Linha de Maré. Coleção do CAM

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«Linha de Maré» parte da Revolução de 25 de Abril de 1974 para chegar aos dias de hoje, refletindo sobre as revoluções em curso, sobretudo as relacionadas com o planeta.

Organizada em torno de grandes instalações, a exposição define-se pelo ritmo que estas imprimem e pela ligação que estabelecem com outras obras na sua vizinhança.

Estas instalações correspondem, de forma fluida, a um conjunto de ideias que enquadraram a escolha das obras: transgressão (em relação à ditadura portuguesa), manifesto (o primeiro manifesto ecológico artístico português), interioridade (da experiência proposta pela obra), mutação (tecnológica, pós-humana) e evocação (de uma ligação real com o mundo vivo).

A maioria das obras contemporâneas presentes dialoga com uma seleção de obras modernistas, ilustrando a amplitude temporal da coleção do CAM e criando linhas de tensão entre os diferentes períodos que abrange. 

O título da exposição é inspirado numa obra de Hamish Fulton, Tide Line (1994-2005), que dá as boas-vindas ao público ainda antes da entrada da galeria, e evoca a linha onde duas correntes se encontram em alto mar.

A ideia desta confluência orgânica é transversal a todos os títulos, representações, conceitos e emoções que os artistas selecionados trabalharam. Esta ideia poderosa pode também ser utilizada para falar da natureza, da vida interior das pessoas, das fronteiras impostas, da destruição e das revoluções.

O desenho museográfico, concebido pelo atelier Diogo Passarinho, assenta num conceito desenvolvido pela equipa de curadoria do CAM, que pretende transformar o espaço convencional da galeria num lugar orgânico onde a relação com o mundo vivo é resgatada e questionada.

Das cerca de 80 obras expostas, muitas são aquisições recentes nunca antes apresentadas no CAM, por artistas como Mónica de Miranda, Filipa César, Graça Pereira Coutinho e Paulo Nozolino. O artista Gabriel Abrantes apresenta um novo trabalho em vídeo encomendado pelo CAM para esta exposição. Linha de Maré inclui obras em pintura, desenho, filme e vídeo, fotografia, escultura e instalação.

Explore as obras

Ficha técnica

Curadoria

Ana Vasconcelos
Helena de Freitas 
Leonor Nazaré

Desenho Museográfico

Diogo Passarinho Studio

Imagem principal

Mónica de Miranda, still de «Caminho para as estrelas», 2022. CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, inv. 22IM111. © Mónica de Miranda

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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