Exposição temporária apresentada em Portugal por iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, em colaboração com a Embaixada de Espanha em Portugal e com o apoio de várias instituições espanholas (museus e galerias), que colaboraram emprestando obras de pintura e escultura.

Anteriormente apresentada em Roma e em Madrid, a mostra integrou obras de 17 artistas espanhóis em atividade e foi comissariada por Ceferino Moreno Sandoval, pintor, crítico de arte e comissário espanhol de várias Bienais de Veneza e São Paulo.

Os artistas representados na exposição tinham em comum o facto de terem sido, todos eles, premiados nas Bienais de Veneza e São Paulo. A apresentação das obras (53 pinturas e esculturas) tinha o objetivo de delinear e divulgar o panorama artístico espanhol mais atual. Todavia, esta mostra acabou por ser alvo de várias críticas na imprensa, por não refletir efetivamente a produção artística espanhola contemporânea:

«Quem conhece o fenómeno artístico espanhol, sem dúvida dos mais importantes no complexo mundo das artes, não pode estar de acordo com esta exposição intitulada: “Nomes Significativos da Arte Espanhola Contemporânea”. E não se pode estar de acordo porque o que efectivamente está exposto na Fundação Gulbenkian não mostra a verdade real do que é efectivamente a pintura espanhola contemporânea. Faltam na exposição nomes importantíssimos, quer do grupo catalão “Dau al Set”, quer do grupo madrileno “El Paso”, como por exemplo Antonio Saura, Manuel Rivera e Viola, nomes primordiais dentro deste grupo […]. É que a exposição, o que não nos dá é essa panorâmica do que aconteceu e acontece na plástica espanhola. Do que aconteceu está certo, dentro dos nomes que se apresentam, mas a verdade é que aconteceu muitíssimo mais do que está à vista. E, do que está a acontecer, não existe absolutamente nada» (Oliveira, O País, 13 mar. 1981).

Joana Brito, 2015