A exposição de 35 esculturas e gravuras do poeta, pintor e escultor brasileiro Aparício Basílio da Silva (1936-1992), que à altura era também o diretor do Centro de Arte Moderna de São Paulo, foi inaugurada a 20 de setembro de 1984 na Galeria de Exposições Temporárias (piso 0), tendo terminado a 15 de outubro do mesmo ano.

Com o apoio da Embaixada do Brasil em Portugal, os trabalhos expostos mostravam a ambiguidade entre o luxo transmitido pelos materiais prateados e dourados e a mundanidade dos objetos do quotidiano, como montes de jornais.

Tal como os caracteriza Fernando de Azevedo na revista Colóquio/Artes, num pequeno artigo a que soma a crítica da exposição «Mestres do Abstraccionismo Brasileiro», os objetos de Aparício repartem-se «entre uma atitude de humor e a de uma sensualidade matérica» (Azevedo, Colóquio/Artes, n.º 63, dez. 1984, p. 68).

O catálogo da exposição é introduzido por um texto do artista, no qual descreve a sua formação e percurso. Inclui ainda uma biografia cronológica de Aparício, um texto do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade e outro do músico e poeta Vinicius de Moraes, e reproduções de algumas das esculturas e gravuras expostas.

A maior parte dos recortes de imprensa encontrados refere-se à divulgação da exposição. Um ou outro inclui excertos de entrevistas a Aparício, mas replica a informação que consta do catálogo.

Carolina Gouveia Matias, 2017