Exposição itinerante organizada pela Quadriennale di Roma, organismo italiano criado em 1927, e institucionalizado em 1937, com o propósito de promover a arte contemporânea italiana.

Em maio de 1969, o diretor do Istituto Italiano di Cultura em Portugal, Riccardo Averini, ofereceu à Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) o catálogo intitulado Exposição de Pequenos Bronzes, então apresentada no Musée d’Art Moderne, Paris, sondando o eventual interesse da FCG em promover a apresentação do mesmo certame em Lisboa.

Nesta mostra, que viria a ser apresentada em Lisboa, em março de 1970, depois de passar pelo Cairo e por Teerão (com algumas alterações), foram expostas cerca de 80 obras «de artistas contemporâneos representativos da Escultura actual em Itália, alguns dos quais muito jovens, nascidos nos anos 30, e um, pelo menos, já nos anos 40, sendo dos primeiros anos do século, os mais velhos» (Apontamento do Serviço de Belas-Artes, 4 dez. 1969, Arquivos Gulbenkian, SBA 15368).

A montagem da exposição em Lisboa foi coordenada por Sommer Ribeiro (1924-2006), diretor do Serviço de Exposições e Museografia da FCG, que verificou que, dadas as pequenas dimensões das peças a exibir, «esta exposição poderia montar-se na nave de Exposições Temporárias, sem grandes dispêndios ou dificuldade de adaptação do local. Somente, por questões de segurança, julgamos conveniente que se encare a possibilidade de expor as peças de dimensões mais reduzidas em pequenas vitrines» (Apontamento do Serviço de Belas-Artes, 21 nov. 1969, Arquivos Gulbenkian, SBA 15368).

A mostra foi acompanhada de um Programa de Apoio Cultural, que consistiu na realização de visitas, guiadas por escultores (iniciativa que contou com a participação de António Duarte e de Charters de Almeida), e de um ciclo de palestras, que teve como oradores o escultor Lagoa Henriques, o crítico e historiador de arte José-Augusto França e o diretor do Istituto Italiano di Cultura em Portugal, Riccardo Averini.

Joana Baião, 2015