A exposição individual de Marta Cárdenas (1944) foi inaugurada na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) a 28 de novembro de 1985. A inauguração da mostra, com 47 trabalhos de desenho e pintura, contou com a presença da comissária da exposição Blanca Sánchez.

O catálogo da exposição inclui um texto da artista, com uma análise crítica do seu trabalho, nomeadamente da pintura de paisagem, iniciada em 1979.

Numa carta enviada por Marta Cárdenas a Sommer Ribeiro, diretor do Serviço de Exposições e Museografia, a artista agradece todo o apoio da FCG na organização e montagem da exposição, manifestando o seu agrado relativamente à disposição museográfica das suas obras, salientando que a sequência cronológica em que foram expostas possibilitou uma leitura evolutiva da sua produção artística. Por outro lado, a abertura do espaço expositivo permitia que o visitante estabelecesse um confronto visual entre todos os trabalhos expostos (Carta de Marta Cárdenas para José Sommer Ribeiro, 24 dez. 1985, Arquivos Gulbenkian, SEM 00325).

Devido ao facto de as obras de Marta Cárdenas terem características de pintura de exterior, foi solicitado à equipa de museografia que a luminosidade da galeria se assemelhasse a uma luz natural.

A documentação de arquivo reúne algumas notícias veiculadas pela imprensa escrita, nomeadamente nos jornais O Dia, Expresso e Colóquio/Artes.

Carolina Gouveia Matias, 2017