Factos e acontecimentos artísticos em Portugal de 1900 a 1940

Esta cronologia apresenta, de forma sintética, uma seleção de factos, acontecimentos e personalidades que marcaram a cena artística portuguesa entre 1900 e 1940, para além de fazer referência a alguns eventos e processos históricos do mundo ocidental dessa época que os contextualizam.

1900 – 1909

1900

Exposição Universal de Paris

Aberta com pompa e circunstância no dia 14 de abril, esta exposição teve cerca de 81 mil expositores e contou com mais de 50 milhões de visitantes vindos de todos os continentes. Portugal teve dois pavilhões, o colonial e o das matas, caça e pesca, ambos da autoria do arquiteto Miguel Ventura Terra (1866-1919). O júri do concurso responsável pela escolha da representação portuguesa rejeitou os projetos apresentados pelo arquiteto Raul Lino (1879-1974), preferindo os da autoria de Ventura Terra, desenhados numa linguagem arquitetónica bem mais ao estilo do gosto cosmopolita e eclético da época, inspirado pela parisiense École des Beaux Arts, onde aquele arquiteto fez a sua formação.

Vista panorâmica da Exposição Universal de 1900
Projet d'Instalation Portugaise à l'Exposition Universelle de 1900
1903

Início de publicação da revista “Ilustração portuguesa”

Propriedade de José Joaquim da Silva Graça (1858-1931) – um dos administradores e proprietário do jornal O Século – a revista teve vários diretores e editores, entre os quais os escritores Carlos Malheiro Dias e António Ferro. Ao longo dos anos, a revista contou com as ilustrações de um leque de artistas da primeira geração de modernistas, como Stuart Carvalhais, Jorge Barradas, Mily Possoz, Roberto Nobre, Bernardo Marques e Almada Negreiros.

Illustração portugueza : revista semanal dos acontecimentos da vida portugueza : vida social, vida política, vida artística, vida litteraria, vida mundana, vida sportiva, vida domestica. Lisboa : Empreza d’O Século, [1903-1993]. Biblioteca de Arte. PAP 526; PASC 13; PBB 13; PCIR 40; PRS 561

1903

Início de publicação da revista “Construção moderna”

Dirigida por um grupo de Construtores, com a colaboração de ‘Distinctos Technicos da Especialidade’, foi um periódico de arquitetura, publicado entre 1 de fevereiro de 1900 e 25 de julho de 1919.

A construcção moderna : revista quinzenal illustrada. Lisboa: Imprensa Lucas, 1900-1919. Biblioteca de Arte. PAQT 125

1903

Início de publicação da revista “Burlington magazine for connoisseurs”

Quando em Londres surgiu o número inaugural da revista The Burlington magazine, o século XX dava os primeiros passos, contaminado pela atmosfera artística do fin de siècle, marcada pela agitação, inquietação e experimentação. Foi neste contexto que surgiu na capital britânica, fundada por personalidades como o pintor Roger Fry (1866-1934) e o historiador de arte Bernard Berenson (1865-1959), a revista Burlington magazine for connoisseurs. Afirmando que pretendia contribuir para um maior prazer estético na fruição das obras de arte, contextualizando-as na sua época de criação, dirigia-se a colecionadores e amantes da arte como Calouste Gulbenkian, que a comprou desde o primeiro número.

The Burlington magazine for connoisseurs
1903

Publicação de “The works of John Ruskin”

The works of John Ruskin
1906

Amadeo de Sousa Cardoso parte para Paris

Em 14 de novembro, depois de ser aprovado com distinção nos exames de Desenho na Academia, para onde tinha vindo estudar, Amadeo, então com 19 anos, partiu para Paris. A capital de França era por estes anos o destino obrigatório para os aspirantes a arquitetos e artistas. Instalado numa casa do Boulevard Montparnasse com o apoio paterno, Amadeo convive com outros artistas portugueses, como Manuel Bentes (1885-1961), Emmerico Nunes (1888-1968), Francis Smith (1881-1961) e Eduardo Viana (1881-1967), que também aí vivem e estudam a expensas das bolsas do estado português.

Em casa de Amadeo no Boulevard Montparnasse - Emmerico, Manuel Bentes, Amadeo e Ferraz
Amadeo de Sousa Cardoso
Amadeo numa paródia com os amigos a "Los Borrachos"

Amadeo de Sousa Cardoso na coleção do Centro de Arte Moderna

1906

Picasso pinta “Les Demoiselle d’Avignon”

1907

Inauguração do primeiro pavilhão estrangeiro na Bienal de Veneza

A Bélgica foi o primeiro país a construir um pavilhão na Bienal de Veneza. A iniciativa pertenceu a Fierens-Gevaert, director-geral belga de Belas Artes; Léon Sneyers foi o arquiteto responsável pelo projecto do edifício e da decoração interior.

1908

Regicídio

Em Portugal, o ano começou com graves tensões políticas que levaram à prisão de vários opositores republicanos após uma tentativa de golpe, em 28 de janeiro. No dia 1 de fevereiro, o rei D. Carlos I (1863-1908) e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe (1887-1908), foram alvejados mortalmente no Terreiro do Paço (ou Praça do Comércio), em Lisboa, quando regressavam de Vila Viçosa. Os autores do atentado, Manuel Buíça (1876-1908) e Alfredo Costa (1873-1908), com ligações ao movimento da Carbonária, foram capturados e abatidos no local. A sucessão ao trono foi assegurada pelo filho mais novo de D. Carlos e de D. Amélia de Orleães, aclamado como D. Manuel II (1889-1932), rei de Portugal, no dia 6 de maio.

1909

Publicação de “Manifesto futurista” de F. T. Marinetti

Manifeste du Futurisme
1909

Formação da companhia Ballets Russes

1910 – 1919

1910

Publicação de “Manifesto dos pintores futuristas” de Boccioni, Carrá, Russolo, Balla e Severini

 

Manifeste du peintres futuristes

 

1910

Implantação da República em Portugal

O progressivo agravamento do panorama político e governativo desde 1908, acabou por levar à proclamação da República, no dia 5 de outubro. Chegava ao fim a monarquia vigente desde 1143. O rei deposto, D. Manuel II, seguiu com a família real para o exílio, em Inglaterra. Um governo provisório dirigiu o país até à aprovação, em agosto de 1911, de uma nova Constituição que deu início à Primeira República. O novo regime substituiu os símbolos nacionais: o hino nacional – que passou a ser “A Portuguesa” – a bandeira e a moeda.

1911

Publicação do livro “Do espiritual na arte” = “Über das Geistige in der Kunst” de W. Kandinsky

1911

Criação do Museu Nacional de Arte Contemporânea

A criação do Museu Nacional de Arte Contemporânea, pelo Decreto-Lei de 26 de maio de 1911, inseriu-se num contexto de ação mais vasto do regime republicano, de uma rede museológica nacional articulada, de modo a dotar o país dos instrumentos necessários à salvaguarda e divulgação da arte e do património. Nascido da divisão do antigo Museu Nacional de Belas-Artes, o Museu Nacional de Arte Contemporânea ficou instalado, a título provisório, no extinto Convento de São Francisco, Lisboa, onde já estavam a Academia Nacional de Belas-Artes e a Biblioteca Pública (futuramente nacional). Com um acervo focado na produção artística posterior a 1850, composto por obras dos nomes mais significativos do Romantismo e do Naturalismo, teve como primeiro diretor o pintor Carlos Reis.

1911

Diogo de Macedo parte para Paris

Nascido em 22 de novembro de 1889, Diogo de Macedo concluiu o curso na Academia Portuense de Belas Artes e logo a seguir partiu para Paris, à semelhança de outros artistas portugueses que lá faziam os seus estudos artísticos, como Amadeo de Sousa Cardoso e Emmerico Nunes, por exemplo. Nesta primeira estadia, frequentou as Academias de Montparnasse, nomeadamente a Académie de la Grande Chaumière, e trabalhou no ateliê do escultor Antoine Bourdelle (1861-1929).

Diogo de Macedo na coleção do Centro de Arte Moderna

1911

Exposição “livre” no Salão Bobone (Lisboa)

Capa de Exposição dos pintores Francisco Smith, [...]
1912

I Exposição dos Humoristas (Lisboa)

Capa de Salão dos humoristas portuguêses
1912

Publicação do álbum “XX dessins” de Amadeo de Sousa Cardoso

XX dessins
1912

Publicação de “Manifesto técnico da escultura futurista” de Boccioni

1912

Publicação de “Manifesto técnico da literatura futurista” de F. T. Marinetti

Manifeste téchnique de la littérature futuriste
1912

Publicação de “I poeti futuristi”

Capa de I poeti futuristi
1913

II Exposição dos Humoristas (Lisboa)

Capa de Salão dos humoristas portuguêses
1913

Primeira exposição de Almada Negreiros

Capa de Catálogo, exposição de caricaturas [...]

Almada Negreiros na coleção do Centro de Arte Moderna

1913

Armory Show – International Exhibition of Modern Art, Nova Iorque

Amadeo de Sousa Cardoso foi um dos artistas europeus que a organização do Armory Show, a primeira exposição de arte de vanguarda realizada nos Estados Unidos, convidou para apresentar as suas obras. A par de Picasso, Matisse e Marcel Duchamp, entre outros, as 8 obras de Amadeo estiveram expostas na “sala cubista” e 7 delas foram vendidas a colecionadores americanos.

Carta para Amadeo relativa ao Armory Show
Carta para Amadeo relativa ao Armory Show
1913

Publicação de “L’antitradition futuriste : manifeste=synthèse” de Apollinaire

L'antitradition futuriste : manifeste=synthèse
1913

Publicação de “L’art des bruits : manifeste futuriste” de Russolo

L'art des bruits : manifeste futuriste
1913

Publicação de “Les peintres cubistes : médiations esthétiques” de Apollinaire

Les peintres cubistes : médiations esthétiques / Guillaume Apollinaire. 5ème édition. Paris : Eugène Figuière, 1913. Biblioteca de Arte. AP 9160

1914

Início da I Guerra Mundial com a invasão da Sérvia pelos exércitos do império austro-húngaro em 28 de junho

1914

Publicação de “La splendeur géometrique et mécanique et la sensibilité numérique” de F. T. Marinetti

La splendeur géometrique et mécanique et la sensibilité numérique
1914

A entrada da França na I Guerra levou ao regresso a Portugal de Amadeo, Santa-Rita, José Pacheko, Armando Basto e Diogo de Macedo

1914

O pintor Columbano Bordalo Pinheiro assume a direção do Museu Nacional de Arte Contemporânea

Durante os anos em que se manteve como diretor (1914-1927), não houve alteração nas orientações programáticas iniciais do Museu Nacional de Arte Contemporânea. Embora este período tenha coincidido com a “Exposição dos Livres” (1911), as exposições dos humoristas (1912 e 1913) e as manifestações dos grupos do “Orpheu” e da “Contemporânea”, excluídas do acervo do Museu Nacional de Arte Contemporânea ficaram as obras de artistas da primeira geração do modernismo – excepção feita a um óleo de Eduardo Viana, adquirido em 1913 – o que levou José Pacheko, em 1925, a reclamar o encerramento do museu. Sob a direção de Columbano realizaram-se trabalhos de melhoramento e ampliação, acrescentando-se mais algumas salas, que passaram a ser 5 grandes e 3 de menor dimensão, uma delas dedicada à escultura.

Columbano Bordalo Pinheiro na coleção do Centro de Arte Moderna

1915

I Exposição dos Humoristas (Porto)

Capa de Salão dos humoristas : catálogo
1915

Publicação de “Orpheu : revista trimestral de literatura”

Capa de Orpheu : revista trimestral de literatura
1915

Publicação de “Manifesto anti-Dantas” de Almada Negreiros

Manifesto anti-Dantas e por extenso / por José de Almada-Negreiros poeta d’Orpheu futurista e tudo. [Lisboa] : José de Almada-Negreiros, [1915]. Biblioteca de Arte. LT 6603

1915

Eduardo Viana regressa de Paris

1915

Sonia e Robert Delaunay em Portugal

1915

Publicação de “Manifesto suprematista” de Kazimir Malevitch

1916

Portugal entra na I Guerra Mundial

Portugal entrou oficialmente na I Guerra Mundial a 9 de março, ao lado dos países aliados – Reino Unido, França, Rússia – e após a declaração de guerra da Alemanha, embora já combatesse em África desde 1914. Sob um governo de “União Sagrada”, liderado por António José de Almeida, Norton de Matos, ministro da Guerra, preparou em nove meses o Corpo Expedicionário Português (conhecido como o “milagre de Tancos”), para ir combater na Flandres (França) e nas expedições militares enviadas para Angola e Moçambique. A participação nacional no conflito ficou marcada pela pesada derrota sofrida na batalha de La Lys (Flandres) em abril de 1918.

1916

Publicação do catálogo de apresentação de Amadeo de Sousa Cardoso, edição do próprio

Capa de Amadeo de Souza Cardoso : 12 reproductions
1916

Amadeo de Sousa Cardoso expõe em Lisboa e no Porto

Capa de Exposição de pintura [de] Amadeo de Souza Cardoso
Capa de Exposição de pintura [de] Amadeo de Souza Cardoso
1916

Movimento Dada em Zurique

1916

José Pacheko abre uma Galeria das Artes

1917

As primeiras páginas dos jornais de Lisboa dividiam-se entre as notícias sobre a frente de batalha, a revolução dos sovietes na Rússia e a agitada situação interna, com especial destaque, em dezembro, para o golpe de estado militar que colocou Sidónio Pais no poder. Em abril, mereceu também espaço a controversa sessão da “I Conferência Futurista”, realizada por Almada Negreiros no Teatro República (atual São Luís). No campo das artes e das letras a segunda década do século XX foi, em Portugal, um tempo de inquietações e ruturas estéticas, protagonizado por uma nova geração de artistas – alguns, como Amadeo e Santa-Rita, regressados de Paris por causa da guerra – que rompeu com o gosto dominante, preso ainda a um naturalismo ultrapassado.

1917

Sessão futurista realizada por Almada Negreiros no Teatro República (Lisboa)

1917

Publicação de “K4, o quadrado azul” de Almada Negreiros e Amadeo de Sousa Cardoso

Capa de K4, o quadrado azul : poesia terminus : diz-se aqui o segredo do genio intransmissível
Capa de K4, o quadrado azul : poesia terminus : diz-se aqui o segredo do genio intransmissível
1917

Publicação de “Portugal futurista”

Capa de Portugal futurista : publicação eventual
Capa de Portugal futurista : publicação eventual
1917

Companhia Ballets Russes atua em Lisboa no final do ano

Em novembro, o primeiro e único número da revista Portugal futurista, publicou um inflamado texto-manifesto onde o autor, Almada Negreiros (embora assinado também por José Pacheko e Ruy Coelho), anunciava entusiasticamente: “OS BAILADOS RUSSOS estão em Lisboa! Isto quer dizer: Uma das mais bellas étapes da civilização da Europa moderna está na nossa terra!”, e exortava vigorosamente: “Aproveita, portanto, Portuguez! Vae ver os BAILADOS RUSSOS.”

Dos espetáculos no Coliseu – os Ballets Russes estiveram em Lisboa até final de março de 1918 e apresentaram-se depois no Teatro São Carlos – guarda-se no acervo da Biblioteca de Arte este exemplar do “Programa especial extraordinário. O que o torna “especial” são as ilustrações e a composição gráfica da contracapa, da autoria de Jorge Barradas (1894-1971), um dos modernistas “da primeira geração”, e um dos principais ilustradores destes anos, tendo contribuído para a renovação do desenho e do grafismo, com as ilustrações em várias publicações. Para ilustrar este “programa especial”, inspirado certamente pelos sumptuosos e coloridos cenários e figurinos criados por Léon Bakst para os bailados “orientais”, Barradas desenhou uma figura masculina, de vestes amplas e de cores fortes, turbante e grande sabre, numa composição graficamente criativa e original que, curiosamente, fazia publicidade não aos Ballets russos, mas às bolachas da fábrica “Nacional”.

Os bailados russos em Lisboa
Capa de Bailes russos : programa especial extraordinário : argumentos, distribuição de personagens
Capa de Bailes russos : programa especial extraordinário : argumentos, distribuição de personagens
1917

Início da publicação da revista “De Stijl”

1917

Na Rússia, um movimento revolucionário termina com o regime monárquico da dinastia Romanov

1918

Morte de Amadeo de Sousa Cardoso

A I Guerra Mundial estava prestes a finalizar, e em Manhufe Amadeo de Sousa Cardoso planeava o seu regresso a Paris logo que fosse possível. A sua vida foi, contudo, brusca e tragicamente interrompida em 25 de outubro, quando faleceu em Espinho, com apenas 30 anos, vitimado pela “pneumónica” ou “gripe espanhola”, como foi designada entre nós. Esta devastadora pandemia, que durou entre janeiro de 1918 e dezembro de 1920, infetou cerca de um quarto da população mundial e vitimou entre 17 e 50 milhões de pessoas.

1918

Morte de Santa-Rita Pintor

1918

Projeto do Cinema Tivoli (Lisboa) por Raul Lino

No final da década de 1910, surgem em Lisboa novos equipamentos ligados ao lazer, como o Cineteatro Tivoli, projeto de 1918 do arquiteto Raul Lino (1879-1974), inaugurado em 1924 na Avenida da Liberdade. Construído quando se afirmava na arquitetura a linguagem formal do Movimento Moderno, Raul Lino adotou neste projeto um traçado onde predomina uma estética de influência clássica, prolongada nas soluções decorativas dos diversos espaços do interior. A planta revela um ajuste perfeito ao enquadramento urbano, tirando partido da sua posição de gaveto através de um corpo cilíndrico, com uma cobertura em forma de cúpula, com um pequeno zimbório. Considerada a melhor sala de espetáculos da capital, originou a expressão “ir ao Tivoli” que cedo se tornou sinónimo de prestígio para a elite lisboeta.

Cinema Tivoli : alçado
Cinema Tivoli : alçado
Cinema Tivoli : alçado
Cinema Tivoli : corte
1918

Fim da I Guerra Mundial

1918

Almada Negreiros parte para Paris

1918

Publicação de “A nossa casa” do arquiteto Raul Lino

Entre 1918 e 1923 publicaram-se 4 edições do livro A nossa casa: apontamentos sobre a construção das casas simples. Este “livrinho” como lhe chamou o seu autor, o arquiteto Raul Lino, pode ser enquadrado entre os numerosos títulos que se vinham publicando desde meados do século XIX, tanto na Europa como nos Estados Unidos, sobre arquitetura doméstica e construção de casas unifamiliares.

Capa de A nossa casa : apontamentos sobre o bom gôsto na construção das casas simples
Capa de A nossa casa : apontamentos sobre o bom gôsto na construção das casas simples
1919

Eduardo Viana pinta “O homem das louças”

1920 – 1929

1920

III Exposição dos Humoristas (Lisboa)

Primeira página de Grupo de humoristas portugueses, 3.ª exposição Junho de 1920 : regulamento da exposição
1920

Início da publicação da revista “ABC”

Revista portuguesa onde colaboraram Jorge Barradas, Stuart Carvalhais, Emmerico Nunes, entre outros.

ABC, revista portuguesa / dir. Rocha Martins ; ed. Fausto Villar. Lisboa : ABC, 1920-1940. Biblioteca de Arte. PACL 249; PBB 187

1920

Início da publicação da revista “L’esprit nouveau”

1920

Publicação na revista “De Stijl” do ensaio “O neoplasticismo na arte pictoral” de Mondrian

Piet Mondrian : a portfolio of 10 paintings / with an essay by Piet Mondrian ; introduction by Harry Holtzman. New Haven, Conn. : Ives-Sillman, 1967. Exemplar n.º 30/150. Biblioteca de Arte. E-P 152

1920

Publicação na revista berlinense “Tribune des Kunst und der Zeit” do ensaio “Confissão criativa” de Paul Klee

Paul Klee : catalogue raisonné / edited by The Paul Klee Foundation, Museum of Fine Arts, Berne ; concept of the catalogue Marianne Burki… [et al.]. London : Thames and Hudson, 1998-2000. 9 volumes. Biblioteca de Arte. P 5598-5598h

1920

Almada Negreiros regressa de Paris

1921

Diogo de Macedo volta a viver em Paris

1921

Publicação de “Leviana” de António Ferro, com desenhos de António Soares

Capa de Leviana : novela em fragmentos

António Soares na coleção do Centro de Arte Moderna

1921

Diogo de Macedo prepara álbum de desenhos

1921

Cristiano Cruz parte para África

1921

Os “Novos” tentam dominar a Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)

1922

Início da publicação da revista “Contemporânea”

Contemporanea : grande revista mensal / dir. José Pacheco ; editor Agostinho Fernandes. [S.l. : s.n., 1915-1926]. Biblioteca de Arte. PACL 268; PAP 483; PBB 41; PRS 44

1923

Exposição dos 5 Independentes – Alfredo Migueis, Diogo de Macedo, Dórdio Gomes, Francisco Franco, Henrique Franco

Capa de 5 independentes : exposição de pintura, esculptura, gravura, desenho
1923

Livros queimados por ordem do Governo Civil de Lisboa

A escritora e poetisa modernista Judite Teixeira (1873-1959) publica o livro de poemas Decadência, que é objeto de acesa polémica e ataques conservadores, sendo queimado por ordem do Governo Civil de Lisboa, juntamente com o livro Sodoma divinisada, de Raul Leal e o livro Canções de António Boto, sob a acusação de serem “imorais”.

Decadencia : poemas / por Judith Teixeira. 2.ª edição. Lisboa : Libanio da Silva, 1923. Biblioteca de Arte. BB 12520

Sodoma divinisada / por Ravl Leal. Lisboa : Olisipo, 1923. Biblioteca de Arte. BB 23617

Canções / Antonio Botto. 2.ª edição. Lisboa : “Olisipo”, 1922. Biblioteca de Arte. AP 5849

1923

Publicação de “Vers une architecture” de Le Corbusier

1924

Publicação de “Manifeste du Surréalisme” de André Breton

Manifeste du Surréalisme : poisson soluble / André Breton. Paris : Kra, imp. 1929. Biblioteca de Arte. BB 21277

1924

“Des possibilites de la peinture”, conferência de Juan Gris publicada meses depois na revista “Transatlantic review”

1924

IV Exposição dos Humoristas

1924

Primeira exposição de Mário Eloy

Capa de Exposição de pintura de Alberto Cardoso e Mário Eloy

Mário Eloy na coleção do Centro de Arte Moderna

1924

Publicação na revista “Athena” do texto “Estética não aristotélica” de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

Athena : revista de Arte / prop. Sociedade Editora Athena ; dir. Fernando Pessoa, Ruy Vazmagem. Lisboa : Imprensa Libânio da Silva, 1924-1925. Biblioteca de Arte. PACL 220; PAP 388; PBB 183; PRS 162

1924

Fred Kradolfer em Portugal

1925

Exposition internationale des arts décoratifs et industriels modernes, Paris

1925

I Salão de Outono (Lisboa)

Capa de 1.º Salão d'Outono : exposição d'arte
1925

Projeto do Cineteatro Capitólio (Lisboa) por Luís Cristino da Silva

Contemporâneo do Tivoli, mas situado no outro lado da Avenida da Liberdade, no Parque Mayer, o Cineteatro Capitólio, inaugurado em 1931 (projeto de 1925), é da autoria do arquiteto Luís Cristino da Silva (1896-1976), recém-chegado de Paris onde realizou parte da sua formação. Edifício de “estilo modernista”, como o apelidou a imprensa da altura, o Capitólio apresentava no seu projeto original uma ampla sala de 20 metros de vão, preparada para a representação de peças e para a projeção de filmes, encimada por um terraço para a projeção ao ar livre e que funcionava igualmente como esplanada. Nas fachadas laterais, com um jogo de linhas verticais e horizontais, predominavam grandes aberturas envidraçadas. Na estrutura vertical foi utilizada a alvenaria de blocos de betão e a ligação com o piso superior fazia-se por passadeiras rolantes, dispositivo mecânico totalmente inédito na capital.

Cineteatro Capitólio : perspetiva da sala a partir do palco
1925

Exposição Nova Objetividade = Die Neue Sachlichkeit no Kunsthalle Mannheim

1925

Decoração do café “A Brasileira” (Lisboa)

O Café “A Brasileira”, no Chiado, recebe para decorar o espaço, um conjunto de pinturas de Almada Negreiros, António Soares, Bernardo Marques, Eduardo Viana, Jorge Barradas, José Pacheko e Stuart Carvalhais.

Fundado em 1905, o café “A Brasileira”, localizado na mundana rua Garrett, entre a Baixa Pombalina e o Bairro Alto, cedo se tornou num dos mais frequentados da zona, escolhido por intelectuais, escritores e artistas para local dos seus encontros e tertúlias. Em 1925, por ação de José Pacheko (1885-1934) – arquiteto, pintor, colaborador da revista Orpheu e diretor da Contemporânea – as suas paredes foram decoradas por um conjunto de onze telas de sete pintores da sua geração por si escolhidos: Eduardo Viana (duas), António Soares (duas), Jorge Barradas (duas), Bernardo Marques, Stuart Carvalhais, Almada Negreiros (duas) e o próprio Pacheko. Com tema livre, cada um pintou a seu gosto e, apesar da crítica feroz de alguma opinião pública lisboeta que as apelidou de “telas tolas”, “A Brasileira” do Chiado transformou-se no museu de pintura moderna que Lisboa não tinha.

Cena com figura inspirada numa obra de Marcel Duchamp, por António Palolo, 1971
Café A Brasileira do Chiado : montagem da colecção de pintura – parede lateral
Painel do fundo, por Noronha da Costa, 1971. Relógio de parede por Aurélio Romero (Lisboa)
Cena de figura inspirada numa obra de Marcel Duchamp, por António Palolo, 1917. . Painel do fundo, por Noronha da Costa, 1971

Reportagem sobre a montagem da colecção de pintura no Café A Brasileira do Chiado, 1971 / José Luís Madeira. 26 de Junho de 1971. 55 negativos em acetato de celulose em tira : p&b, 24 x 36 mm. Biblioteca de Arte. CFT177

1925

Almada escreve “Nome de guerra”

1925

Exposição póstuma de Amadeo de Sousa Cardoso (Paris)

Retrospective de l’oeuvre de Amadeo de Souza Cardoso. [Paris] : Galerie Briant Robert, [1925]. Biblioteca de Arte. AHP 4378; ASC 207

1925

Eduardo Viana parte para Paris

1925

Início da publicação da revista “Europa”

De vida efémera – teve apenas três números – a revista Europa é a única deste período, entre nós, a ter na direção uma mulher, a escritora e poetisa Judith Teixeira (1880-1959).

Europa : magazine mensal. Lisboa : Tipografia de “O Sport de Lisboa”, 1925. Biblioteca de Arte. PACL 251; PBB 691

1926

Publicação do livro de poemas “Nua” de Judite Teixeira

Núa : poemas de bysâncio / por Judith Teixeira. 1.ª edição. Lisboa : J. Rodrigues, 1926. Biblioteca de Arte. BB 12515

1926

II Salão de Outono (Lisboa)

Capa de II Salão d'Outono
1926

Salão dos Humoristas (Porto)

Capa de Salão dos humoristas : catalogo
1926

Publicação do livro “Point Ligne Plan” de W. Kandisky

1926

Golpe de estado de 28 de maio e instauração da ditadura militar em Portugal

Em 28 de maio de 1926, a Primeira República foi derrubada por um golpe militar. Iniciava-se um período de ditadura que durou até à aprovação da Constituição de 1933, na qual se formalizaram os princípios do Estado Novo que teve em António de Oliveira Salazar (1889-1970) sua figura central. Convidado em 1928 para Ministro das Finanças, assumindo logo de seguida a pasta das Colónias, em 1932, Salazar foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros e tornou-se no principal mentor do regime político autoritário, conservador, nacionalista, corporativista e colonialista, que governou o país até ao 25 de abril de 1974.

1926

Abel Manta, Diogo de Macedo, Dórdio Gomes e Francisco Franco regressam de Paris

1926

Publicação da obra “A epopeia do trabalho” de Ferreira de Castro, com desenhos de Roberto Nobre

Capa de A epopeia do trabalho

Roberto Nobre na coleção do Centro de Arte Moderna

1926

Início da publicação das revistas “Ilustração moderna” e “Ilustração”

Ilustração moderna : publicação mensal. Porto : [s.n.], 1926-[1932]. Biblioteca de Arte. PACL 17; PAP 524; PRS 78

Ilustração. Lisboa : Aillaud, 1926-1951. Quinzenal. Biblioteca de Arte. PACL 238; PASC 19; PBB 5; PRS 152

1927

Projeto do Instituto Superior Técnico (Lisboa) por Porfírio Pardal Monteiro

Instituto Superior Técnico
Instituto Superior Técnico
Instituto Superior Técnico
Instituto Superior Técnico
1927

Projeto do Pavilhão do Rádio, Instituto Português de Oncologia (Lisboa) por Carlos Ramos

Instituto de Oncologia – Radio
Instituto de Oncologia – Radio
Instituto de Oncologia – Radio
Instituto de Oncologia – Radio
1927

Almada Negreiros parte para Madrid

Em Madrid, Almada Negreiros realiza ilustrações para diversas obras literárias de autores espanhóis.

Amo a una actriz : comedia en tres actos / Ladislao Fodor ; traducción de Enrique de Rosas; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1929. Biblioteca de Arte. BB 24497; T 507

Cuento de aldea : comedia en tres actos, el tercero dividido en dos cuadros, en verso, original / Luís Fernández Ardavín ; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1929. Biblioteca de Arte. BB 24496; T 491

Cuento de hadas : comédia en tres actos y un prólogo / Honório Maura ; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1929. Biblioteca de Arte. T 515; T 515.2

El burlador de Sevilla : poema escénico en tres actos / Francisco Villaespesa ; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1928. Biblioteca de Arte. T 499

Los claveles / Luis Fernandez de Sevilla y Anselmo C. Carreno ; dibujos de Almada. Madrid: La Farsa, 1929. Biblioteca de Arte. T 488

Maldita sea mi cara! : farsa comica en tres actos / Magda Donato y António Paso ; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1929. Biblioteca de Arte. T 504; T 504.2

Más que Paulino! / Emilio González del Castillo y Manuel Marti Alonso ; ilustraciones de Almada. Madrid : La Farsa, 1928. Biblioteca de Arte. BB 29425; T 503

Mi hermana Genoveva : comedia en tres actos / Berr Y Verneuil en colaboracion con J. J. Cadenas y E. F. Gutierrez-Roig ; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1928. Biblioteca de Arte. BB 27760; T 497

Napoleon en la luna : farsa comica en tres actos / Antonio Navarro y Emilio Saez ; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1929. Biblioteca de Arte. T 514

Pepa Doncel : comedia en tres actos y dos cuadros / Jacinto Benavente ; dibujos de Almada. Madrid: La Farsa, 1929. Biblioteca de Arte. BB 24491; T 505; T 505.2

Raquel : comedia en tres actos ; El náufrago / Honorio Maura ; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1928. Biblioteca de Arte. T 513

Sixto sexto : a propósito cómico en tres actos / Antonio Paso… [et al.] ; dibujos de Almada. Madrid : La Farsa, 1929. Biblioteca de Arte. T 495

1927

Mário Eloy viaja para Paris e Berlim

1927

Início da publicação da revista “Arquitectura”

Arquitectura : revista mensal. Lisboa : [s.n.], 1927-    . Biblioteca de Arte. PAQT 7; PBB 536; PJAF 58

1928

Fundação dos CIAM – Congressos Internacionais da Arquitetura Moderna = Congrès internationaux d’architecture moderne, Suíça

1928

António Soares pinta “Natacha”

1928

Início da publicação da revista “Civilização”

Civilização : grande magazine mensal. Porto : Américo Fraga Lamares, 1928 -1937. Biblioteca de Arte. PACL 248; PBB 7

1928

Inauguração da Estação Ferroviária do Cais do Sodré (Lisboa) – projeto de Porfírio Pardal Monteiro

Fachada
Inauguração pelo Presidente Carmona, 18 de agosto de 1928
Hall e bilheteiras
1929

Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque

1929

Inauguração do Museum of Modern Art, Nova Iorque

1929

Morte de Columbano Bordalo Pinheiro

1929

O pintor Adriano Sousa Lopes assume a direção do Museu Nacional de Arte Contemporânea

1929

Maria Helena Vieira da Silva parte para Paris

1929

Conclusão da Villa Savoye (Possy) – projeto de Le Corbusier

1930 – 1939

1930

I Salão dos Independentes (Lisboa)

Realizado na Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa), neste I Salão participaram 20 pintores, 10 escultores, 10 arquitetos, 21 desenhadores/gravadores, 7 decoradores, num total de 312 obras expostas. No “Manifesto” que a acompanhou, escrito por António Pedro, podia ler-se que esta era “uma exposição de conjunto da Arte moderna em Portugal, nas suas duas formas: a plástica e a sónica, a dos olhos e a dos ouvidos”. O catálogo, “ilustrado com desenhos e comentários dos artistas e dos escritores modernistas” continha ainda “uma breve resenha do Movimento Moderno” português. Paralelamente à exposição realizaram-se 3 conferências, de António Pedro, João Osório de Castro e de João Gaspar Simões, e foi publicado um “Cancioneiro”. Entre os 49 artistas referidos no catálogo, apenas se contavam 5 mulheres: Sarah Affonso, Maria Clementina Carneiro de Moura, Maria Helena Vieira da Silva, Ofélia Marques e Mily Possoz.

Capa do Catálogo do I Salão dos Independentes
Recorte de imprensa periódica nacional : notícia sobre o I Salão dos Independentes
1930

Apresentação do “Estudo para o prolongamento da Avenida da Liberdade através do Parque Eduardo VII” por Luís Cristino da Silva

Um dos mais paradigmáticos projetos urbanísticos para Lisboa na primeira metade do século XX foi o do prolongamento da Avenida da Liberdade para além da rotunda do Marquês. Como no final da década de 1920 o Parque Eduardo VII continuava sem conclusão, o jovem arquiteto Luís Cristino da Silva (1896-1976) quis convencer as autoridades municipais a avançar com a hipótese de desenvolvimento da capital para norte, através dos terrenos do Parque, concebendo o seu próprio programa urbanístico, apresentado publicamente no I Salão dos Independentes, exposição realizada na Sociedade Nacional de Belas Artes, em maio.

Amplamente comentado com entusiasmo pela imprensa da capital, o projeto de Cristino da Silva foi considerado como sendo a continuidade natural da Avenida, permitindo facilitar diversas ligações viárias da cidade e conferindo-lhe o carácter monumental que se desejava. O prolongamento da Avenida tornar-se-ia uma espécie de obsessão para Cristino da Silva que, até 1961, foi elaborando novas versões do mesmo projeto (1932-36; 1938; 1943) sem que nenhuma delas tivesse conhecido melhor sorte do que as anteriores.

Perspetiva
1930

Publicação de “14, cité Falguière” de Diogo de Macedo

14, cité Falguière / Diogo de Macedo. [Lisboa] : Seara Nova, 1930. Biblioteca de Arte. BB 29915; P 297; P 297.2

1930

Início da publicação da revista “Art concret”

1930

Projeto do Cineteatro Éden (Lisboa) por Cassiano Branco

Escadaria
1930

Morte de António Carneiro

1930

Morte de Vladimir Maïakovski

1931

II Salão dos Independentes (Lisboa)

Capa de 2.º Salão dos Independentes
1931

Exposição Colonial Internacional de Paris

Pavilhão de Portugal da autoria de Raul Lino.

Exposição Colonial Internacional de Paris : alçado

A Exposição Colonial de Paris / Raul Lino ; Bernardo Marques. Ilustração. Lisboa. 136 (agosto 1931) 21-24. Biblioteca de Arte. PACL 238; PASC 19; PBB 5; PRS 152

Exposição Colonial Portuguesa em Paris / [Fred Kradolfer]. [1931]. 1 cartaz. Biblioteca de Arte. DM 223/1

1931

Morte de José Tagarro

1931

Início do projeto de remodelação da Loja das Meias (Lisboa) por Raul Lino

Projeto de remodelação […], Loja das Meias : pormenor
Projeto de remodelação […], Loja das Meias : pormenor
1931

Em Portugal, em vários pontos do país, verificam-se movimentos de oposição à ditadura, com distúrbios nas ruas

1931

Inauguração do Whitney Museum of American Art (Nova Iorque)

1932

Almada Negreiros regressa de Madrid

1932

Mário Eloy regressa de Berlim

1932

F. T. Marinetti passa por Lisboa

1932

I Salão de Inverno (Lisboa)

Capa de Salão de Inverno
1932

Primeira exposição individual de Carlos Botelho

1932

Reforma do ensino artístico em Portugal

A reforma do ensino das artes plásticas em Portugal iniciou-se em 1931, com a aprovação do regulamento do ensino artístico pelo Decreto n.º 19760. Em 1932, o Decreto n.º 21662 “aprova e manda pôr em execução o regulamento do ensino artístico, a ministrar nas escolas de belas artes” de Lisboa e do Porto.

1932

I Salão de Arte Fotográfica (Lisboa)

Capa de I Salão nacional de arte fotográfica
1932

Bauhaus em Dessau encerrada por resolução da Câmara Municipal

1933

Criação do Secretariado de Propaganda Nacional dirigido por António Ferro

1933

Inauguração da Galeria UP (Lisboa)

A Galeria UP – “lê-se u pê e quer dizer exatamente ARQUITETURA DECORAÇÃO GALERIA DE ARTE TIPOGRAFIA PUBLICIDADE” – foi a primeira galeria de arte com atividade comercial em Lisboa e teve entre os seus sócios fundadores António Pedro e Thomaz de Melo (Tom). Abriu portas em 1933 com uma exposição coletiva de, entre outros, Abel Botelho, Abel Manta, Almada Negreiros, Bernardo Marques, Clementina Carneiro de Moura, Diogo de Macedo, Hein Semke, Jorge Barradas, Mário Eloy, Ofélia Marques, Sara Afonso e Ruy Gameiro. Manteve-se em atividade até 1936 e realizou diversas exposições individuais, entre as quais se conta a primeira exposição em Lisboa de Maria Helena Vieira da Silva (1935). Para além de galeria, era também livraria e tipografia, tendo publicado a UP: revista de vulgarização e cultura do bom gosto, que teve apenas dois números, o primeiro publicado no natal de 1933, com capa de Almada Negreiros. O projeto da loja e da galeria teve a autoria do arquiteto Jorge Segurado.

Galeria UP - Galeria de arte, Livraria, Tipografia, Decoração, Publicidade, Tabacaria
Primeira exposição de Thomaz de Mello, abril de 1933, Galeria UP
1933

Primeiro concurso para o monumento ao Infante D. Henrique em Sagres

Data de 1933 a abertura do primeiro concurso promovido pelo Estado Novo para o projeto que melhor representasse a epopeia dos descobrimentos e o seu mentor histórico, o infante D. Henrique, a construir em Sagres, local onde a mítica escola do infante teria existido. Até 1956, sucederam-se os concursos sem que nenhum dos projetos vencedores viesse a ser alguma vez construído. Todas as edições conheceram larga adesão dos principais arquitetos portugueses da época e nelas participaram também equipas estrangeiras. O primeiro concurso foi ganho em 1936 pelos arquitetos Rebelo de Andrade com o escultor Ruy Gameiro, mas foi anulado e, em 1938, em nova edição, o prémio foi para o projeto do arquiteto Carlos Ramos, com o escultor Leopoldo de Almeida e o pintor Almada Negreiros. Uma vez mais o concurso não teve consequências práticas e, em 1954, foi lançado um novo no âmbito das comemorações henriquinas, cujo primeiro prémio foi ganho, em 1956, pelo projeto do arquiteto João Andresen com o escultor Barata Feyo e o pintor Júlio Resende. 

Projeto de monumento ao Infante D. Henrique, Sagres : esquema de visibilidade do monumento

Memória sobre o ante-projecto para o monumento, […], ao Infante Dom Henrique / José de Montemar. São Sebastião do Rio de Janeiro : [s.n.], 1933. Biblioteca de Arte. RS 9494; RS 9494.2; RS 9494.3

Memória descritiva e justificativa do projecto apresentado pelo arquitecto José Cortez […] para o monumento a erguer em Sagres ao Infante D. Henrique. Lisboa : [s.n.], 1935. Biblioteca de Arte. AAT 66; AAT 66.2; AP 10110; BB 13987; RS 3083

Concurso para o monumento ao Infante D. Henrique a construir no promontório de Sagres : 1.º prémio – Arquitecto Carlos Ramos. Revista oficial do Sindicato Nacional dos Arquitectos. Lisboa. 2 (março 1938) 49-55. Biblioteca de Arte. PAQT 133; PRS 68

1933

Morte de José Malhoa

Criação do Museu José Malhoa e inauguração em abril de 1934.

1933

Realização do filme “A canção de Lisboa” por Cottinelli Telmo

1933

Aprovação da Constituição da República Portuguesa que instaura o Estado Novo

1933

Publicação do livro “Kô et Kô : les deux esquimaux”, com imagens de Maria Helena Vieira da Silva

Em 1933, a pintora Maria Helena Vieira da Silva tinha já trocado Lisboa pela capital francesa. Foi em Paris que, em colaboração com o poeta Pierre Guéguen, inventou esta história infantil. Obra singular, este livro foi de imediato publicado por Jeanne Bucher, com uma tiragem de 300 exemplares, com o texto litografado de Pierre Guéguen e 14 páginas com as ilustrações da pintora realizadas a pouchoir pela casa Beaufumé, contendo no final dois cartões com as figuras e objetos que surgem na história para serem recortados e utilizados pelos leitores. A propósito do lançamento do livro, Jeanne Bucher organizou na sua galeria parisiense a primeira exposição individual de Vieira da Silva.

Kô et Kô : les deux esquimaux
Kô et Kô : les deux esquimaux
1933

Bauhaus em Berlim encerrada

1933

Início da publicação da revista “Minotaure”

Minotaure : revue artistique et littéraire. Paris : Albert Skira, 1933-1939. Biblioteca de Arte. PACL 223

1933

Exposição retrospetiva de Edward Hooper no Museum of Modern Art, Nova Iorque

1933

Carta de Atenas

Este documento, tornado público em 1933, surgiu no âmbito das conclusões do IV Congresso Internacional da Arquitetura Moderna, realizado em 1931, na cidade de Atenas, dedicado ao tema da “cidade funcional” e focado no urbanismo e na importância do planeamento urbano no desenvolvimento das cidades. Esta Carta inclui os conjuntos urbanos na definição de património construído, e dá ênfase ao carácter espiritual e cultural e ao valor económico do património arquitetónico. Entre as recomendações escritas contam-se a necessidade de acabar com os bairros de lata e a criação de espaços verdes em seu lugar, negando-lhes qualquer possibilidade de valor patrimonial e a condenação do uso do pastiche em novas construções em centros históricos.

1934

Morte de José Pacheko

1934

Primeira exposição de arte moderna na Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)

A política do espírito e a arte moderna portuguesa / [António Ferro]. Lisboa : SPN, [1935?]. “Discurso proferido pelo Director do S.P.N., em 23 de Março de 1935, no banquete comemorativo da I Exposição da Arte Moderna realizada na Sociedade Nacional de Belas Artes”. Biblioteca de Arte. BB 8779

1934

Projeto da Casa da Moeda (Lisboa) por Jorge Segurado

Fachada principal
Pátio
1934

Publicação de “Mensagem” de Fernando Pessoa

Mensagem / Fernando Pessoa. Lisboa : Parceria Antonio Maria Pereira, 1934. Biblioteca de Arte. LT 6717

1934

I Exposição Colonial Portuguesa (Porto)

Capa de Exposição Colonial Portuguesa, Porto 1934 : guia ofical do visitante
1934

Publicação do Álbum fotográfico da I Exposição Colonial Portuguesa (Porto)

Capa de Album comemorativo da primeira exposição colonial portuguesa
1934

Publicação do álbum “Portugal 1934”

Capa de Portugal 1934
1934

Publicação de número dedicado a Portugal pela revista “L’art vivant”

L’art vivant : revue bi-mensuelle des amateurs et des artistes […]. Paris : Les nouvelles litteraires, [1925]-1939. Biblioteca de Arte. PA 27; PAP 179; PBB 1127; PBC 35

1934

Publicação de “Arte indígena” de Diogo de Macedo e Luís de Montalvor

Arte indígena portuguesa / Diogo de Macedo e Luiz de Montalvor. Lisboa : Agência Geral das Colónias. Divisão de Publicações e Biblioteca, 1934. Biblioteca de Arte. BB 18625; RS 7930

1935

I Exposição de Arte Moderna do Secretariado de Propaganda Nacional

Capa de Catálogo da primeira exposição de arte moderna organizada pelo Secretariado de Propaganda Nacional
1935

Exposição de Arpad Szenes e Maria Helena Vieira da Silva na Galeria UP (Lisboa)

1935

Publicação de “SW Sudoeste”, cadernos de Almada Negreiros

SW : Sudoeste : cadernos de Almada Negreiros. Lisboa : SW, 1935. Biblioteca de Arte. PBB 209; PCL 70

1935

Morte de Ruy Gameiro

1935

Morte de Fernando Pessoa

1935

Morte de Paul Signac

1935

Morte de Kazimir Malevitch

1936

II Exposição de Arte Moderna do Secretariado de Propaganda Nacional

Capa de Catálogo da 2.ª exposição de arte moderna
1936

Exposição dos Artistas Modernos e Independentes

Capa de Exposição dos artistas modernos independentes
1936

Exposição Comemorativa do Ano X da Revolução Nacional

Distrito de Braga e Viana do Castelo. Pintura de Varela Aldemira (1936)

[Exposição Comemorativa do ano X da Revolução Nacional] / Estúdio Mário Novais. 1936. Biblioteca de Arte. CFT003.100205-100230; CFT003.101340-101341

[Exposição Comemorativa do ano X da Revolução Nacional] / Estúdio Mário Novais. 1936. Biblioteca de Arte. CFT003.101243-101255

1936

Exposição de Arte Popular Portuguesa

Capa de Catalogo da exposição de arte popular portuguesa

[Exposição de arte popular portuguesa, SPN, 1936] / Estúdio Mário Novais. 1936. Biblioteca de Arte. CFT003.100472-100488; CFT003.125763-125772 

[Exposição de arte popular portuguesa, SPN, 1936] / Estúdio Mário Novais. 1936. Biblioteca de Arte. CFT003.101287-101299

1936

Inauguração do Hotel Vitória (Lisboa) – projeto de Cassiano Branco

Hotel Vitória : anteprojeto de ampliação
1936

Criação da Organização Nacional Mocidade Portuguesa

Organização nacional de caráter miliciar, criada pelo Decreto n.º 27301.

1936

Participação de António Pedro no Manifeste Dimensioniste, Paris

1936

Exposição Internacional Surrealista = International Surrealist Exhibition, Londres

1936

Walter Benjamin escreve “A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica” = “Das Kunstwerk im Zeitalter seiner technischen Reproduzierbarkeit”

1937

Participação de Portugal na Exposição Internacional de Paris

A Exposition internationale des arts et techniques dans la vie moderne realizou-se em Paris, entre 25 de maio e 25 de novembro, e precedeu um dos períodos mais conturbados da história do século XX. A representação portuguesa ficou a cargo de António Ferro (1895-1956), diretor do Secretariado de Propaganda Nacional (SPN). O vencedor do concurso público para o pavilhão nacional foi o arquiteto Francisco Keil do Amaral (1910-1975), cujo projeto melhor se moldava aos desígnios do diretor do SPN, conciliando uma gramática modernista como uma visão nacionalista e tradicional do país. Na decoração das 8 salas que correspondiam a outras tantas seções temáticas – “Estado”, “Realizações”, “Trabalho”, “Ultramar”, “Arte Popular”, “Obras”, “Riquezas Naturais” e “ Turismo” – colaborou uma extensa equipa de artistas, coordenada pelo arquiteto Jorge Segurado, que integrou, entre outros, Bernardo Marques, o suíço Fred Kradolfer, Carlos Botelho, Paulo Ferreira, Emmerico Nunes, Tomás de Mello, Jorge Barradas, Dórdio Gomes, António Soares, João Abel Manta, Francisco Franco, Canto da Maia, Francis Smith e Eduardo Malta. Colado ao Pavilhão nacional estava um outro, de menor dimensão, da autoria de um arquiteto francês, onde se deram a conhecer e a provar os principais produtos de exportação do país: o vinho do Porto e as conservas de peixe.

Salão de Festas e Quadros – Paris 1937 / Mário Novais. 1937. Biblioteca de Arte. CFT003.102474-102475; CFT003.103051-103078; CFT003.103384-103393

Ainda o Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional de Paris de 1937 / [Keil do Amaral] ; fotografia Mário Novais. Revista oficial do Sindicato Nacional dos Arquitectos. Lisboa. 3 (abril 1938) 91-94. Biblioteca de Arte. PAQT 133; PRS 68

1937

Inauguração do Cineteatro Éden (Lisboa) – projeto de Cassiano Branco

Bar
1937

Monumento a António José de Almeida

Projeto do arquiteto Pardal Monteiro, com escultura de Leopoldo de Almeida. Foi inaugurado em dezembro de 1937, na praça em Lisboa onde convergem a Avenida Miguel Bombarda e a Avenida António José de Almeida.

1937

Picasso pinta “Guernica”

1938

Duarte Pacheco, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Ministro das Obras Públicas e Comunicações

1938

Inauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima (Lisboa) – projeto de Porfírio Pardal Monteiro, com vitrais de Almada Negreiros

Fachada posterior
Nave principal

Igreja de Fátima / Estúdio Mário Novais. Biblioteca de Arte. CFT003.3585-3586; CFT003.10238-10241

[Igreja de Nossa Senhora de Fátima, maqueta] / Estúdio Mário Novais. Biblioteca de Arte. CFT003.50396-50397

Pintor Almada Negreiros, [vitrais, Igreja de Nossa Senhora de Fátima] / Estúdio Mário Novais. Biblioteca de Arte. CFT003.62204-62205; CFT003.100720-100783; CFT003.105720-105783

Igreja de Nossa Senhora de Fátima / Estúdio Mário Novais. Biblioteca de Arte. CFT003.103155-103161

Slides da Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Lisboa / [Luís Filipe Oliveira]. ca. 1984. Biblioteca de Arte. CFT102

Igreja de Nossa Senhora de Fátima / Pardal Monteiro. Revista oficial do Sindicato Nacional dos Arquitectos. Lisboa. 6 (agosto/outubro 1938) 187-211. Biblioteca de Arte. PAQT 133; PRS 68

1938

Inauguração do Bairro do Consórcio Português de Conservas de Peixe (Olhão) – projeto de Eugénio Correia

Bairro do Consórcio Português de Conservas de Peixe
1938

Início do Plano Geral de Urbanização e Expansão de Lisboa (Etienne de Gröer)

1938

Publicação do Álbum comemorativo da Exposição-Feira de Angola

Capa de Album comemorativo da Exposição-Feira de Angola
1938

Exposição Internacional do Surrealismo = Exposition internationale du surréalisme, Paris

1939

Início da II Guerra Mundial com a invasão da Polónia pela Alemanha

1939

Salon des réalités nouvelles, Paris

1939

Conferências de Arnaldo Ressano Garcia contra a participação dos artistas modernos na Exposição do Mundo Português

Capa de Grandeza e virtudes da arte moderna : resposta à agressão do Sr. Ressano Garcia
1939

Publicação de “Traités du paysage” de André Lhote

1940

A década de 1940 começou em Portugal sob o signo das comemorações dos Centenários. O novo regime, autoritário e ditatorial, desenhado segundo a vontade e pensamento de um homem, Oliveira Salazar, escolheu o ano de 1940 para realizar a sua auto consagração, juntando a esta data outras duas com significado na história do país: 1140, ano da fundação da nacionalidade, e 1640, data da independência em relação à coroa de Espanha. A propaganda oficial desejava mostrar, internamente e ao mundo – de passagem por Lisboa, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry não deixou de expressar a sua admiração pela grandiosidade do evento realizado em Belém – a imagem de um país forçado a ser ordeiro e agradecido por ter sido salvo dos horrores da guerra que então devastava o continente europeu. A década revelou-se, contudo, pouco festiva, com o regime a acionar os seus mecanismos de controlo ideológico e de repressão sobre intelectuais e artistas que, apesar deles, não deixaram de expressar, por meios e formas diversas, a sua oposição.

1940

Exposição do Mundo Português (Lisboa)

Inaugurada em 23 de junho, nove meses após o início da II Guerra Mundial, a Exposição do Mundo Português comemorou o duplo centenário da fundação e da restauração de Portugal e encenou e consolidou a política do Estado Novo. Surgiu na sequência da participação portuguesa nas grandes exposições internacionais (Paris 1937, Nova Iorque e Boston, 1939) e constituiu o acontecimento político-cultural mais marcante do regime. A teatralização desejada encontrou um perfeito enquadramento espacial na área escolhida, na margem direita do rio Tejo, frente ao quinhentista Mosteiro dos Jerónimos, implicando a renovação urbana da zona. Até ao encerramento, a exposição recebeu cerca de 3 milhões de visitantes.

Dos vários pavilhões e monumentos construídos, subsistiu, reconstruído em 1960, o Padrão dos Descobrimentos (além do Museu de Arte Popular), da autoria do arquiteto-chefe de toda a exposição, Cottinelli Telmo, assistido pelo escultor Leopoldo de Almeida. Ao desenho esquemático da embarcação de três velas, os frisos escultóricos inspirados pelas figuras dos “Painéis de São Vicente” que elencam personagens distinguidas nas navegações portuguesas, lideradas pelo infante D. Henrique (1394-1460). Este monumento foi reconstruído em betão e pedra de lioz em 1960, por ocasião das comemorações dos 500 anos da morte do infante D. Henrique.

[Exposição do] Mundo Português

Exposição do Mundo Português, 1940 / Estúdio Mário Novais. 1940. Biblioteca de Arte. CFT003

Exposição do Mundo Português, 1940 / Estúdio Horácio Novais. 1940. Biblioteca de Arte. CFT164

Grande Exposição do Mundo Português de 1940 / Casimiro dos Santos Vinagre. 1940. Biblioteca de Arte. CFT178

1940

Publicação do álbum “Portugal 1940”

Portugal 1940
1940

Maria Helena Vieira da Silva parte para o Brasil

1940

Almada Negreiros pinta os frescos do edifício Diário de Notícias (Lisboa) – projeto de Porfírio Pardal Monteiro

Sede. “Planisfério”. Almada Negreiros, pintura a fresco, 1939-1940
Átrio. “Alegoria à imprensa”. Almada Negreiros, pintura a fresco, 1939-1940
1940

Exposição de Pamela Boden, António Dacosta e António Pedro na Casa Repe (Lisboa)

Capa de Expo em escultura e pintura : Pamela Boden, António Dacosta, António Pedro
1940

Projeto da Fonte Luminosa (Alameda D. Afonso Henriques, Lisboa) por Carlos e Guilherme Rebelo de Andrade

A Fonte Luminosa ou Fonte Monumental, um projeto dos arquitetos Carlos Rebelo de Andrade e Guilherme Rebelo de Andrade, com esculturas de Diogo de Macedo e Maximiano Alves e painéis em baixo-relevo cerâmico de Jorge Barradas.

Maqueta
Fonte Luminosa em construção

Fonte Luminosa, Lisboa / Estúdio Horácio Novais. Data de produção posterior a 1948. Biblioteca de Arte. CFT164

1940

Formação da companhia Bailados Verde-Gaio

Companhia criada em 1940 pelo Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), sob a direção de António Ferro. Teve a sua primeira apresentação pública no Teatro da Trindade, em 8 de dezembro de 1940, no âmbito das comemorações do 8.º Centenário da Fundação da Nacionalidade. A década de 1940 correspondeu ao seu período de maior atividade, entrando em declínio na década seguinte. Foi oficialmente extinta em 1977.

“O Homem do Cravo na Boca”. Coreografia e encenação de Francis Graça, música de Armando José Fernandes, cenários e figurinos de Bernardo Marques
“O Homem do Cravo na Boca”. Coreografia e encenação de Francis Graça, música de Armando José Fernandes, cenários e figurinos de Bernardo Marques

Bailados Verde-Gaio / Estúdio Horácio Novais. [1940-1943]. Biblioteca de Arte. CFT164

Capa de Verde-Gaio : bailados portugueses
Capa de Verde-Gaio : ballet portugais
Capa de Verde-Gaio : bailados portugueses
Capa de Verde-Gaio : grupo de bailados portugueses : segunda temporada
1940

Inauguração de Portugal dos Pequenitos (Coimbra) – projeto de Cassiano Branco

Parque temático, dedicado às crianças, sobre a história da arquitetura portuguesa.

Portugal dos Pequenitos (Coimbra)
1940

Eduardo Viana regressa da Bélgica

1940

Morte de Carlos Reis

1940

Morte de Paul Klee

Atualização em 21 abril 2023

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