- França, c. 1898-1900
- Ouro, esmalte, opalas e diamantes
- Inv. 1134
Peitoral «Pavão»
De entre o bestiário reproduzido na obra de Lalique, o pavão pode ser considerado a obra mais emblemática do espírito da Arte Nova, sendo um tema recorrente na obra do artista, quer surja isolado, como aqui, quer apareça aos pares, como em outras joias. O tema é também muito representado na pintura simbolista como símbolo por excelência da beleza natural em todo o seu esplendor.
Este peitoral é constituído por um enorme pavão articulado, em ouro esmaltado em tons de azul e verde, simulando as penas da ave que são ponteadas aqui e ali por pequenas opalas em cabuchão, de formato ovalado. O movimento sinuoso das penas da cauda, que se enrolam em torno do corpo do pavão, virado sobre a esquerda, é enriquecido por uma equilibrada composição de diamantes de diversas dimensões, que rematam a peça de ambos os lados.
Adquirida por Calouste Gulbenkian a René Lalique, 11 de maio de 1900.
A. 9,2 cm; L. 19 cm
Barten 1977
Sigrid Barten, René Lalique. Schmuck und Objets d’art, 1890-1910. Munique: Prestel-Verlag, 1977, p. 411, fig. 58.
Becker 1985
Vivienne Becker, Art Nouveau Jewellery. London: Thames & Hudson, 1985, est. 69.
Gomes Ferreira 1997
Maria Teresa Gomes Ferreira, Lalique. Jóias. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1997, p. 92-95, cat. 3.
Nova Iorque 1999
Katharine Baetjer e James David Draper (eds.), «Only the Best». Masterpieces of the Calouste Gulbenkian Museum, Lisbon, catálogo de exposição. Nova Iorque: The Metropolitan Museum of Art, 1999, p. 152-153, cat. 73.
Lisboa 2001
Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 174, cat. 150.
Lisboa 2011
Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2011, p. 197, cat. 176.