Exposição de gravura da artista brasileira Renina Katz (1925), organizada conjuntamente pela Embaixada do Brasil em Portugal e pela Fundação Calouste Gulbenkian, através do seu Serviço de Exposições e Museografia.

Esta mostra teve como propósito a divulgação da gravura brasileira contemporânea, através de uma das suas mais experimentadas artistas, tanto em gravura como em litografia, interessando pelo resultado assimétrico das composições.

A seleção das 45 litografias foi realizada pela própria artista, compreendendo algumas séries de trabalhos produzidas durante a década de 1970. Neste conjunto, destacavam-se trabalhos mais recentes, da série Cárceres, inspirados nas arquiteturas reais e fantasiosas dos Cárceres de Invenção, do arquiteto e gravador italiano Giovanni Battista Piranesi.

Nas palavras de José Neistein, prefaciador do catálogo, curador e professor de Filosofia e Estética, a exposição apresentava o amadurecimento da artista relativamente ao processo litográfico: «Renina chegou à sua própria linguagem litográfica. Na superfície de pedra coabitam as qualidades do lápis de cor e suas texturas, superposições cromáticas, opacidade e iluminação, paralelismo de linguagem com a água-forte.» (Renina Katz, 1979)

Filipa Coimbra, 2017