"Do laboratório herdei a capacidade de imaginar com a pele, de ver com as orelhas, ouvir com os tornozelos e tocar com os olhos: de torcer e revirar tudo aquilo que sabemos sobre o contacto, o relacionar-se e a intimidade. Criar novos mundos, territórios ou modos de existência alternativos e éticos para a era de catástrofes e guerras em que vivemos pode parecer, cada vez mais, uma tarefa impossível (ou, pior, inútil). No solo fértil da fantasia que cultivamos com Rita Natálio e Alina Ruiz Folini — uma fantasia 'sensacional', que está aí por ser descoberta na concretude porosa, rugosa e política dos corpos —, porém, "Imagina!" foi o conjuro mágico de um pensamento que aprendeu a fazer melhor do que pensar."