Exposição que consagrou uma das manifestações mais importantes das celebrações do bicentenário do compositor Jean-Philippe Rameau (1683-1764), levadas a efeito em França e às quais a Fundação Calouste Gulbenkian se quis associar, «pondo em relevo o alto apreço que é devido a esta grande figura da Música» (Exposição Comemorativa do Centenário de Jean-Philippe Rameau, 1965).

A colaboração com a Bibliothèque Nationale de Paris, que no ano de 1964 apresentara já uma exposição dedicada ao compositor francês no Musée des Beaux-Arts de Dijon, contribuiu para uma primeira seleção de elementos e objetos artísticos a expor, os quais, já em Lisboa, foram reunidos com outras peças existentes em Portugal, tanto de coleções públicas como privadas.

Em Lisboa, a exposição que teve lugar no Palácio Foz, integrada no IX Festival de Música Gulbenkian, compreendeu diversos concertos de música de câmara, com obras de Rameau, assim como a primeira audição em Portugal da sua tragédia lírica Zoroastre, num concerto no Teatro Tivoli, dirigido pelo maestro Serge Baudo e no qual participaram o Coro Gulbenkian e a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional.

Como atividade complementar foi também organizada uma conferência, proferida por Guy Mollat du Jourdin, então secretário-geral do «Comité Nacional pour la célébration du bi-centenaire de Jean-Philippe Rameau», subordinada ao tema Rameau et les Indes Galantes.

Joana Brito, 2016