Passadiço. Marcelo Jácome

Programa Gulbenkian Próximo Futuro. Ciclo «Arte Pública»

Intervenção do artista brasileiro Marcelo Jácome (1980), integrada no ciclo «Arte Pública» organizado no âmbito do Programa Gulbenkian «Próximo Futuro». A convite de António Pinto Ribeiro, coordenador do programa, o artista apresentou uma instalação, com lonas coloridas de várias dimensões, que percorria vários troços do jardim.
Art installation by Brazilian artist Marcelo Jácome (1980) included in the public art exhibitions for the Gulbenkian Next Future Programme. At the invitation of programme director António Pinto Ribeiro, the artist presented an overhead art installation above the walkway in the Gulbenkian Garden.

A convite de António Pinto Ribeiro, programador-geral do Programa Gulbenkian «Próximo Futuro», o artista brasileiro Marcelo Jácome (1980) integrou o grupo de artistas selecionados para o Ciclo «Arte Pública», uma iniciativa que pretendia «proporcionar o confronto dos visitantes habituais e ocasionais dos espaços públicos da Fundação com estas e outras instalações, contribuindo para o debate sobre a intervenção das obras de arte no espaço público» (Próximo Futuro [blogue], jun. 2010). Nos meses de verão ao longo de todas as edições do Programa «Próximo Futuro», e em complemento aos outros eventos programados, foram integradas estruturas artísticas de cariz público e coletivo no espaço do Jardim Gulbenkian.

Criado em 2009, o «Próximo Futuro» foi um projeto temporário programado por António Pinto Ribeiro para três anos, mas que viria a prolongar-se até 2015. O projeto tinha como mote a promoção e divulgação da criação artística de África, América Latina e Caraíbas e apostava na transversalidade do seu programa, com conferências, exposições e espetáculos. Segundo António Pinto Ribeiro, preconizava-se o «direito dos artistas e dos trabalhadores da cultura dos países terceiros a aprender, estudar e apresentar as suas propostas culturais e artísticas aos cidadãos europeus e suas organizações» («Próximo Futuro traz África e América Latina à Gulbenkian», Diário de Notícias, 19 mai. 2010).

O «Próximo Futuro» convidava assim, todos os anos, um artista diferente para, primeiro, pensar no conceito proposto e, posteriormente, realizar a obra, bem como escolher a sua localização no espaço exterior do Jardim. Estas estruturas tinham a forma de abrigo (tenda, cabana, casa-arquivo) ou de rulote. Os abrigos tinham essencialmente a função de acolher o público e os oradores que participavam nas conferências que integravam a programação; as rulotes serviam de apoio aos eventos, nomeadamente para dispensar alimentos.

Ao contrário das outras intervenções de arte pública espalhadas pelo Jardim Gulbenkian, as estruturas identificadas como abrigos foram criadas com uma função específica. Nesse sentido, ao longo de três anos, o «Próximo Futuro» convidou um artista ou um arquiteto para pensar e criar um espaço no Jardim que acolhesse o público e os convidados dos seus vários eventos: ciclos de cinema, peças de teatro, dança, conversas e conferências.

Em 2012, o percurso que acolhia o visitante compreendia o Passadiço, uma intervenção em espaço público idealizada por Marcelo Jácome. O artista selecionou um dos trajetos pedestres existentes no Jardim Gulbenkian e, por meio de uma estrutura metálica, quase impercetível ao olhar, instalou lonas com padrões geométricos, de um colorido muito vibrante, que proporcionavam ao visitante sombreamento e fruição estética.

Ana Lúcia Luz, 2020


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Artistas / Participantes


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Programa Próximo Futuro

2009 – 2015
Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa, Portugal

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