Equipo Crónica

Exposição que reuniu obras do grupo de artistas espanhóis designado «Equipo Crónica», constituído por Manolo Valdés, Rafael Solbes e Juan Antonio Toledo. Apresentando cerca de 40 peças de gravura e pintura, a mostra pretendeu assinalar a relevância histórica deste grupo de artistas na produção vanguardista a nível internacional.
Exhibition that brought together works by the group of Spanish artists known as “Equipo Crónica”, consisting of Manolo Valdés, Rafael Solbes and Juan Antonio Toledo. Featuring around 40 pieces of engraving and painting, the exhibition was intended to highlight the historical relevance of this group of artists in avant-garde production at an international level.

Em julho de 1977, a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) organizou a exposição dedicada ao grupo de artistas espanhóis designado «Equipo Crónica», constituído pelos artistas Manolo Valdés (1942), Rafael Solbes (1940-1981) e Juan Antonio Toledo (1940-1995).

A exposição, composta por cerca de 40 trabalhos de gravura e pintura, esteve primeiramente patente na cidade do Porto, no Museu Nacional de Soares dos Reis, tendo seguido em meados do mesmo mês para Lisboa, onde foi mostrada nas Reservas Visitáveis do Museu Calouste Gulbenkian.

Segundo o pintor e crítico de arte Fernando de Azevedo, a relevância histórica da Equipo Crónica relaciona-se com a enorme contribuição legada por este grupo de artistas à arte espanhola no período de 1960-1970, na sua relação com a vanguarda internacional:

«A primeira presença pública do que viria a ser a “Equipo Crónica” deu-se em Valência 1964, informado já o espírito do grupo nascente àquela data, da necessidade de formas colectivas de intervenção, de certa unidade na temática e na linguagem. A partir de então os pintores T. A. Toledo, M. Valdés e R. Solbes constituem uma equipa e substituem às assinaturas próprias um enorme colectivo que, posteriormente, virá a ser a sigla de uma acção colectivamente empreendida: a “Equipo Crónica”. Um ano depois a “Equipo Crónica” já rompera as fronteiras de Espanha e começa a surgir na Europa, em Paris, Milão, na Holanda e Noruega; nesse mesmo ano, 1965, por desistência de T. A. Toledo, passa a ser, como decorrida ainda uma dúzia de anos ainda é, a obra colectiva de Valdés e Solbes e uma das mais importantes manifestações de vanguarda da arte espanhola. […] Uma coerente pesquisa tem marcado o trabalho planificado pela “Equipo”: análise da linguagem plástica por variação de contextos, procura de inesperadas conexões ou desarticulações de planos culturais, reflexão contínua das relações do histórico e do quotidiano, revalorização iconográfica, e experimentação de sinais e variações semânticas das imagens.» (Azevedo, Colóquio/Artes, n.º 35, dez. 1977)

Joana Brito, 2016

In July 1977, the Calouste Gulbenkian Foundation (FCG) organised an exhibition on the group of Spanish artists known as the “Equipo Crónica”, comprising the artists Manolo Valdés (1942), Rafael Solbes (1940-1981) and Juan Antonio Toledo (1940-1995).

The exhibition, composed of roughly 40 printed and painted works, was first shown in Porto, at the Museu Nacional de Soares dos Reis, then moving to Lisbon in the middle of the same month, where it was shown in the Visitable Reserves of the Calouste Gulbenkian Museum.

According to painter and art critic Fernando de Azevedo (1923-2002), the historical importance of the “Equipo Crónica” is connected to the enormous contribution left by the group of artists to Spanish art in the 1960-1970 period, in its relationship with the international avant-garde:

“The first public presence of what would become the ‘Equipo Crónica’ took place in Valencia in 1964, with the spirit of the budding group informed at the time of the need for collective means of intervention, of a certain unity in themes and languages. From then on, painters T. A. Toledo, M. Valdés and R. Solbes formed a team and replaced their individual signatures with an enormous collective that would later become the name of a collective endeavour: the ‘Equipo Crónica’. A year later, the ‘Equipo Crónica’ went beyond Spain’s borders and began to emerge in the rest of Europe, in Paris, Milan, in the Netherlands and Norway. That same year, 1965, with T. A. Toledo’s departure, the collective became, and remained for a dozen years, the collective work of Valdés and Solbers, and one of the most important manifestations of Spanish avant-garde art. [...] Consistent research has been present in the work planned by the ‘Equipo’: analysis of artistic languages by varying contexts, seeking unexpected connections or disconnection from cultural plans, constant reflection on relationships between the historical and the everyday, a reassessment of iconography and experimentation with the signs and semantic variations of images” (Azevedo, Colóquio. Artes, no. 35, Dec. 1977).


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0021-D00066

1 prova, cor: aspeto (FCG, Lisboa) 1977

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0021-D00067

8 provas, p.b.: aspetos (FCG, Lisboa) 1977


Exposições Relacionadas

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.