Arte Chinesa

Exposição itinerante, realizada sob o patrocínio da Delegação da República da China em Portugal, para aprofundamento das relações entre as culturas oriental e ocidental. Integrou obras ilustrativas de técnicas muito variadas, com um largo âmbito cronológico, visando oferecer uma panorâmica da arte e da cultura chinesas.
Travelling exhibition sponsored by the Delegation of the Republic of China in Portugal in an effort to cultivate relations between western and eastern cultures. Held at the Calouste Gulbenkian Foundation, the show offered visitors a glimpse of the art and aesthetic of a foreign culture through a display that spanned several eras and included a great variety of artistic techniques.

Exposição itinerante, inaugurada em Lisboa a 2 de abril de 1971; anteriormente apresentada em Madrid (Museo Arqueológico Nacional e Museo de Arte Contemporáneo), seguiria posteriormente para Bruxelas.

A sua apresentação em Lisboa foi proposta à Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) pelo encarregado de Negócios da Legação da República da China, Benjamin B. Tu, em junho de 1970, tendo contado com o parecer positivo de José Sommer Ribeiro, diretor do Serviço de Exposições e Museografia da FCG, que reconheceu o interesse da mostra «para uma divulgação da cultura chinesa, ainda que fosse necessário selecionar as peças a expor» (Apontamento do Serviço de Belas-Artes, 11 fev. 1971, Arquivos Gulbenkian, SBA 15372).

Panorâmica quanto ao âmbito cronológico (peças produzidas entre o século III a.C. e o século XX) e à variedade de técnicas representadas (pintura, aguarela, gravura, bronzes, cerâmica, objetos em pedra, jade, laca), esta exposição foi organizada de acordo com uma definida «intenção didáctica». O objetivo era dar a conhecer alguns aspetos significativos «de uma arte, de um estilo, de uma cultura com expressão própria e inconfundível» e com a qual o público ocidental estaria pouco familiarizado (Ibid., 1971).

A exposição integrou, assim, obras originais «de muito interesse artístico» e cópias de obras «tidas por indispensáveis a uma correcta explanação cronológica de linhas de força tradicionais» (Arte Chinesa, 1971).

Em texto oficial, cedido pela Legação da República da China e publicado no catálogo, eram ainda enunciadas a vertente diplomática que presidiu à conceção da exposição (sendo referidos os «sentimentos profundos que o governo e o povo chinês tributam aos europeus») e a ambição de que esta iniciativa pudesse «contribuir para um maior estreitamento dos laços cordiais […] existentes» (Ibid., 1971).

Joana Baião, 2015


Ficha Técnica


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

José Sommer Ribeiro (à dir.)
José de Azeredo Perdigão (à esq.)

Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Belas-Artes), Lisboa / SBA 15372

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém correspondência, documentação relacionada com catálogo e convites. 1970 – 1971

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM 00016

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém informações relativamente à elaboração do catálogo, ao envio de obras para Bruxelas e recortes de imprensa. 1971 – 1971

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Comunicação), Lisboa / COM-S001/019-D01860

Coleção fotográfica, p.b.: inauguração (FCG, Lisboa) 1971

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0154-D00459

23 provas, p.b.: aspetos (FCG, Lisboa) 1971


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