbenkian, CAM 00253). Nos três pisos do museu foi apresentado um conjunto de 104 pinturas (óleos, guaches, têmperas), realizadas entre 1930 e 1980, traçando uma panorâmica da evolução do percurso criativo de Vieira da Silva, incluindo algumas das suas obras mais importantes. Como o título da exposição indica, a amostragem circunscreveu-se a obras pertencentes a coleções portuguesas, contando com a colaboração de alguns dos principais colecionadores da obra da artista, como o ex-banqueiro Jorge de Brito, detentor de uma das mais importantes coleções particulares de arte portuguesa do século XX, ao qual se juntaram muitos outros colecionadores nacionais.

Para o comissário-geral belga da Europália 91, Jacques De Staercke, tratava-se da apresentação de obras de uma artista «que ocupa um lugar eminente na História da Arte do Séc. XX» (Vieira da Silva dans les Collections Portugaises, 1991).

O comunicado divulgado na imprensa apresentava a obra da artista nos seguintes termos: «Son œuvre, imprégnée de souvenirs d'enfance, comme par exemple la maison de ses grands-parents, où la bibliothèque était un des coins préférés de la jeune Maria Helena, la structure accidentée et labyrinthique de Lisbonne, les "azulejos", élément décoratif si marquant de l'architecture portugaise, sont des motifs qu'elle souvent adopte, transforme et nous retourne, interprétés en des compositions où la perspective et le quadrillage sont le point de départ.» (Comunicado de imprensa, 1991, Arquivos Gulbenkian, CAM 00251)

O catálogo da exposição apresentava reproduções a cores da totalidade das obras expostas, além dos textos dos comissários, que enquadravam e introduziam a obra da artista, e de uma antologia de textos e críticas à obra de Vieira da Silva.

José Sommer Ribeiro sintetizou três daquelas que entendia serem as principais características do trabalho da artista e da sua linguagem pessoal: «as perspectivas, as estruturas e as repetições», capazes de proporcionar «leituras ímpares» (Texto para publicação, 1991, Arquivos Gulbenkian, CAM 00251). Ainda no seu texto para o catálogo, José Sommer Ribeiro referir-se-ia às diversas iniciativas promovidas no sentido da divulgação da obra de Vieira da Silva naqueles últimos anos em Portugal, entendendo que dessa forma se estava a reparar «a dívida que Portugal tinha com esta grande artista» (Ibid.).

De facto, sobretudo na década de 1980, foram promovidas pelas instituições artísticas portuguesas, privadas e públicas, algumas importantes mostras individuais da artista. Entre estas, a já mencionada exposição realizada pela FCG em São Paulo (1987), outra, organizada pela FCG em Lisboa, por ocasião do 80.º aniversário de Vieira da Silva, e uma outra, no Porto, promovida pela Casa de Serralves (1989). O comissário terminava o seu texto com uma mensagem otimista, no sentido do reconhecimento da obra desta artista de mérito internacional, revelando que iria ser finalmente criada em Portugal uma fundação dedicada à obra de Vieira da Silva e de Arpad Szenes – da qual Sommer Ribeiro acabaria por vir a ser, em 1994, o primeiro diretor –, e deixava ainda o apelo à contínua colaboração dos colecionadores de obras da artista em iniciativas futuras (Ibid.).

Esta iniciativa contou com algumas inovações na forma de abordar a produção de representações internacionais. Envolveu, por exemplo, um investimento em materiais de divulgação e merchandising (posters e postais de reproduções de obras de Vieira da Silva e de Amadeo de Souza-Cardoso). E o comissário-geral português fez ainda um apelo ao mecenato orientado para atividade empresarial (Carta do comissário-geral para a Europália 91 dirigida ao presidente da FCG, 29 jun. 1990, Arquivos Gulbenkian, CAM 00253). À semelhança do incentivo ao mecenato promovido pelos congéneres belgas, que resultou no patrocínio da Société Générale, também a companhia de seguros Bonança se associou à iniciativa.

Ainda sob os auspícios do comissariado para a Europália 91, foi promovido um seminário, dirigido aos coordenadores das exposições da Europália e instituições artísticas envolvidas, sobre as novas tecnologias utilizadas na embalagem e transporte de obras de arte, orientado por Jay Levenson, conservador da National Gallery (Carta de Simonetta Luz Afonso para José de Azeredo Perdigão, 11 jun. 1990, Arquivos Gulbenkian, CAM 00253).

No âmbito do projeto de «Literatura», também apresentado no Festival Europália, foi publicada uma coleção de 11 volumes dedicados à cultura portuguesa pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda. No volume dedicado às artes plásticas em Portugal, um dos capítulos, da autoria da historiadora da arte Raquel Henriques da Silva, foi dedicado à arte portuguesa contemporânea (História das Artes Plásticas, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1991), constituindo uma importante ferramenta teórica para a contextualização desta exposição.

A receção crítica da exposição foi, na generalidade, enquadrada na globalidade dos projetos expositivos levados a cabo. Na opinião da historiadora e crítica de arte Luísa Soares Oliveira, a Europália «funcionou em tudo como uma exposição de uma colecção pública: montagem representativa, núcleos concretos e coerentes, aparato, "arrogância"». A autora referiu ainda que a exposição se enquadrava na atual «tendência de massificação das grandes exposições» (Oliveira, Público, 31 jul. 1992).

As manifestações da Europália foram inauguradas pelo presidente da República de Portugal, Mário Soares. O estado de saúde da pintora Maria Helena Vieira da Silva não lhe permitiu viajar até Bruxelas para assistir à inauguração da sua exposição. Esta mostra acabaria por ser a última exposição que a pintora realizaria em vida.

Filipa Coimbra, 2018

Exhibition of paintings by Maria Helena Vieira da Silva (Lisbon, Portugal, 1908 - Paris, France, 1992) at the 11th Europalia Arts Festival 1991, dedicated to Portugal and held in Brussels (Belgium), which included several areas of art (music, dance, theatre, cinema and exhibitions of visual and historiographic arts).
As in previous years, the festival, organised by the Belgian Commissioners and, this time, by a Portuguese Commissioner for Europalia 91, aimed to provide a culturally broad overview of the culture of the invited country, and it was eventually publicly recognised as the largest and widest show of Portuguese culture held abroad (Letter from Emílio Rui Vilar to José Sommer Ribeiro, 9 Apr. 1992, Gulbenkian Archives, CAM 00253).
Rui Vilar was the General Commissioner appointed to run the international representation. Simonetta Luz Afonsa, director of the exhibitions, drew up a dossier on the event, in which she highlighted the initiative's fundamental aims and how to achieve them. The director admitted that she was aiming for a wider view of artistic expressions than the event held at the Royal Academy of Arts in London in the 1950s under the guidance of Reynaldo dos Santos (the exhibition Portuguese Art: 800-1800, 1955/56). Several general titles for the exhibitions to be created by different curators can also be found in this document.
In the words of Simonetta Luz Afonso, these were some of the directions to follow: It isn't too much to underline that the public nowadays who visit museums or exhibitions are used to the easy 'reading' that television or cinema allow, so we need to know how to attract them to later involve them in the project. (...) It is therefore believed that this is the right path to follow for Portugal's participation at Europalia, which does not mean in any way that the scientific quality of the event should be neglected. On the contrary, the merit of the event also lies in an attempt to find a way to communicate art in a way that is accessible to all, enabling people to find points of interest and cultural references (Dossier on the Exhibitions, p. 2, Gulbenkian Archives, CAM 00253).
Still in 1989, then-Secretary of State for Culture, Teresa Patrício Gouveia, requested the Calouste Gulbenkian Foundation's (FCG) cooperation in organising two contemporary art exhibitions to be included in the extensive programme for Europalia 91.
The FCG's Modern Art Centre (CAM), represented by its director, José Sommer Ribeiro, accepted the challenge and took on the responsibility of organising two exhibitions: one on painter Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918) and the other dedicated to the work of Maria Helena Vieira da Silva (see Amadeo de Souza-Cardoso, 1991).
The Vieira da Silva exhibition was curated by theCAM director, assisted by art critic and Vieira da Silva's secretary, Guy Weelen (1919-1999), as well as CAM conservator Maria José Moniz Pereira.
The planning and production of the exhibition was quite simple. In a memo from the CAM to the FCG president, José Sommer Ribeiro explained that the project would not face major difficulties since these exhibitions have already been organised and shown at the Modern Art Centre. Aspects on research and the location of the pieces, insurance amounts and other logistical issues had been saved (Note by the Modern Art Centre, 15 Jul. 1991, Gulbenkian Archives, CAM 00253).
A significant number of the works exhibited (roughly 30) came directly from a Vieira da Silva exhibition held months earlier at the Juan March Foundation in Madrid, the organisation of which had been done by the Secretary of State for Culture, who also helped facilitate the production of the exhibition.
The groundwork for planning the exhibition was the exhibition held four months previously in São Paulo (Brazil, 1987) with works by Vieira da Silva belonging to Portuguese collections, also organised by the FCG's Modern Art Centre (see Vieira da Silva nas Colecções Portuguesas, 1987).
The curators' proposal for this exhibition aimed to use these works to illustrate an art career spanning 50 years of work.
The artist was born in Portugal but quickly left for Paris, where she came into contact with new artistic movements and leading 20th-century artists, such as Fernand Léger, Roger Bissière and Torres Garcia. The number of pieces, collectors involved and the artistic periods covered made this exhibition different from the one previously held in São Paulo.
The space used for the exhibition also did not present any obstacles. The Musée d'Art Moderne de Bruxelles had excellent security, climate control and lighting conditions (Note by the Modern Art Centre, 21 Sept. 1990, Gulbenkian Archives, CAM 00253).
The three floors of the Brussels Museum of Modern Art exhibited a set of 104 paintings (oil, gouaches, temperas) made between 1930 and 1980, reflecting an overview of Vieira da Silva's creative career, including some of her most important works. As the name of the exhibition suggests, the sample was limited to works in Portuguese collections, including some of the main collectors of the artist's work, such as former banker Jorge de Brito (1927-2006), who had one of the most important private collections of 20th-century Portuguese art, plus many other Portuguese collectors.
For the Belgian General Commissioner of Europalia 91, Jacques De Staercke (1927), it involved presenting the works of an artist who has a prominent place in the history of 20th century art (Vieira da Silva dans les Collections Portugaises, 1991).
The press release also discussed the artist's work in the following terms: Her work, filled with memories of her childhood, such as her grandparents' house, the library of which was one of young Maria Helena's favourite spots, Lisbon's hilly, labyrinthine structure, 'azulejos', such a marked decorative feature of Portuguese architecture, are the motifs that she adopts, transforms and returns to us, interpreted in compositions where perspective and grids are starting points (Press release, 1991, Gulbenkian Archives, CAM 00251).
The exhibition catalogue included colour reproductions of all the works in the exhibition, along with texts by the curators that provided context and an introduction to the artist's work and an anthology of texts and reviews of Vieira da Silva's work.
Sommer Ribeiro summarised three of what he believed were the main characteristics of the artist's work and her personal artistic expression: perspectives, structures and repetitions, which are able to provide outstanding interpretations (Features for the catalogue, n.d. Gulbenkian Archives, CAM 00251).
In the same text for the catalogue, José Sommer Ribeiro mentioned the various initiatives organised to publicise Vieira da Silva's work over previous years in Portugal, understanding that people were therefore beginning to understand the debt Portugal had to this great artist (ibidem).
In fact, particularly in the 1980s, private and state-run Portuguese art institutions had organised some important exhibitions on the artist's work. These included the already mentioned exhibition organised by the FCG in São Paulo (1987), another organised by the FCG in Lisbon for Vieira da Silva's 80th birthday and another held in Porto, organised by the Casa de Serralves (1989). The commissioner ended his piece with an optimistic message about recognising the internationally renowned artist's work, revealing that a museum dedicated to Vieira da Silva and Arpad Szenes' work would open in Portugal. (Sommer Ribeiro eventually became the first director of this museum.) He also appealed to collectors of the artist's work to continue their cooperation in future initiatives (ibidem).
The initiative included some innovative features in the approach to international representations. As well as an investment in advertising materials and merchandising related to the exhibitions (posters and postcards containing reproductions of works by Vieira da Silva and Amadeo de Souza-Cardoso), the Portuguese general commissioner appealed for business sponsors (Letter from the General Commissioner for Europalia 91 to the FCG president, 29 Jun. 1990, Gulbenkian Archives, CAM 00253). Like the incentives for sponsorship used by Belgian counterparts, which led to sponsorship from Société Générale, the insurance company Bonança also joined the initiative.
A seminar was also held under the aegis of the Commissioner for Europalia 91 aimed at the coordinators of Europalia exhibitions and the art institutions involved. It dealt with the new technologies used to pack and transport works of art, given by Jay Levenson, conservator at the National Gallery (Letter from the Director of Exhibitions of the Commissioner for Europalia 91 to the FCG, 11 Jul. 1990, Gulbenkian Archives, CAM 00253).
As part of the Literature project, also shown at the Europalia Festival, a collection of 11 volumes on Portuguese culture was published by Imprensa Nacional/Casa da Moeda. In the book on visual arts in Portugal, one of the chapters, written by art historian Raquel Henriques da Silva, was dedicated to contemporary Portuguese art (História das Artes Plásticas, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1991), and this was an important theory tool for contextualising the exhibition.
Critical reception of the exhibition was generally integrated into all the exhibition projects held there. In the opinion of art historian and critic Luísa Soares Oliveira, Europalia worked in every way like an exhibition of a public collection: representative assembly, concrete, consistent sections, spectacle, 'arrogance'. The author mentioned that the exhibition fitted with the current trend towards massification of large exhibitions (Oliveira, Público, 31 Jul. 1992).
The Europalia exhibitions were opened by the President of the Republic of Portugal, Mário Soares (1924-2017). Maria Helena Vieira da Silva's health meant she could not travel to Brussels to attend the opening of her exhibition. It ended up being the last exhibition of the artist's work held during her lifetime.

Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

A Poesia está na Rua

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

A Poesia está na Rua, Inv. PE110

Composition

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

Composition, Inv. 78PE99

Composition ou Pim! Pam! Poum!

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

Composition ou Pim! Pam! Poum!, Inv. 78PE104

Estudo para a tapeçaria de Basileia

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

Estudo para a tapeçaria de Basileia, Inv. PE309

Estudo para a tapeçaria de Basileia

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

Estudo para a tapeçaria de Basileia, Inv. PE310

História Trágico-Marítima ou Naufrage

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

História Trágico-Marítima ou Naufrage, Inv. 78PE97

La bibliothèque en feu

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

La bibliothèque en feu, Inv. 79PE96

La Rue, Le Soir

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

La Rue, Le Soir, Inv. 78PE105

La Table Ronde

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

La Table Ronde, Inv. 78PE108

L'aire du vent

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

L'aire du vent, Inv. PE102

Landgrave

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

Landgrave, Inv. PE103

L'Aqueduc (O Aqueduto)

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

L'Aqueduc (O Aqueduto), Inv. 86PE95

Le Héros ou Le Héraut

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

Le Héros ou Le Héraut, Inv. 78PE100

Les Degrés

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

Les Degrés, Inv. PE98

L'oranger

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

L'oranger, Inv. 78PE101


Publicações


Material Gráfico


Multimédia


Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00251

Pasta com documentação referente à exposição. Contém listas de obras, plantas, seguros, correspondência recebida e expedida, cedências de obras, restauros e elementos para o catálogo. 1990 – 1992

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00251

Pasta com documentação referente à exposição. Contém correspondência interna e elementos para o catálogo 1990 – 1992

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00253

Pasta com documentação referente à exposição. Contém correspondência interna e elementos para o catálogo. 1988 – 1993


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