A organização desta exposição partiu da iniciativa do Governo do Equador, que contactou a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) manifestando interesse em apresentar em Portugal obras do pintor Alberto Coloma-Silva (1898-1976), dando assim início a um intercâmbio cultural entre os dois países. De itinerância internacional, a exposição já havia sido previamente apresentada em Madrid (março de 1979) e em Paris (maio de 1979).

O pintor Coloma-Silva manifestou ao longo da sua vida um grande interesse por Portugal, visitando o país por várias vezes entre 1922 e 1939, a fim de estudar a arquitetura barroca e os azulejos portugueses.

De acordo com algumas fontes, o artista terá participado no «II Salão de Outono», da Sociedade Nacional de Belas-Artes, em 1938 (ainda que o seu nome não conste no catálogo), e pretendera expor individualmente no ano seguinte em Lisboa. Este projeto foi, contudo, adiado, só vindo a concretizar-se após a sua morte, graças à iniciativa conjunta da sua viúva, Florence Coloma-Silva, de Herman Guarderas (antigo ministro encarregado de negócios do Equador em Portugal) e do crítico de arte Luis González Robles, que comissariou a exposição.

A mostra foi muito bem recebida pelo público, como testemunham alguns recortes de imprensa reunidos no processo documental da exposição, em que o evento é mencionado como um «êxito» e «grande sucesso» (Arquivos Gulbenkian, SEM 00019).

Joana Brito, 2015