Prémio APOM para o Museu Calouste Gulbenkian
Na cerimónia anual dos Prémios APOM, que se realizou esta sexta-feira dia 29 de outubro no Museu de Marinha em Lisboa, A Idade do Ouro do Mobiliário Francês. Da Oficina ao Palácio foi distinguida na categoria de «Exposição Temporária». Patente entre 6 de março e 28 de setembro de 2020 no Museu Calouste Gulbenkian, esta mostra teve a conservadora do Museu Clara Serra como comissária científica, Mariano Piçarra como responsável pelo projeto museográfico e foi realizada em parceria com a Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.
Partindo de alguns exemplares emblemáticos da coleção do Museu Calouste Gulbenkian, como a secretária-cilindro de Jean-Henri Riesener, a exposição procurava dar destaque ao mobiliário francês do século XVIII, que atingiu, nessa época, um nível de excelência sem precedentes. Generosos empréstimos de outras instituições, nacionais e internacionais, como o Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa e o Musée des Arts Décoratifs em Paris, permitiram consolidar o discurso expositivo da mostra, que pretendia explorar, de forma didática e acessível, as diferentes fases de produção destas peças: desde a matéria-prima, a madeira, ao móvel delicado e exuberante destinado a palácios reais. Ao revelar este exigente e laborioso processo de criação, a exposição também desvendava os segredos por trás da execução destas obras: os artesãos e as oficinas que estiveram na sua origem, os materiais de eleição, as técnicas e as ferramentas que permitiram a sua conceção.
A exposição beneficiou de uma visita 360º, que ainda hoje pode ser vista e que permitiu o acesso virtual do público durante o período de confinamento de 2020 resultante da pandemia causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Uma publicação bilingue, disponível para venda nas lojas da Fundação Calouste Gulbenkian, acompanhou igualmente a mostra, incluindo textos de Clara Serra e Helen Jacobsen, conservadora de artes decorativas francesas do século XVIII da Wallace Collection, Londres.